FOFs valem a pena? Veja opções com DY acima de 10% ao ano
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Os fundos de fundos imobiliários (FOFs) permitem que o investidor tenha acesso a uma carteira diversificada de FIIs sem precisar selecionar cada ativo individualmente. Essa estratégia é conduzida por gestoras especializadas e, em alguns casos, pode resultar em dividendos acima da média do mercado.
Entre os destaques, alguns FOFs apresentam dividend yields (DY) superiores a 12% ao ano, enquanto outros chegam muito próximos desse patamar.
A seguir, apresentamos seis alternativas de FOFs com base nos números mais recentes de cotação, distribuição de dividendos e composição de carteira. Quatro deles tem yield acima de 12% ao ano, enquanto os outros 12% atingem de forma muito próxima esse patamar.
O dividend yield apresentado por cada FII é considerando a sua cotação atual e os dividendos distribuídos nos últimos 12 meses.
- SNFF11 – 12,09%
- JSAF11 – 14,12%
- XPSF11 – 12,44%
- RBFF11 – 12,14%
- BCIA11 – 11,99%
- ITRI11 – 11,89%
SNFF11
O fundo imobiliário SNFF11 entrega DY de 12,09%, com cota cotada a R$ 71,47 e dividendos de R$ 8,64 no período de 12 meses. O fundo tem 27.589 cotistas e valor de mercado de R$ 287 milhões.
O portfólio do SNFF11 é bastante diversificado, com forte peso em industrial e logístico (28,81%), fundos de papel (20,97%) e híbridos (11,27%). Também aparecem desenvolvimento (8,88%), lajes corporativas (6,95%) e shoppings (4,25%).
XPSF11
O fundo imobiliário XPSF11 registrou um DY de 12,44%, com cotação de R$ 6,24 e dividendos acumulados de R$ 0,776 nos últimos 12 meses. O fundo soma 58.889 cotistas e valor de mercado de R$ 270 milhões.
A carteira do XPSF11 tem forte predominância em cotas de outros FIIs (93%), enquanto CRIs representam 4% e caixa 3%. O portfólio mistura ativos primários (63%) e secundários (37%), com maior exposição a CRIs (39%), logística (20%) e escritórios (15%).
RBFF11
Com DY de 12,14%, o fundo imobiliário RBFF11 distribuiu R$ 6,13 por cota em 12 meses, negociando hoje a R$ 50,51. O fundo tem 26.540 cotistas e valor de mercado de R$ 189 milhões.
A carteira do RBFF11 é majoritariamente formada por cotas de FIIs (95,1%), enquanto a renda fixa responde por 4,9%. Entre os setores, destacam-se CRIs (26,2%), logística e industrial (22,4%), varejo (13,9%) e escritórios (13,2%).
JSAF11
O grande destaque da lista de FOFs é o JSAF11, que apresenta DY de 14,12%, o mais alto entre os fundos analisados. A cota é negociada a R$ 7,69, e os dividendos pagos no último ano somaram R$ 1,086. O fundo reúne 21.999 cotistas e tem valor de mercado de R$ 596 milhões.
Em sua carteira, 87% está alocado em cotas de FIIs, enquanto CRIs representam 7%, ações listadas 3% e ativos de liquidez 3%. Os maiores pesos da carteira do JSAF11 ficam em FPAB11 (10,42%), RVBI11 (6,30%) e RCRB11 (5,95%), entre outros.
BCIA11
O BCIA11 está muito próximo do patamar de 12%, com DY de 11,99%, cotação de R$ 85,27 e dividendos de R$ 10,22 no último ano. Conta com 21.523 cotistas, valor de mercado de R$ 317 milhões e patrimônio líquido de R$ 365 milhões.
A carteira é fortemente concentrada em CRIs (46,5%), seguida por lajes corporativas (22,4%) e shopping centers (13,6%). Há ainda galpões logísticos (9,3%) e uma fatia em FoFs (3%).
ITRI11
Outro que quase alcança o patamar de 12% é o ITRI11, com DY de 11,89%. Sua cota está em R$ 80,72, e os dividendos somaram R$ 9,60 em 12 meses. O fundo tem 13.960 cotistas, valor de mercado de R$ 504 milhões e patrimônio líquido de R$ 576 milhões.
Do total, 77,3% do portfólio está alocado em FIIs, 14,3% em CRIs, 4,7% em ações e 2,4% em fundos de desenvolvimento. Entre as maiores posições estão XPML11 (9,11%), VISC11 (5,22%) e RBRY11 (5,01%).
Ao avaliar FOFs, é fundamental considerar fatores como a estratégia de alocação, o perfil de risco da carteira, a qualidade da gestão e a liquidez do fundo. Além disso, cenários macroeconômicos, como variações nos juros e no mercado imobiliário, podem impactar diretamente a performance futura.
Este conteúdo tem caráter informativo sobre FOFs e não constitui recomendação de investimento. Cada investidor deve avaliar seus objetivos financeiros e perfil de risco antes de aplicar em fundos imobiliários desse tipo.
