Grana na conta

Eldorado confirma criação de grupo colegiado determinado por tribunal

A Eldorado Brasil confirmou a criação de um grupo colegiado que fará parte de um novo órgão de coordenação feito por representantes e acionistas da J&F e da CA Investment, uma controlada da Paper Excellence (PE). O tribunal arbitral da disputa pelo controle da empresa de celulose, entre J&F e PE, foi o responsável pela determinação para a constituição desse novo órgão. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (28).

A Eldorado também comunicou que o tribunal arbitral determinou a suspensão dos efeitos da extinção do contrato de compra e venda de ações celebrado em 2 de setembro de 2017. Além disso, a J&F não pode vender as ações, de sua propriedade, da Eldorado. Isso deve vigorar até uma decisão definitiva.

Black Friday Suno – pague 2 anos e leve 3 nas principais assinaturas da Suno Research

O órgão irá funcionar durante o processo de arbitragem ou até que uma nova decisão do tribunal arbitral seja tomada. De acordo com informações do jornal “Valor Econômico”, o grupo colegiado será constituído por dois representantes de cada acionista e dois da empresa.

A Eldorado Brasil assegura que a criação do órgão de coordenação não muda em nada a questão do controle da companhia, que permanece sendo da J&F.

“A Eldorado vê a criação do órgão de coordenação de forma extremamente positiva, por ampliar a proteção contra eventuais posições de seus acionistas que possam se opor ao melhor interesse da companhia”, diz o documento.

Início da arbitragem para o controle da Eldorado

Em meados de janeiro, a Câmara de Comércio Internacional iniciou a arbitragem sobre o caso da venda da Eldorado. A empresa de celulose Eldorado foi vendida pela J&F em setembro de 2017 para a Paper Excellence. Entretanto, os compradores entraram na Justiça contra a J&F por violação do contrato.

A venda tinha uma condição. A adquirente precisava pagar parte das dívidas da Eldorado, porque a companhia de papel tem linhas de crédito que usam ativos do grupo J&F como garantias.

Juliano Passaro

Compartilhe sua opinião