Eneva (ENEV3) e Vibra (VBBR3) retomarão negociações para fusão, diz coluna
Após a Vibra (VBBR3) negar a proposta de combinação de negócios apresentada pela Eneva (ENEV3) no fim de novembro do ano passado, uma nova rodada de negociações recomeçará em março, segundo apuração do colunista Lauro Jardim, o jornal O Globo.
Segundo Jardim, a Vibra avalia que somente após o balanço de 2023 se tornar público é que as conversas poderão fluir. A companhia divulgará seus resultados referentes ao quarto trimestre de 2023 no dia 4 de março.
Ainda de acordo com o colunista, a aposta é de que o resultado do 4T23 da Vibra aumente o seu valor de troca na hora de uma eventual transação com a Eneva.
Em 28 de novembro do ano passado, após a análise da proposta pelo conselho de administração, a Vibra destacou em comunicado que tal relação de troca proposta era “injustificável”.
“Fica evidente que os termos de troca propostos para a combinação pretendida pela Eneva não possuem qualquer atratividade para os acionistas da Vibra. Não entramos no mérito estratégico de uma possível fusão neste momento”, disse.
Apesar disso, naquele momento, a empresa afirmou ser importante ter um maior esclarecimento sobre o modelo de governança pretendido, no caso da combinação de negócios de Vibra e Eneva ser eventualmente consumada em algum momento.
“Acreditamos muito na relevância de uma sólida estrutura de governança, porque aí reside boa parte do valor a ser criado”, afirmou a companhia. Mesmo com a recusa, o conselho de administração informou que pretendia avaliar futuras novas manifestações da Eneva.
Detalhes sobre a Vibra
Ainda no comunicado, a Vibra destacou os principais pontos positivos da empresa nos últimos tempos e afirma que “tem tido reconhecido sucesso ao longo dos últimos anos na construção e aperfeiçoamento de uma das melhores e mais eficientes plataformas diversificadas de energia do Brasil”.
No negócio principal da companhia, que é o de distribuição de combustíveis, a empresa é a atual líder de mercado. Ela conta com mais de 8.000 postos revendedores no Brasil e aproximadamente 20.000 clientes na plataforma corporativa.
Dentre os destaques da Vibra nos últimos tempos, ela coloca a expansão da maior fábrica de lubrificantes do Brasil, o crescimento da penetração dos produtos aditivados e de sua atuação no segmento agro brasileiro, assim como a consolidação de sua estratégia de energia renovável por meio da Comerc.
Eneva (ENEV3) e Atem arrematam área na Bacia do Amazonas em leilão da ANP
Em leilão realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) no último dia 13 de dezembro, o consórcio formado por Eneva e Atem – com 80% e 20%, respectivamente – arrematou a área de acumulação marginal de Japiim, na Bacia do Amazonas, durante o 4º Ciclo da Oferta Permanente pelo regime de concessão.
O consórcio entre Eneva e Atem pagou um bônus de assinatura de R$ 165 mil (o mínimo era de R$ 160 mil) e não teve concorrência. O investimento previsto na área é de R$ 1,2 milhão.
A área de Japiim fica no setor SAM-O da Bacia do Amazonas e tem uma superfície total de 52 quilômetros quadrados.
A oferta permanente funciona como um banco de áreas de petróleo e gás natural que são licitadas em ciclos a partir da demanda dos interessados, em substituição aos leilões tradicionais da ANP realizados desde 1999, em que os blocos ofertados eram designados pelo governo.
Especificamente no regime de concessão dentro da Oferta Permanente, 87 empresas estão aptas a participar, mas somente 21 delas apresentaram declarações de interesse e garantias de oferta para os 33 setores em jogo nesta quarta, que reúnem um total de 602 blocos.
No regime de concessão, vence a disputa a empresa que oferecer o maior bônus de assinatura e se comprometer a executar o Programa Exploratório Mínimo (PEM).
Desempenho das ações da Eneva
Confira o desempenho recente das ações da Eneva.
Cotação ENEV3
*Com informações de Estadão Conteúdo