Dividendos bilionários da CSN Mineração (CMIN3) e da Itaúsa (ITSA4), ações da Eletrobras (ELET3) com FGTS: veja as notícias mais lidas da semana

O destaque da semana foi a notícia dos dividendos bilionários da CSN Mineração (CMIN3). No total, foram pagos R$ 4,8 bilhões em proventos sobre o exercício de 2021.

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Não foi a única companhia que anunciou dividendos bilionários. A Itaúsa (ITSA4), holding que controla o Itaú (ITUB4), a Dexco (DXCO3) e Alpargatas (ALPA4), obteve lucro líquido não-recorrente de R$ 3,179 bilhões no primeiro trimestre de 2022 e divulgou que fará o pagamento de R$ 1 bi em proventos aos acionistas.

Também nesta semana, foi anunciado que, em abril, o fundo imobiliário Hectare CE (HCTR11) pagou R$ 1,75 por cota em dividendos aos seus investidores.

Outra notícia que disparou de cliques entre os leitores: com a privatização da Eletrobras (ELET3), os trabalhadores poderão optar por comprar as ações da estatal durante o seu processo de capitalização com dinheiro do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, o FGTS.

Por fim, a semana viu o fim de uma novela: o colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) decidiu reconhecer por unanimidade nesta terça-feira (17) a regularidade do tratamento contábil dado à distribuição de proventos pelo FII Maxi Renda (MXRF11).

Veja abaixo o resumo das principais notícias da semana. Acesse os links para ler o texto completo. Bom final de semana!

CSN Mineração (CMIN3) pagará dividendos bilionários; veja valor por ação

A CSN Mineração (CMIN3) vai pagar R$ 2,52 bilhões em dividendos aos seus acionistas, segundo aviso divulgado nesta quarta-feira (18). O montante que integra um total de R$ 4,8 bilhões em proventos, sendo que R$ 2,3 bilhões já foram pagos aos Acionistas a título de antecipação de dividendos.

O valor dos proventos por ação será de R$ 0,45, que serão pagos já nesta quinta-feira (19).

Apenas os investidores com ações da CSN Mineração no dia 29 de abril terão direito de receber os dividendos. A partir do dia 2 de maio as ações passaram a ser negociadas sem direito aos dividendos.

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Itaúsa (ITSA4) tem alta de 59,1% no lucro no 1T22 e anuncia proventos de R$ 1 bilhão

Itaúsa (ITSA4), holding que controla o Itaú (ITUB4), a Dexco (DXCO3) e Alpargatas (ALPA4), divulgou nesta segunda que obteve lucro líquido não-recorrente de R$ 3,179 bilhões no primeiro trimestre de 2022. Essa valor representa aumento de 68,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já o lucro líquido recorrente subiu 59,1% na mesma base comparativa, para R$ 3,836 bilhões.

“A Itaúsa reportou sólido desempenho, representando recorde histórico para um primeiro trimestre da holding, apesar do cenário ligeiramente mais desafiador nos segmentos de bens de consumo e materiais para construção civil, com destaque para a alienação de participação acionária na XP Inc. e o melhor resultado do setor financeiro”, diz a empresa no release de resultados divulgado nesta segunda-feira, 16.

A alienação de 2,14% do capital da XP Inc impactou o resultado do primeiro trimestre em R$ 1,1 bilhão e o caixa em R$ 1,8 bilhão.

A capitalização de mercado em 31 de março de 2022, com base no valor da ação mais líquida (ITSA4), era de R$ 94,8 bilhões, enquanto a soma das participações nas empresas investidas a valor de mercado totalizava R$ 119,7 bilhões, resultando em um desconto de 20,8%, redução de 2,6 p.p.em relação a 31 de março de 2021.

O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) recorrente chegou a 23,3%, 6,7 p.p. acima do registrado nos primeiros três meses do ano passado.

