Warren Buffett investe US$ 11,6 bilhões em seguradora de “amigo de longa data”

Tendo a confiança como um dos seus principais nortes para investir, o bilionário Warren Buffett acaba de aportar US$ 11,6 bilhões em uma seguradora de um “amigo de longa data”, segundo a CNBC.

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Nesta segunda (21), foi anunciada a compra da seguradora Alleghany pela Berkshire Hathway (BERK34), sendo uma das maiores transações da holding de Warren Buffett em mais de seis anos.

Entre os motivos que consolidaram o aporte está o fato de a seguradora ser liderada pelo CEO Joseph Brandon, quem Warren Buffett descreve como um “amigo de longa data”.

O relacionamento deles remonta a pelo menos duas décadas, já que de 2001 a 2008 Brandon atuou como presidente e CEO da General Re, seguradora que compõe o quadro de subsidiárias da Berkshire.

“Estou particularmente satisfeito por mais uma vez trabalhar junto com meu amigo de longa data, Joe Brandon. A Berkshire será o lar permanente perfeito para a Alleghany, uma empresa que tenho observado de perto por 60 anos”, disse Buffett em comunicado anunciando a compra da companhia.

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A companhia é quase secular (com fundação em 1929) e registrou US$ 12 bilhões em receita líquida no ano de 2021. Com a compra a Berkshire passará a deter três seguradoras, incluindo a Alleghany – já que já possui a  General Re e a GEICO.

Segundo Warren Buffett, o racional para o investimento é de que ele, agora, poderá adicionar mais uma marca de seguros às participações da Berkshire e terá fôlego para aportar bilhões de dólares em uma empresa administrada por um executivo de confiança.

Warren Buffett e a estratégia de delegar

Cunhado como “Delegator in Chief” pelo The New York Times, Warren Buffett tem fama no mercado de conceder aos executivos de suas subsidiárias uma grande liberdade de gestão e administração.

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“Podemos liberar os executivos para que eles possam gastar todo o tempo descobrindo a melhor maneira de administrar seus negócios”, defendeu o megainvestidor em uma das reuniões anuais da Berkshire Hathaway.

Seu parceiro na holding, Charlie Munger, descreveu o estilo de gestão de Buffett como “delegação aquém da abdicação”.

Por conta disso, a tendência é de aportes em companhias que tenham maior transparência e executivos que sejam de sua confiança.

Em 1998, falando para um grupo de estudantes de MBA da Universidade da Flórida, Buffett expôs seus três critérios principais para julgar um funcionário em potencial: integridade, inteligência e energia.

Contudo, destacou que integridade ainda é o principal pilar, já que você não pode confiar em ninguém que não a tenha, não importa quanta inteligência e energia eles possam ter.

“Todo estudante de administração que você tem tem a inteligência e a energia necessárias, mas a integridade não está embutida em seu DNA”, defendeu Warren Buffett, em entrevista a uma revista de ex-alunos da Universidade de Nebraska, ainda em meados de 2001.

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Eduardo Vargas

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