BRF e Marfrig cancelam fusão após falta de acordo sobre governança

A BRF e a Marfrig cancelaram as negociações sobre a intenção de fusão entre as duas empresas. Assim, a informação foi divulgada pelas companhias em um comunicado na noite da última quinta-feira (11).

Dessa forma, o motivo do encerramento das conversas entre as processadoras de carne foi a falta de um consenso sobre a governança do negócio resultante da junção. Apesar da decisão, tanto a BRF quanto a Marfrig garantiram que as relações comerciais entre ambas serão mantidas.

Marco Antônio Spada, vice-presidente de finanças da Marfrig, afirmou, por meio de um comunicado, que a quebra da negociação “não afetará outras parcerias comerciais existentes entre a companhia e a BRF S.A.”.

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Por sua vez, o diretor presidente global da BRF também se pronunciou através de nota divulgada ao mercado. No documento, Lorival Nogueira Luz Jr. ponderou que “apesar do término das tratativas para a combinação de seus negócios, o relacionamento comercial entre a companhia e a Marfrig permanecerá inalterado e não haverá quaisquer modificações nas práticas, condições e termos previstos em contratos por elas celebrados”.

O anúncio da possível fusão entre as processadoras foi feito em maio deste ano. A operação teria como produto uma empresa cujo faturamento estava previsto em torno dos R$ 76 bilhões.

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Fusão entre as empresas

A Marfrig e a BRF anunciaram, no dia 30 de maio, que estavam negociando uma fusão. A BRF esperava que a combinação de negócios com a Marfrig colocasse a nova empresa na liderança do mercado de atuação.

Dessa forma, a fusão entre as companhias poderia ocorrer por meio de uma joint-venture, ou seja, uma empresa conjunta.

BRF vende R$750 milhões em títulos de dívidas

A BRF encerrou sua oferta pública de títulos obrigacionários no dia 1 de julho. A manobra foi a 1ª emissão de debêntures simples da gigante das carnes, não conversíveis em ações, da espécie quirografária e com esforços restritos. Sendo assim, no total, foram subscritos 750 mil papéis, totalizando R$ 750 milhões.

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Juliano Passaro

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