Veja as 5 ações que mais subiram sob os governos de Bolsonaro, Lula, Temer e Dilma

Em janelas de cerca de quatro anos, iguais às de um mandato presidencial, algumas ações da bolsa brasileira tiveram retornos acima de 2.000%. Nos últimos anos, sob o governo de Jair Bolsonaro (PL), o grande destaque foi a Prio (PRIO3), antiga PetroRio, que já subiu 1.392% desde janeiro de 2019.

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Nos mandatos anteriores, de Lula e Dilma (PT), aparecem ações como Cielo (CIEL3) e Raia Drogasil (RADL3), mas também nomes que estão fora da bolsa atualmente, como a Souza Cruz, antigamente listada sob o ticker CRUZ3.

Nesta matéria, levantamos as cinco ações que mais subiram sob os últimos governos com base nos dados do Status Invest, indo do primeiro mandato de Lula ao governo Bolsonaro, ainda em andamento – sendo que ambos disputam, novamente, a Presidência da República.

Analisando os recortes de todos os mandatários, é possível verificar que a maior alta acumulada ficou com o presidente Michel Temer (MDB), que é a exceção dentre os analisados, dado que assumiu após o impeachment de Dilma e governou por cerca de dois anos, metade dos outros presidentes no comparativo.

Sob o seu governo, ações do Magazine Luiza (MGLU3) subiram cerca de 2.300%.

Além disso, Bolsonaro fica com cerca de dois meses de ‘desvantagem’ em relação aos pares, dado que seu primeiro mandato finda em dezembro de 2022. Desta forma, foram consideradas as altas até a data presente, dia 5 de outubro.

Os retornos acumulados em janelas de quatro anos, vale destacar, não necessariamente apresentam correlações diretas com o ambiente governamental do momento ou com alguma medida do mandatário da época.

Além disso, os papéis oscilaram em contextos macroeconômicos diferentes. Como exemplo, a Taxa Selic, a taxa básica de juros, chegou a ficar acima de 26% ao ano no primeiro mandato de Lula, e sob Bolsonaro bateu a mínima histórica durante a pandemia, de 2% em meados de 2020.

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Ações com maior durante o primeiro mandato do governo Lula:

Ações com maior durante o segundo mandato do governo Lula:

Ações com maior retorno durante o primeiro mandato de Dilma:

Ações com maior retorno durante o segundo mandato de Dilma:

Ações com maior retorno durante o governo Temer:

Ações com maior retorno durante o governo Bolsonaro:

Como fica o mercado com Lula ou Bolsonaro eleitos?

Com eleições batendo à porta, analistas divergem sobre o risco de comprar e vender ações em meio à volatilidade do período. Contudo, há dúvidas sobre quais setores saem ganhando com a eleição de algum dos candidatos.

Com uma bolsa em máxima histórica em 2021 por causa da alta do Ibovespa, há expectativa de que, caso Bolsonaro vença as eleições, bancos e commodities sigam em desempenho significantemente positivo.

Já para um eventual mandato de Lula (PT), há expectativa de que ações vinculadas ao varejo possam desempenhar melhor com uma agenda de maiores gastos com estímulo ao consumo – apesar de os planos de ambos os candidatos ainda serem relativamente nebulosos.

Segundo Leonardo Piovesan, CNPI e analista fundamentalista da Quantzed, independente do cenário, o mais viável é manter uma fatia do portfólio dolarizado e ter caixa. Além disso, o especialista afirma que a pontuação do Ibovespa ainda não precificou o risco eleitoral.

“O momento é de ter caixa e de ter empresas com receita dolarizada, suportando a volatilidade e ver como ficará o endereçamento da agenda fiscal. Acho que o mercado ainda não precificou as eleições, principalmente por conta das incertezas fiscais”, comenta.

Alguns especialistas apontam uma alta em qualquer um dos dois cenários, mas com algumas diferenças. Claudio Delbrueck, da sócio-fundador da Solana Capital, disse em evento recente que ‘estatais e bancos se beneficiam‘ de uma continuidade do governo atual.

“Obviamente esse potencial alta das ações vai depender muito do mercado externo. Mas, olhando no mercado doméstico, apesar de acreditarmos que a Bolsa vá subir nos dois cenários [com Lula ou Bolsonaro], a dinâmica dessa alta vai ser bem diferente. Se o Bolsonaro for eleito, vai ser uma continuidade da política atual”, comenta.

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Eduardo Vargas

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