Cosan (CSAN3): Compra da Biosev pode consolidar liderança da Raízen no setor

Mais cedo nesta segunda-feira (8), a Cosan (CSAN3) anunciou que sua subsidiária, Raízen, joint venture com a Shell, fechou a compra de 100% da Biosev (BSEV3). Segundo relatório divulgado pelo Goldman Sachs, essa operação poderia ser o caminho para consolidar a liderança da Raízen como a maior produtora de açúcar e etanol do Brasil.

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A companhia já ocupa o primeiro lugar no ramo, enquanto a Biosev se encontra na dianteira, como segunda maior empresa do ramo de produção cana e de etanol. Nesse sentido, a operação poderia desembocar em uma  gigante do setor, com capacidade instalada para produzir 100 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e com participação de 13% no mercado. A Cosan espera que os detalhes finais do negócio estejam fechados no prazo de seis meses.

Enquanto isso, a Biosev vai conduzir o processo de reorganização societária que resultará na empresa não ser mais negociada publicamente. O acordo ainda está sujeito à aprovação do Conselho Nacional de Defesa da Concorrência (Cade).

Para a equipe de analistas do Goldman Sachs, entre os riscos da operação é possível destacar os níveis da atividade econômica descolados das projeções; preços do petróleo Brent mais altos; mudanças maiores do que o esperado na produção; risco cambial e intervenção governamental nos preços da gasolina e do diesel.

Cosan mais perto de maior aquisição no setor de açúcar e etanol

Ainda de acordo com o relatório o banco norte-americano, o potencial negócio representaria a maior aquisição em açúcar e etanol feita pela Cosan como um grupo.

Conforme comunicado, depois da combinação, a Raízen desfrutará de uma capacidade de moagem de 105 milhões, ante 73 milhões, além de uma produção de açúcar de cerca de 5 milhões de toneladas e uma produção de etanol de 3,8 milhões de litros, contra 3,8 milhões e 2,5 milhões antes da transação.

Segundo Goldman Sachs, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa poderia chegar a R$ 5,2 bilhões, com base no relatório anual de resultados.

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O grupo financeiro informou que mantém um recomendação neutra para as ações ordinárias da Cosan, com uma meta de preço de 12 meses de R$ 78,80.

Depois do anúncio do acordo, por volta das 16h50, os papéis da Cosan, negociados na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), subiam 8,15%, a R$ 85,16.

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Arthur Guimarães

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