Justiça solicita providências da Vale em relação a barragens localizadas no Pará

A mineradora Vale (VALE3) terá que tomar providências sobre as barragens de Pondes de Rejeitos e Captação de Águas, localizadas no Pará. Isso porque a Justiça Federal de Marabá solicitou a Vale uma declaração de situação de emergência sobre essas duas barragens.

O Ministério Público Federal alega que as barragens de Parauapebas, da Vale, não dispõem de sistemas eficientes de escoamento de água. Com isso, a estabilidade das construções em períodos de chuva pode ser comprometida.

As duas barragens somadas possuem o volume que chega perto dos 13 milhões de metros cúbicos da barragem da mina do Córrego do Feijão, que foi rompida em Brumadinho, Minas Gerais, no começo deste ano.

Em nota, a mineradora afirmou que as estruturas dessas barragens do Pará estão paradas há mais de 15 anos.

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“A Vale esclarece que as estruturas Pondes de Rejeitos e Captação de Águas, assim como a Mina do Igarapé Bahia, estão definitivamente inativas desde 2002 e são classificadas como de baixo risco pela ANM”, informou a empresa.

Chances da Vale pagar dividendo de 10% em 2020 aumentaram, segundo Credit Suisse

No dia 24 de setembro, o Credit Suisse enviou um relatório aos clientes sobre a possibilidade da Vale (VALE3) pagar forte dividendo de 10% no ano que vem. O texto foi enviado após a decisão do Tribunal Superior inglês, que informou que a empresa pode executar a sentença arbitral de US$ 2 bilhões contra a BSG Resources.

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“Embora haja vários passos à frente até que uma decisão final possa ser obtida e dependa de uma análise mais aprofundada pelo sistema judicial nos EUA e na Inglaterra (que carrega um certo grau de incerteza), recebemos essas notícias de uma maneira favorável”, dizem os analistas Caio Ribeiro e Rafael Cunha, do Credit Suisse, sobre a Vale.

A instituição financeira estima que, além de uma geração de caixa livre em potencial de 15% esperada para 2020, há a possibilidade de um rendimento de dividendo (dividend yield) de 9 a 10% no próximo ano.

“Um resultado positivo nessa disputa apenas aumentaria a probabilidade desse pagamento forte acontecer, em nossa opinião”, analisam os especialistas do Credit Suisse sobre a Vale.

 

Juliano Passaro

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