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    Tesouro Direto: Guia Completo para Investir em Títulos Públicos

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    O Tesouro Direto caiu no gosto dos investidores brasileiros nos últimos anos, ao oferecer uma combinação de rendimentos superiores à poupança, facilidade na compra e venda de títulos públicos e baixo risco.

    Apesar de sua crescente popularidade nos últimos anos, muitos brasileiros ainda não conhecem essa modalidade de investimento e ainda deixam seu dinheiro parado na conta corrente ou perdendo da inflação na poupança. O Guia de Investimento no Tesouro Direto da Suno está aqui para explicar todos os detalhes e facilitar sua entrada nesse mercado.

    Em termos simples, investir no tesouro direto significa emprestar dinheiro para o governo federal. Mesmo com a alta carga tributária, a União não possui recursos para honrar seus compromissos e cumprir o orçamento. E uma das alternativas para financiar os gastos é ofertar títulos públicos para a própria população.

    O investidor, comprar títulos do governo, empresta seu dinheiro para o governo brasileiro e, em contrapartida, recebe o compromisso de receber seu investimento de volta com juros. Essa transação ocorre por meio das corretoras ou diretamente no site do Tesouro Nacional, com transferência do dinheiro via PIX. O valor mínimo para aportar é de R$ 30.

    Conhecido por ser a porta de entrada para novos investidores, o tesouro direto também é uma opção importante e amplamente utilizada por quem já está tem experiência no mercado financeiro. Com regras claras e diversas opções de vencimento, o tesouro direto é uma opção de renda fixa que se encaixa na carteira de investidor de todos os perfis, ajudando a montar desde a reserva de emergência até objetivos de longo prazo, como a aposentadoria.

    Veja abaixo o guia completo de como investir no tesouro direto e descubra como essa modalidade pode te ajudar a realizar seus sonhos e objetivos financeiros.

    O que é o Tesouro Direto?

    O que é o Tesouro Direto?

    O Tesouro Direto é uma plataforma disponibilizada pelo Tesouro Nacional brasileiro na qual são ofertados ao mercado títulos de renda fixa emitidos pelo governo. Como falamos acima, ao investir em um título do Tesouro Direto o investidor está financiando o orçamento do Estado.

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    Essa modalidade foi criada em 2002, através de uma parceria entre o Tesouro Nacional e a Bolsa de Valores. O objetivo foi desburocratizar, facilitar e agilizar a venda de títulos públicos federais para pessoas físicas em geral.

    Para que serve o Tesouro Direto?

    Para que serve o Tesouro Direto?

    O investidor pode utilizar o Tesouro Direto para iniciar a sua jornada no mundo dos investimentos e conseguir um rendimento acima da poupança e de outras alternativas ofertadas pelos bancos.

    Para aqueles que já possuem uma carteira de investimentos, o programa do Tesouro Nacional é uma ferramenta essencial para balancear riscos, manter a liquidez e garantir bons rendimentos e proteção do poder de compra do patrimônio ao longo de décadas.

    Ao combinar papéis com diferentes objetivos e vencimentos, o poupador pode usar títulos do tesouro direto para montar sua reserva de emergência, planejar sua aposentadoria ou atingir uma meta específica para sua vida como adquirir a casa própria. Esse guia do tesouro direto detalha mais abaixo cada um dos títulos.

    Já para o governo, o programa do Tesouro Direto serve como uma alternativa de financiamento com moeda nacional, mais confortável do que estar endividado em dólar. A União capta recursos com a própria população para cumprir o orçamento e honrar seus compromissos.

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    Como funciona o Tesouro Direto?

    Como funciona o Tesouro Direto?

    A plataforma criada pelo Tesouro Nacional é a porta de entrada para o investidor conhecer os títulos disponíveis e simular os retornos. Acesse aqui o site oficial do programa e entender como funciona o Tesouro Direto.

