Americanas (AMER3) adia novamente publicação dos balanço de 2023 e do 1T24

A Americanas (AMER3), em recuperação judicial, adiou novamente a divulgação de suas demonstrações financeiras relativas ao exercício social de 2023 e as informações do primeiro trimestre de 2024, que estavam agendadas para os dias 26 de março de 2024 e 15 de maio de 2024, respectivamente.

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Em fato relevante, a varejista informou que o adiamento da divulgação do balanço da Americanas ocorreu “em razão da complexidade dos impactos da recuperação judicial e da aprovação e homologação do plano de recuperação judicial da companhia e das suas subsidiárias”.

A Americanas disse ainda que “a companhia está envidando todos os esforços para a auditoria das demonstrações financeiras e a revisão das informações trimestrais sejam concluídas o mais rapidamente possível, de forma que sejam divulgadas ao mercado até 28 de maio de 2024″.

A empresa informou também que a sua Assembleia Geral Ordinária será convocada no dia 28 de março de 2024 para ser realizada no dia 30 de abril de 2024.

Já o exame, discussão e votação das demonstrações financeiras da Americanas, relativas ao exercício social de 2023, “serão deliberadas em Assembleia Geral Extraordinária a ser oportunamente convocada após a divulgação das demonstrações financeiras auditadas e parecer dos auditores independentes relativos ao exercício social de 2023″, acrescentou a companhia.

Americanas (AMER3) tem prejuízo de R$ 4,61 bilhões nos 9 primeiros meses de 2023, queda de 23,5% na base anual

A Americanas teve um prejuízo líquido de R$ 4,61 bilhões nos nove primeiros meses de 2023 (9M23), queda de 23,5% frente ao mesmo período do ano anterior, quando registrou perdas de R$ 6,02 bilhões, segundo informado pela varejista no fim de fevereiro.

A receita líquida da Americanas entre os meses de janeiro e setembro de 2023 foi de R$ 10,2 bilhões, recuo de 45,1% sobre os R$ 18,7 bilhões reportados no mesmo período de 2022.

Já o Ebitda (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Americanas ficou em R$ 1,55 bilhão no 9M23, aumento de 21,3% frente ao Ebitda de R$ 1,28 bilhão de um ano antes.

O volume bruto de mercadorias (GMV, na sigla em inglês) da Americanas foi de R$ 16,0 bilhões entre os meses de janeiro a setembro de 2023, queda de 51,1% na comparação anual.

O canal de vendas digital da Americanas teve a principal contribuição para a queda do indicador, ao vender R$ 4,80 bilhões no período, queda de 77,1%. Já o canal de vendas físico da companhia teve um GMV de R$ 9,27 bilhões no 9M23, ante R$ 9,69 bilhões no 9M22.

O resultado financeiro líquido da Americanas nos nove primeiros meses de 2023 foi de R$ 2,186 bilhões, queda de 45,7% na comparação anual.

No terceiro trimestre de 2023, a varejista teve um prejuízo líquido de R$ 1,621 bilhão, número 17,8% menor do que os R$ 1,972 bilhão registrados no mesmo período do ano anterior. O montante já foi corrigido em relação aos R$ 212 milhões de prejuízo que a empresa havia anunciado originalmente.

Já a receita operacional líquida da Americanas no 3T23 foi de R$ 3,261 bilhões, baixa de 39,2% na comparação anual. O resultado financeiro da companhia no período ficou negativo em R$ 979 milhões, queda de 29% frente ao mesmo período de 2022.

A dívida líquida da Americanas no terceiro trimestre de 2023 ficou em R$ 33,4 bilhões, aumento de 10,6% na base anual, enquanto o endividamento bruto da companhia somou R$ 38,3 bilhões no período.

“O endividamento da companhia também se manteve estável, ainda em patamares altos, mas com tendência de relevante redução, uma vez que tenha início a execução do plano de recuperação judicial“, afirmou a Americanas.

Por sua vez, o caixa da Americanas encerrou setembro de 2023 em R$ 4,929 bilhões, uma queda de 49,5% em 12 meses. “Hoje já podemos dizer que superamos a fase mais crítica pela qual a Americanas passou”, disse a varejista no relatório de resultados.

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Giovanni Porfírio Jacomino

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