Banco Inter (BIDI11): app para não correntistas aumentará mercado alvo

O Banco Inter (BIDI11) deve lançar dentro dos próximos 10 dias a funcionalidade de seu aplicativo para não correntistas. A ideia do banco é abrir para usuários, que ainda não são clientes, sua plataforma de marketplace e cashback. A iniciativa deve ampliar de forma considerável o mercado alvo da instituição, diz o CEO João Vitor Menin.

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A previsão foi revelada na teleconferência de resultados na tarde desta quarta-feira (12). Atualmente, são registrados cerca de 90 mil downloads do aplicativo do Banco Inter por dia, sendo que cerca de 30 mil são convertidos em novos correntistas. “O objetivo é capturar parte dessa diferença e oferecer nossos serviços não bancários, como o shopping, seguros ou até investimentos”, afirma o executivo.

A administração do banco disse a mudança era para ser lançada antes, ainda em abril, mas a cautela diz respeito à “experiência do cliente”, que não deve ser afetada. O Net Promoter Score (NPS) do Inter, indicador da satisfação dos clientes para determinada empresa, foi de 82 em março, patamar elevado frente a seus concorrentes.

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O objetivo da instituição é encerrar o ano com cerca de 20 milhões de usuários. Desses, a ideia é que sejam 16 milhões de correntistas (a base atual é de pouco menos de 11 milhões) e quatro milhões de clientes não correntistas. As mudanças devem ser lançadas inicialmente para Android e, cerca de duas semanas depois, para usuários do iOS.

Para quem já é cliente, não haverá nenhuma diferença. Já para que estiver baixando o aplicativo pela primeira vez, haverá a possibilidade de escolher entre as opções: seguir para o âmbito bancário ou somente utilizar a plataforma como uma loja propriamente dita — que contará com cashback como com qualquer outro usuário.

Foco do Banco Inter está no consumer finance

A diretoria do Banco Inter quer utilizar tanto a iniciativa com os clientes não correntistas, como a ampliação de seu portfólio de produtos, para aprofundar o que é chamado de consumer finance.

O termo diz respeito a uma plataforma que combine serviços bancários, com possibilidade de acesso rápido a e-commerce e wallet digital para futura utilização. “Todos os investimentos e inovações das nossas equipes mostram como o Inter consegue combinar a parte de banking e não baking“, diz Menin.

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Com isso, o banco procura fazer com que a monetização de ambas as partes trabalhem conjuntamente, tudo isso “empoderando o cliente”. O aplicativo para não correntistas abre um novo universo para a instituição, que passará a concorrer de forma mais próxima com o Magazine Luiza (MGLU3) e B2W (BTOW3), por exemplo, ampliando sua proposta de valor.

O crescimento é latente. Nos últimos 12 meses, o volume bruto de mercadorias (GMV) no Inter Shop foi de R$ 1,8 bilhão, alta de 50% se comparado aos 12 meses imediatamente anteriores. A receita com o segmento atingiu R$ 41,2 milhões no primeiro trimestre deste ano, avanço de 3.611% sobre o mesmo período do ano anterior.

“Entendo que estamos reinventando o consumer finance no Brasil. Para a combinação de todos esses fatores funcionar é necessário ter uma processadora de cartões própria, integração de catálogo no shopping, um motor de aumento de limite de crédito para consumo e uma base grande de correntistas”, afirma o CEO. “Estamos muito animados.”

Por volta das 13h25, no entanto, as ações do Banco Inter caíam 6,39%, para R$ 190,43. Os investidores aproveitam o dia vermelho nos mercados para realizarem lucro com os papéis da instituição, que subiu mais de 220% nos últimos seis meses.

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Jader Lazarini

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