    O investidor pode optar por se cadastrar diretamente na plataforma e aplicar diretamente nos fundos via PIX ou comprar os mesmos títulos do governo nas principais corretoras. A lista oficial e atualizadas das corretoras e as taxas cobradas está disponível aqui.

    Para escolher o melhor título, o investidor precisa estar atento à três informações básicas: 1) o tipo do título; 2) a rentabilidade; e 3) a data de vencimento.

    Atualmente, o Tesouro Nacional oferece cinco títulos com regras diferentes para os investidores. Veja abaixo um resumo sobre cada um deles.

    O primeiro é Tesouro Prefixado (novo atual para o LTN) oferece uma rentabilidade conhecida para o investidor na hora da compra. Com os juros conhecidos, o poupador pode usar uma calculadora para saber exatamente quanto vai receber no vencimento do título. Existe a opção de receber ou não juros semestrais e as opções de vencimento vão até 2033.

    Já o Tesouro IPCA+ (anteriormente chamado de NTN-B) é um papel recomendado para investimento de longo prazo. Ele é um ativo “pós-fixado” porque sua rentabilidade é a soma de duas parcelas: o valor da inflação, que depende de condições futuras, somado a uma taxa fixa combinada na hora da compra do título. Existem duas opções de rendimento: com ou sem o pagamento de juros semestrais. A opção de juros semestrais combina com a estratégia de viver com renda passiva. Existem opções de vencimento até 2055.

    Ainda na categoria de pós-fixados, o Tesouro Selic (ainda conhecido pelo nome antigo de LFT) que segue a rentabilidade da taxa Selic, definida pelo Banco Central. Esse título é uma ótima alternativa para quem quer aliar alta liquidez e baixa volatilidade no valor do papel. O dinheiro investido tem rentabilidade diária e rende mais que a poupança. O Tesouro oferece os papéis com vencimento em 2026 e 2029.

    Adicionado ao portfólio do Tesouro Direto em 2022, o Tesouro RendA+ foi concebido para ser uma alternativa pública para a aposentadoria. Ao investir neste título, o investidor adquire o papel com uma taxa de rendimento acima da inflação oficial. O diferencial é que nesta modalidade o Tesouro Nacional paga valores mensais nos 20 anos que antecedem o vencimento do papel. Estão disponíveis papeis com vencimento até 2065.

    O mais novo papel é o Tesouro Educa+, que, como o nome indica, foi desenhado para financiar a educação. De forma semelhante ao RendA+, esse papel paga parcelas mensais ao investidor nos cinco anos antes do vencimento. São diversas opções de vencimento, até 2041.

    Caso o investidor precise de ajuda, o simulador do Tesouro Direto é uma ferramenta para identificar o melhor título que combine com seus objetivos.

    Se quiser mais detalhes sobre cada um dos título, procure a área Quais são os títulos do Tesouro Direto? no seu Acesso Rápido.

    Para onde vai o dinheiro do Tesouro Direto?

    Saber para onde vai o dinheiro do Tesouro Direto é uma grande curiosidade daqueles que investem em títulos públicos. A resposta rápida é: o seu dinheiro aplicado tem como destino a conta da União.

    Com esse recurso, o governo vai cumprir o orçamento federal e honrar seus compromissos. Além disso, a União também pode captar recursos para realizar o pagamento de outros títulos emitidos anteriormente e que eventualmente estão vencendo.

    Quais as vantagens do Tesouro Direto?

    Quais as vantagens do Tesouro Direto?

    A plataforma do Tesouro Direto, que já possui cerca de 2 décadas de existência, passou a ter grande importância no mercado. Neste sentido, as principais vantagens do Tesouro Direto para investidores e para o governo são:

      Vantagem do Tesouro Direto para os investidores

      Sem dúvida, quem saiu mais beneficiado da criação da plataforma pela bolsa brasileira, a B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), e pelo Tesouro Nacional foram os investidores. Afinal, a vantagem do Tesouro Direto para os investidores pode ser resumida na simplicidade que ele oferece para que poupadores possam investir.

