Grana na conta

Hotéis buscam medidas para diminuir serviços como Airbnb

As reivindicações do setor hoteleiro do Brasil serão apresentadas através de um documento ao ministério da Economia. Isso ficou decidido em um encontro que ocorreu em junho deste ano com representantes da ABIH (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis). Os pedidos e as demandas da área ainda serão decididos e formalizados antes de serem enviados oficialmente ao governo.

A principal investida do setor hoteleiro é contra aplicativos que oferecem o serviço de uma forma mais barata, como o Airbnb. A indústria de hotéis busca conseguir a restrição do aluguel de residências para estadias curtas através dos serviços online.

O principal argumento da indústria hoteleira é a desigualdade nas condições de negócio entre serviços como o Airbnb e a oferta tradicional de hotéis. Por sua vez, as empresas de tecnologia voltadas para a área negam as práticas anticoncorrência.

Manoel Linhares, presidente da ABIH, falou sobre a influência negativa dos aplicativos sobre seu setor de atuação.“A hotelaria sofre muito com esses aplicativos. Do ano passado para cá, 159 hotéis já fecharam. São empregos e arrecadação de impostos perdidos”, afirmou.

Entretanto, o mandatário reiterou que não é contra a tecnologia. “Não somos contra a tecnologia, mas reivindicamos condições igualitárias de competição no mercado”.

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Outra intenção da ABIH é fazer com que a regulamentação dos aplicativos de oferta de estadia seja feita pelas prefeituras, e não mais pela esfera Federal, como funciona atualmente. Isso porque com as regras para o setor, decididas no âmbito municipal, existe a possibilidade de cobrar dos aplicativos o Imposto Sobre Serviço (ISS).

A taxa já é cobrada sobre os hotéis, mas os aplicativos são isentos, o que deixa as condições de concorrência desiguais, pois influencia diretamente no valor do serviço repassado ao consumidor.

Airbnb

Em relação a 2018, o Airbnb avalia que seus negócios estimularam R$ 7,7 bilhões no Brasil. Dessa forma, a alta foi de 92%. O cálculo leva em conta a renda adquirida por proprietários de imóveis e despesas locais dos hóspedes.

No Brasil, o Airbnb é a maior plataforma da modalidade. Há cerca de 220 mil anúncios de casas e quartos para locação no aplicativo.

Em 2018, 3,8 milhões de pessoas utilizaram o serviço para hospedagem. O número foi 71% maior que no ano anterior.  Em alguns lugares do mundo, o Airbnb já têm restrições.

Segundo o Ministério da Economia, as conversas com a indústria hoteleira só estão começando.

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Juliano Passaro

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