Reservas confirmadas e consumidas reduzem prejuízo da CVC (CVCB3) no 4T22 para R$ 96,8 milhões
A CVC (CVCB3) reportou um prejuízo de R$ 96,8 milhões no quarto trimestre de 2022 (4T22), reduzindo em 33,6% o prejuízo registrado no mesmo período do ano anterior, quando o montante foi de R$ 145,8 milhões. No acumulado dos 12 meses também houve queda no indicador (-10,9%), saindo do negativo de R$ 486,6 milhões em 2021, para o prejuízo de R$ 433,4 milhões em 2022.
“Ao longo de 2022, as reservas e nosso resultado progrediram, demonstrando a recuperação do mercado e capacidade de execução da companhia. As reservas confirmadas e consumidas apresentaram crescimento tanto no Brasil quanto na Argentina, e consequentemente crescimento da receita líquida entre períodos”, destaca a mensagem da administração.
O Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da CVC no 4T22 foi de R$ 83 milhões. Um ano antes, a holding reportou um Ebitda negativo de R$ 35,4 milhões. No acumulado de 2022 o indicador registrou R$ 166,5 milhões, enquanto em 2021 foram R$ 235,1 milhões negativos.
Já a receita líquida da CVC no 4T22 alcançou o montante de R$ 321,4 milhões, avanço de 2,4% na comparação com o mesmo período de 2021, que contabilizou R$ 314 milhões. No acumulado do ano a holding cresceu 47,9%, com R$ 1,221 bilhão em 2022 — um ano antes foram R$ 825,9 milhões.
“Reflexo do desempenho nas reservas consumidas, contribuindo para a melhora dos resultados operacionais”, reforça a CVC.
O resultado financeiro líquido da CVC no 4T22 contabilizou R$ 111,6 milhões negativos. Esse indicador teve uma variação de 165% comparado aos R$ 42,1 milhões do 4T21. No report, a holding explica que no acumulado do ano a variação está atrelada a:
- (i) o aumento do CDI médio do período que incide sobre a dívida líquida, a qual saiu de 4,46% a.a. em 2021 para 12,45% a.a. em 2022;
- (ii) despesas incorridas com antecipações de recebíveis ao longo de 2022;
- (iii) aumento em “Outras Despesas Financeiras” de R$ 22,1 milhões em comparação a 2021, é majoritariamente explicado pelo incremento nos juros das aquisições feitas no passado e imposto sobre operações financeiras (IOF).
Mais números da CVC
No 4T22, as despesas de vendas da CVC reduziram 4,2% em comparação ao 4T21, saindo de 64,8 milhões para 62,1 milhões. No acumulado do ano, cresceram 52,2%, reportando R$ 243,3 milhões ante os R$ 159,8 milhões de 2021, em “reflexo do aumento das Reservas Consumidas na Argentina e no Brasil”, diz a companhia.
As despesas gerais e administrativas da CVC no 4T22 ficaram praticamente em linha quando comparadas às do 4T21, com queda de 2,1% — no último trimestre foram R$ 249,3 milhões e um ano antes foram R$ 254,7 milhões. Nos 12 meses, a alta foi de 13,4%, saindo de R$ 801 milhões em 2021, para R$ 908,4 milhões no ano passado.
“O fortalecimento de algumas áreas, como Operações e TI, contribuíram para o aumento de 13,4% nesta rubrica, além dos efeitos, ao longo do ano, de reajuste salarial no Brasil de 10% ocorrido em novembro de 2021”, diz a CVC no relatório de resultados.
