Banco Central lucra em 2021 mais do que o BB (BBAS3), Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) juntos

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, nesta quinta-feira (17) o resultado financeiro do Banco Central em 2021. De acordo com o BC, o resultado nesse período foi positivo em R$ 85,9 bilhões.

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O lucro do Banco Central, no período, foi maior do que o de grandes bancos da bolsa no acumulado de 2021. Somados, Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3) tiveram cerca de R$ 74 bilhões de lucro em 2021. Acrescido o Santander (SANB11), a cifra vai para R$ 90,5 bilhões.

Segundo a nota, o resultado positivo com reservas e operações cambiais, no valor de R$ 14,2 bilhões, foi destinado à constituição de reserva de resultados no Patrimônio Líquido do Banco Central.

O resultado do BC com as demais operações, no valor de R$ 71,7 bilhões, será transferido ao Tesouro Nacional até 7 de março de 2022.

A chefe-adjunta do Departamento de Contabilidade, Orçamento e Execução Financeira (Deafi) do Banco Central, Marisa Minzoni, disse que a transferência de R$ 71,7 bilhões ao Tesouro Nacional deve ser usada para o pagamento de juros e abatimento de dívida.

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Minzoni ressaltou que, por lei, o resultado operacional da autoridade monetária é transferido para o caixa do Tesouro. Já o lucro com reservas e operações cambiais são destinadas à reserva de resultados do patrimônio líquido do BC.

Os lucros não cambiais são destinados ao Tesouro. Até o primeiro semestre de 2019, todo o lucro (cambial e não cambial) do Banco Central era repassado ao Tesouro.

A transferência do lucro do BC para o Tesouro no início do ano já era prevista. Em 2020, o CMN aprovou uma transferência excepcional, de R$ 325 bilhões, a pedido do Ministério da Economia, em meio às turbulências geradas pela pandemia do coronavírus.

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De acordo com Marisa Minzoni, os repasses dos recursos agora são anuais e transferidos automaticamente. Não foram feitas transferências excepcionais em 2021.

Banco Central tem R$ 1 bilhão em LFVs

Em nota, o BC informou que, em 2021, adotou novas operações “alinhadas às modernas práticas internacionais”.

Entre elas, estão os depósitos remunerados a prazo, que totalizavam R$ 7 bilhões em 31 de dezembro. Por meio desses depósitos, as instituições financeiras deixam dinheiro voluntariamente no Banco Central em troca de uma remuneração, em vez de apenas deixarem depósitos compulsórios (obrigatórios) na conta da autoridade monetária.

As Linhas Financeiras de Liquidez (LFL) somavam R$ 1 bilhão no fim do ano passado na modalidade a termo. Esses empréstimos são garantidos por ativos financeiros e atendem às necessidades de liquidez das instituições financeiras.

Essas linhas do Banco Central envolvem tanto operações de liquidez imediata (com prazo de até cinco dias úteis) quanto de liquidez a termo (com prazo de até 359 dias corridos).

Com informações do Estadão Conteúo

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Eduardo Vargas

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