Eike Batista é condenado a 8 anos de prisão por manipulação de mercado

A Justiça Federal do Rio de Janeiro determinou a condenação do empresário Eike Batista nesta segunda-feira (30). Eike foi condenado a oito anos e sete meses de prisão. O empresário foi considerado infrator por ter manipulado o mercado com práticas indevidas como “insider trading” na empresa OSX em 2013.

A determinação foi tomada pela juíza Rosália Monteiro Figueira, da 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Na última semana, o Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN) absolveu Eike Batista de uma multa de R$ 21,3 milhões, que havia sido determinada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), há dois anos.

O empresário também terá que pagar uma multa que chega ao valor aproximado de R$ 117 milhões. Eike Batista, porém, ainda pode recorrer da decisão em liberdade.

Prisão na Operação Lava Jato

O empresário Eike Batista foi preso no dia 8 de agosto pela Polícia Federal do Rio de Janeiro, em uma fase da Operação Lava Jato. Em 2017, o empresário também teve prisão decretada, por lavagem de dinheiro, na Operação Eficiência.

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A prisão, desta vez, teve relação com um depoimento feito pelo empresário em delação premiada do banqueiro Eduardo Plass, de acordo com informações da “Folha de São Paulo”. A polícia ainda faz buscas por Olin e Thor, filhos de Eike Batista. O juiz Marcelo Bretas, da 7ª vara Criminal, é o responsável por expedir as ordens de busca.

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Prisão de Eike Batista em 2017

Preso preventivamente em 2017, Eike tinha sido denunciado, na época, por pagar propina no valor de R$ 16,5 milhões a Sérgio Cabral (MDB), ex-governador do Rio de Janeiro. Neste processo, Eike Batista foi condenado a 30 anos de prisão.

Além disso, o empresário teve que pagar aproximadamente R$ 536 milhões por não ser correto em um processo de negociações de títulos da empresa de petróleo e gás, OGX.

Juliano Passaro

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