Futuros de NY abrem a semana retomando otimismo; Ibovespa futuro sobe 1,2%

Os futuros de Nova York abriram a semana em alta nesta segunda-feira (22), retomando o otimismo da última semana, quanto à recuperação da economia. A mercado europeu opera em queda, atento aos efeitos da pandemia ao passo em que as economias são reabertas; assim como as bolsas asiáticas, que fecharam em baixa.

Da mesma forma que os futuros estadunidenses, o Ibovespa futuro abriu em alta nesta segunda. Por volta das 9h05, o maior índice acionário da bolsa de valores brasileira operava com um avanço de 1,22%.

Um pouco antes, por volta das 7h30, os mercados futuros dos EUA oscilavam positivamente. O S&P 500 futuro operava com uma alta de 0,80%. Na última sexta-feira (19), o índice das 500 maiores empresas norte-americanas fechou em queda de 0,56%, a 3.097,74 pontos.

Por mais que as infecções pelo novo coronavírus (Covid-19) tenham aumentado nos estados de Arizona, Carolina do Sul, Flórida e Texas, os investidores mostram-se otimistas com a reabertura econômica do país.

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Além disso, os pedidos de seguro-desemprego permanecem em um estágio abaixo do pico observado em abril, indicando que o mercado de trabalho está regindo — embora a taxa de desemprego, de 13,3%, esteja em um patamar alto comparado aos últimos anos.

O Dow Jones também subia 0,82%, para 25.737,0 pontos. A Nasdaq, por sua vez, operava em avanço de 0,86%, a 10.009,00 pontos, próximo de sua máxima histórica, atingida nos últimos dias. O S&P 500 VIX, “indicador do medo” do mercado norte-americano, que mede a volatilidade dos ativos, caía quase 4%, a 33,91 pontos.

Segundo Seema Shah, estrategista-chefe da Principal Global Investor, em entrevista ao “The Wall Street Journal”, “a recuperação do mercado que vimos nos últimos meses está se fortalecendo”. “Podemos não ver movimentos bruscos mais altos, mas os dados econômicos estão começando a acompanhar o desempenho do mercado”.

No continente europeu, os investidores aguardam o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, determinar a flexibilização das medidas de contenção à disseminação da pandemia. O governo britânico procura uma forma de movimentar as categorias mais impactadas pela quarentena.

Às 7h40, o DAX 30, índice alemão, operava com uma baixa de 0,25%, a 12.299,55 pontos, enquanto os casos de coronavírus apresentam leve crescimento. O britânico FTSE 100 apresentava estabilidade, a -0,02%, para 6.293,45 pontos. O índice francês, CAC 40, caía 0,40%, para 4.972,96 pontos.

O FTSE MIB, índice italiano, operava com uma queda de 0,19%, a 19.579,50, já próximo do nível pré-pandemia. O Euro Stoxx 50, maior índice acionário da zona do euro, caía 0,35%, para 3.257,40 pontos.

Nos mercados asiáticos, os investidores permanecem atentos às tensões políticas entre China e Hong Kong. A China criará um “órgão de segurança nacional” na cidade semi-autônima, basedo no projeto de lei preparado pelo Congresso Nacional do Povo no último sábado (20).

O texto também estipula que a lei em tramitação tenha precedência sobre as normas de Hong Kong, entrando em conflito com as leis vigentes. Por mais que os países do Ocidente temam pelo fim da autonomia do território, que representa um dos maiores centros comerciais do mundo, o Parlamento chinês aprovou a proposta.

O SSE Composite, de Xangai, encerrou o pregão estável com uma queda de 0,08%, a 2.965,27 pontos. A bolsa de Hong Kong fechou com uma baixa de 0,54%.

A bolsa do Japão, Nikkei 225, encerrou o pregão com uma queda de 0,18%, a 22.437,27 pontos, enquanto a KOSPI, da bolsa da Coreia do Sul, encerrou as negociações caindo 0,68%, para 2.126,73 pontos.

Às 7h50, o petróleo WTI caía 0,15%, sendo negociado a US$ 39,77 o barril. Por sua vez, o petróleo Brent registrava uma baixa de 0,02%, a US$ 42,18 o barril.

Os preços da commodity procuram retomar a tendência de alta após a gradual recuperação da demanda, ao passo que as economias de todo o mundo reabrem. Na última semana, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) deu sinais positivos sobre os cortes na produção.

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O cartel internacional comunicou que as reduções devem ajudar a conter o desequilíbrio entre oferta e demanda de petróleo em meio à retomada das operações após a recuperação da pandemia.

Apesar do otimismo apresentado ao longo de junho, os mercados globais e os futuros norte-americanos permanecem atentos aos possíveis efeitos do coronavírus na economia mundial.

Jader Lazarini

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