      Isso porque, antes da sua existência, aqueles que desejavam investir em títulos do governo de renda fixa não tinham tanta praticidade para realizar isto. Sendo que talvez a maneira mais fácil de se expor aos títulos do Tesouro Nacional era por meio dos Fundos de Investimentos.

      Posteriormente, com a sua disponibilização no mercado, os investidores mais conservadores e aqueles que buscam a diversificação dos investimentos puderam aplicar diretamente nesses títulos de renda fixa do governo.

      Além disso, puderam auferir ganhos maiores, afinal os papéis do Tesouro Nacional remuneram mais que, por exemplo, a poupança.

      Vantagem do Tesouro Direto para o governo

      Como foi colocado, a criação do Tesouro Direto pelo governo, em parceria com a bolsa de valores, trouxe mais benefícios para os investidores pessoa físicas. No entanto, não há como deixar de mencionar a vantagem do Tesouro Direto para o governo.

      Isso porque, com a disponibilização da plataforma para investidores no mercado, o Tesouro Nacional conseguiu diversificar e ampliar a sua base de financiamento. Afinal, antes de sua criação, a maior parte dos recursos captados era de origem institucional e estrangeira.

      Então, com a entrada dos investidores pessoa física em massa no investimento em títulos do Tesouro Direto, o Tesouro Nacional — responsável pela emissão dos papéis — passou a ter mais estabilidade nas suas fontes de financiamento, agora mais diversificadas entre os diferentes agentes do mercado.

      De qualquer forma, os investidores que aplicam recursos em títulos do Tesouro Direto podem se considerar financiadores do governo brasileiro. Sendo que o dinheiro investido por essas pessoas está (ou deveria estar) sendo utilizado para o crescimento do país.

      Por fim, vale destacar que nos anos posteriores à criação do TD, essa plataforma ainda era pouco significativa frente ao volume total de recursos captados pelo governo no mercado. Durante esses anos, a pessoa física ainda detinha muito dinheiro na poupança e quase nada aplicado nos títulos do Tesouro Direto.

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      Contudo, essa realidade vem se alterando. Para se ter uma ideia, o número de brasileiros que aplicam em títulos públicos já ultrapassou a marca de 2 milhões, e o volume de títulos desses investidores já passa de 50 bilhões de reais.

      Quais são os títulos do Tesouro Direto?

      Quais são os títulos do Tesouro Direto?

      Depois de entender um pouco melhor sobre o seu funcionamento, entraremos abaixo em detalhes cada um dos títulos disponibilizado pelo Tesouro Nacional. Detalharemos como funcionam, quais as regras e riscos para o investidor.

      Antes de comprar um título, veja qual se adequa melhor ao seu objetivo e perfil de investidor. Os principais títulos do Tesouro Direto são:

      1. Tesouro Prefixado
      2. Tesouro SELIC
      3. Tesouro IPCA+
      4. Tesouro RendA+
      5. Tesouro Educa+
      01.

      Tesouro Prefixado

      <strong>Tesouro Prefixado</strong>

      O primeiro título do Tesouro Direto é o Tesouro Prefixado. Como o próprio nome desse título sugere, o seu rendimento é sempre determinado previamente no momento da aplicação. Antigamente, esse fundo era conhecido pelo nome de Tesouro LTN, de “letra Tesouro Nacional”.

      Assim, o investidor que aplica no Tesouro Prefixado sabe exatamente qual a taxa de rendimento e qual o valor final do seu investimento no vencimento do papel.

      O Tesouro Nacional oferta papéis com diferentes datas, habitualmente com três, seis e dez anos até o vencimento. O papel mais longo paga juros semestralmente, enquanto os outros dois acumulam o rendimento até o pagamento no vencimento. Veja abaixo os títulos e suas taxas em 19 de dezembro de 2023.

