Novo CEO da Petrobras defende aumento da competição no setor

O novo CEO da Petrobras, Roberto Castello Branco, tomou posse na quinta-feira (03) na sede da companhia, no Rio Janeiro. Em seu discurso, Castello Branco defendeu o aumento da competição no setor petroleiro do país, justificando que a prática beneficiaria os consumidores brasileiros.

“Abrindo a economia, tendo mais competidores. Quanto maior a competição, o benefício se dá em favor do consumidor. Se nós tivermos um único produtor, não será bom para quem consome”, declarou o CEO da Petrobras.

Saiba mais – Subsídios a combustíveis acabarão, diz novo presidente da Petrobras 

O presidente-executivo explicou o conceito de preço justo do produto. O conceito também é defendido pelo diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Biocombustíveis e Gás Natural (ANP), Décio Odone, e pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

“A Petrobras seguirá o preço de paridade internacional, sem subsídios e sem exploração de poder de monopólio. Nós somos amantes da competição e detestamos a solidão nos mercados. Queremos companhias, queremos competir”, disse Castello Branco.

Segundo o CEO, será desta forma que a redução dos preços dos combustíveis será percebida pela população.

“Os preços de mercado são um farol do que podemos produzir mais ou menos”, completou.

Saiba mais – Presidente de Conselho da Petrobras renuncia ao cargo 

Saiba mais – Petrobras criará joint-venture na área de energia renovável

Campeã

O CEO disse que pretende transformar a Petrobras em uma empresa campeã, visto que a gestão tem apenas atuado no rebaixamento da companhia.

Castello Branco está disposto a aplicar a cartilha liberal, de competição e preços livres, perseguida pela equipe econômica do novo governo.

“O Brasil é muito rico em recursos naturais e tem um potencial imenso para explorar, especialmente na mineração e no petróleo […] Parecemos envergonhados em explorar commodities. Vamos explorar os recursos e produzir valor para o Brasil”, acrescentou.

O presidente da Petrobras também demonstrou interesse em impulsionar o segmento de gás natural, mencionando o exemplo japonês, que utiliza o combustível para fins automotivos.

Amanda Gushiken

Compartilhe sua opinião