Dólar opera em queda de 0,4% atento aos resultados da vacina em teste nos EUA

O dólar inicia esta quarta-feira (15) em queda atento aos resultados dos testes da vacina norte-americana contra o coronavírus.

Por volta das 9h20, o dólar operava em baixa de 0,426%, sendo negociado a R$ 5,3244. O mercado internacional acompanha os resultados positivos da vacina da farmacêutica estadunidense Moderna contra o novo vírus.

Além disso, segue no radar dos investidores a projeção de demanda de petróleo para o ano de 2021 e a tramitação da reforma tributária do País no Congresso.

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Vacina contra coronavírus

Os investidores ao redor do mundo acompanham os resultados da vacina contra o novo coronavírus (covid-19) da farmacêutica norte-americana Moderna.

Na última terça-feira (14), a empresa informou que entrará na fase final de seus testes em seres humanos para a vacina da covid-19 em 27 de julho. A vacina experimental induziu respostas de anticorpos contra o coronavírus em todos os 45 participantes testados.

O antídoto teve efeitos colaterais leves ou moderados em mais da metade dos participantes, sem atingir o nível em que o teste seria suspenso. Os efeitos incluíram fadiga, calafrios, dor de cabeça, dor no corpo e dor no local da injeção.

Demanda por petróleo no mundo

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) divulgou nessa terça-feira (14) seu relatório mensal e indicou que a demanda por petróleo deve anotar uma expansão recorde em 2021, de 7 milhões de barris por dia (bpd), enquanto a economia mundial se recobra dos efeitos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Entretanto, a demanda ainda deve ser menor do que em 2019.

Apesar disso, o Cartel explica que o crescimento da demanda por petróleo no ano que vem deve ser limitado pela adesão do trabalho remoto.

O grupo ainda projeta que a demanda por sua produção deve ter um aumento de 6 milhões de bps, alcançando 29,8 milhões de bpd. Com isso, o cartel prevê que conseguirá atender, com seu petróleo, a maior parte do crescimento na demanda esperado para o ano que vem.

Fed

A diretora do Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano), Lael Brainard defendeu nesta terça-feira (14) a manutenção do apoio monetário e fiscal nos Estados Unidos em meio à pandemia do novo coronavírus.

A economista também ponderou, em evento online da National Association for Business Economics (NABE), sobre a possibilidade de que seja utilizado o controle da curva de juros curtos e médios. Apesar disso, diretora do Fed argumentou que, antes de tudo, seriam necessárias mais análises.

Brainard declarou que a contração econômica atual é “sem precedentes em tempos modernos”, por sua gravidade e pela velocidade. A economista salientou que o emprego e a atividade econômica reagiram mais rapidamente do que o previsto. As novas ondas de casos, entretanto, são um lembrete de que a pandemia ainda é o principal driver da economia, destacou.

Reforma tributária

No Brasil, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse na última terça (14) que a Casa vai retomar, ainda nesta semana, o debate sobre a reforma tributária. A discussão, no entanto, não terá a participação dos senadores.

No início do ano, o Senado Federal e a Câmara instalaram uma comissão mista para unificar os projetos que tramitam no Congresso. Porém, o debate foi paralisado por causa da pandemia do novo coronavírus (covid-19). Maia passou as últimas semanas pressionando o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para retomar o debate sobre a reforma tributária, mas Alcolumbre sinalizou que não possui disponibilidade no atual momento.

Saiba Mais: Câmara retoma debate da reforma tributária nesta semana sem o Senado

“O presidente do Congresso disse que tinha dificuldade de retomar as comissões mistas. Como nós não conseguimos avançar lá [na comissão mista], a partir de amanhã, nós vamos retomar na Câmara dos Deputados”, afirmou Maia.

Última cotação do dólar

Na última sessão, terça-feira, o dólar encerrou o pregão em queda de 0,735%, cotado em R$ 5,3484.

Poliana Santos

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