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HCTR11 registra R$ 27,8 milhões de lucro contábil após aumentar dividendos

Em abril, o fundo imobiliário Hectare CE (HCTR11) anunciou o pagamento de R$ 1,75 por cota em dividendos aos seus investidores. O valor é equivalente a 1,46% de dividend yield mensal e 25% superior aos R$ 1,40 pagos nos dois meses anteriores (DY 1,175%).

O último relatório gerencial do FII HCTR11 indica que o aumento no valor dos dividendos se deu, principalmente, pelos seguintes fatores:

  • o FII SRVD11 distribuiu R$ 0,20 por cota, o que resultou em R$ 3,8 milhões na linha “Receita de FII” do Hectare;
  • houve aumento na correção monetária dos CRIs investidos.

Em fevereiro, o IPCA variou 1,01%, enquanto em março saltou para 1,62%. O portfólio do HCTR11 tem 92% dos seus CRIs indexados ao IPCA. “Em maio, com o IPCA de abril já divulgado, estimamos que a correção monetária terá novamente um valor expressivo”, sinaliza a gestão em relatório.

Com ganhos expressivos no mês, o “fundo de papel” destacou na carta aos cotistas que fechou o mês com R$ 27,8 milhões de lucro contábil acumulado após pagar os rendimentos aos seus cotistas.

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Eletrobras (ELET3): FGTS poderá ser utilizado para comprar ações em capitalização

Com a privatização da Eletrobras (ELET3,) os trabalhadores poderão optar por comprar as ações da estatal durante o seu processo de capitalização com dinheiro do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, o FGTS. Trabalhadores com carteira assinada que tenham dinheiro em conta no FGTS e queiram investir nas ações poderão acessar o aplicativo FGTS ou ir a uma agência da Caixa.

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Segundo o regramento, poderá seu utilizado de R$ 200 a até 50% do valor total do FGTS para compra de ações da Eletrobras.

O governo ‘facilitaria’ a operação por meio de Fundos Mútuos de Privatização, que já são usados atualmente pelo governo na venda de ações de outras estatais.

Caso o trabalhador e investidor tenha interesse, a reserva das ações da Eletrobras deve ser intermediada por uma administradora escolhida no aplicativo da Caixa.

As regras foram definidas ainda em março, pela Caixa Econômica Federal. À época, a instituição financeira firmou uma normativa para utilização do dinheiro proveniente do fundo em privatizações autorizadas pelo PND (Programa Nacional de Desestatização).

Maxi Renda (MXRF11): distribuição de dividendos do FII é regular, decide CVM por unanimidade

O colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) decidiu reconhecer por unanimidade nesta terça-feira (17) a regularidade do tratamento contábil dado à distribuição de proventos pelo FII Maxi Renda (MXRF11).

A ata da reunião do colegiado, divulgada no início da noite desta terça (18), informa que o tratamento contábil na distribuição de lucro caixa excedente em prejuízos ou lucros acumulados, e não como amortização de cotas integralizadas, tem caráter legal e vale para todo a indústria de fundos.

Em janeiro, o Maxi Renda (MXRF11), fundo imobiliário com o maior número de cotistas do mercado – são 506 mil –, publicou um fato relevante em que apresentava uma decisão da CVM sobre o Fundo, determinando a distribuição de rendimentos somente em caso de lucro contábil, não pelo regime de caixa.

Segundo a área técnica da CVM disse à época, a administração do Maxi Renda vinha distribuindo aos cotistas rendimentos com base no lucro caixa do Fundo, mesmo quando esses valores excediam o lucro contábil. O que não poderia ser feito na classificação de rendimento e, sim, como amortização ou devolução do capital investido pelos cotistas.

A decisão causou impacto no mercado. O caso era específico sobre o FII MXRF11, mas repercutiu nos fundos imobiliários pela possibilidade de jurisprudência da decisão da CVM, levando o modelo a todos os FIIs.

Em fevereiro, contudo, a CVM suspendeu o efeito da decisão sobre a distribuição de rendimentos pelo FII MXRF11, a pedido do administrador do Fundo, o BTG Pactual (BPAC11).

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Victória Anhesini

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