Leandro Herrera

O papel das empresas na formação do profissional do futuro

Levantamento feito com 60 pessoas em seis países ao redor do mundo mostra que, a partir de treinamento adequado, cursos online e da própria experiência com as novas tecnologias, as pessoas podem executar diversas funções digitais com qualidade.

Vivemos a era em que os profissionais vivem o aprendizado constante. O lifelong learning é um conceito que já faz parte das rotinas das empresas de tecnologia. Afinal, o setor muda o tempo todo e cada profissional deve ter consciência de seu papel na capacitação constante para acompanhar os avanços. O Global Youth Skills Toolkit, um guia elaborado pelo Institute for the Future (IFTF), revela que jovens entre 16 e 30 anos estão interessados em novos métodos de aprendizagem e em aprender conteúdos estratégicos, indo muito além do ensino formal.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/03/1420x240-Banner-Home-3.png

O levantamento feito com 60 pessoas em seis países ao redor do mundo mostra que, a partir de treinamento adequado, cursos online e da própria experiência com as novas tecnologias, as pessoas podem executar diversas funções digitais com qualidade. Apoiar-se apenas nos egressos da graduação não preencherá todas as vagas abertas no mercado, além de boa parte dos conhecimentos adquiridos nesse período tenderem a ficar obsoletos. A maioria das pessoas que atuam com UX Designers, Cientistas de

Dados ou Product Managers — carreiras com altíssima demanda no mercado de trabalho — não se formaram originalmente nestas áreas, mas buscaram formatos alternativos de educação para se qualificar e acessar novas oportunidades.

De acordo com pesquisa realizada pela Accenture, Brasil, México e Argentina correm o risco de perder todos os anos US$ 1,4 trilhão no PIB acumulado devido à falta de talentos qualificados. Esses dados nos ajudam a entender a importância das corporações no desenvolvimento social e na responsabilidade em fomentar e economia local com oportunidades de especialização. Com questões de Environmental, Social and Corporate Governance (ESG) crescendo, a ideia de que treinamentos demandam tempo e que outros caminhos sejam mais atrativos, como a contratação de profissionais de outros países, vai enfraquecendo.

Se as empresas não tomarem a iniciativa, brasileiros que poderiam estar trabalhando em empregos de alta remuneração não serão qualificados para as carreiras do futuro.

Do outro lado, as empresas perderão a oportunidade de criar e entregar produtos e serviços digitais em escala. Segundo a pesquisa Agenda 2022, da consultoria Deloitte, com as empresas tendo que acelerar seu processo de digitalização por causa da pandemia, a prioridade dos investimentos nos próximos anos será a qualificação da mão de obra. O estudo aponta que 90% das companhias que faturaram R$ 2,9 trilhões até o fim do terceiro trimestre de 2021 pretendem investir no treinamento e na formação de funcionários ainda neste ano.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/1420x240-Planilha-controle-de-gastos.png

O potencial do mercado de educação corporativa é gigante e fundamental para que as empresas se mantenham vivas. Já não é preciso que a empresa e seu RH criem e implementem treinamentos do zero. Junto às edtechs, é possível oferecer treinamentos e especializações customizadas, de forma mais rápida e atendendo aos objetivos específicos do negócio. Investir na formação de profissionais possibilita um movimento gradativo e expansivo. Ao criar oportunidades na educação, as empresas trazem benefícios para muito além delas mesmas, impulsionando seus fornecedores, clientes e rede de parceiros a fazer o mesmo. Os resultados disso vão desde o aumento na geração de vagas, projetos e melhora da qualidade dos serviços. Alinhar essas ações com iniciativas de diversidade e inclusão também é o primeiro passo na promoção de um ambiente de tecnologia mais democrático e inovador.

Investir em educação, também sob a perspectiva das empresas, é fundamental para ter sucesso no futuro.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/1420x240-Controle-de-Investimentos.png

Nota

Os textos e opiniões publicados na área de colunistas são de responsabilidade do autor e não representam, necessariamente, a visão do Suno Notícias ou do Grupo Suno.

Leandro Herrera
Mais dos Colunistas
Pedro Signorelli Aumenta a adesão ao movimento quiet quitting

Você sabe o que significa quiet quitting? Traduzindo de forma literal, quer dizer “desistência silenciosa” ou “demissão silenciosa”. Porém, neste momento, quem e...

Pedro Signorelli
Bianca Junqueira Fechamento de mês não precisa ser um stress para os colaboradores do financeiro

Para os colaboradores de muitas empresas, em especial daquelas de grande porte que ainda realizam seus processos financeiros de forma arcaica, cada início do mês marca...

Bianca Junqueira

Compartilhe sua opinião