      A taxa de rendimento só é garantida pelo Tesouro Nacional se o investidor não vender os papéis e levar o ativo até a data de seu vencimento.

      Caso o investidor queira resgatar os recursos aplicados antes do vencimento, o papel será vendido a preço de mercado, que pode variar bastante ao longo dos anos a depender das expectativas em relação à economia.

      Esse comportamento do preço dos títulos é conhecido como marcação a mercado.

      Exemplo de marcação a mercado

      Para entender melhor, considere o seguinte exemplo de marcação a mercado fictício:

      • Rentabilidade do Tesouro Prefixado 2026 em 01/05/2020: 8% ao ano;
      • Rentabilidade do Tesouro Prefixado 2026 em 10/09/2020: 12% ao ano.

      Neste exemplo hipotético, a rentabilidade financeira anual do título Tesouro Prefixado com vencimento em 2026 variou de 8% em maio de 2020 para 12% em setembro desse mesmo ano. Isso significa, portanto, que o investidor que adquiriu o título em maio possui um ativo menos valioso do que aquele que aplicou neste mesmo papel em setembro.

      Dessa forma, caso o investidor que aplicou em maio deseje vender, em setembro, o seu título de remuneração de 8% ao ano, então ele terá que se desfazer de desse ativo por um valor inferior do que pagou, visto que existe um ativo igual sendo vendido com uma taxa superior.

      Esse fenômeno também pode beneficiar o investidor, caso compre com uma taxa acima do que é praticada no momento.

      A variação no valor da taxa de rendimento é influenciada por fatores como expectativa de inflação e de juros. Em resumo, quando o mercado está mais otimista com a economia a taxa tende a cair e o inverso ocorre quando os investidores estão mais pessimistas.

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      02.

      Tesouro Selic

      <strong>Tesouro Selic</strong>

      Outra classe de título do Tesouro Direto é o Tesouro Pós-fixado. Basicamente, nos rendimentos pós-fixados, a remuneração é composta por uma parte fixa e por outra variável. No caso da parte variável, esta é ligada a um indexador como Selic ou IPCA.

      O Tesouro Selic é um título cujo rendimento acompanha a variação da taxa Selic, definida pelo Copom (Comitê de Política Monetária). A cada 45 dias o órgão do Banco Central se reúne para reduzir, manter ou elevar a taxa básica de juros da economia.

      O investidor que compra o Tesouro Selic irá receber o rendimento diariamente. Ao final de cada pregão, o valor do seu título é aumentado com base na equivalência percentual da Selic ao ano para ao dia.

      Esse título é recomendado por especialistas para manutenção de sua reserva de emergência, pois a marcação a mercado tem efeito muito reduzido no papel. Com isso, é um papel de baixíssima volatilidade de preços.

      Normalmente, o Tesouro oferta papéis com três e seis anos de vencimento. Em 2023, estão disponíveis os papéis Tesouro Selic 2026 e Tesouro Selic 2029.

      O antigo nome do Tesouro Selic é LFT, de letra financeira do Tesouro.

      03.

      Tesouro IPCA+

      Tesouro IPCA+

      O Tesouro IPCA+ possui seu rendimento atrelado ao IPCA (Índice Preços ao Consumidor Amplo) somado a uma taxa fixa. A principal característica desse título é a proteção do investidor contra o risco inflacionário.

      Na hora de comprar o papel, o títulos do Tesouro IPCA+ são apresentados da seguinte forma:

      • Tesouro IPCA+ 2026: IPCA + 2,50%;
      • Tesouro IPCA+ 2045: IPCA + 3,80%.

      O valor à direita do “+” mostra a taxa fixa que o título irá render acima da inflação do período até o vencimento.

      Existem dois tipos de pagamento para os papéis IPCA+: com e sem juros semestrais. Na primeira opção, o investidor recebe a cada seis meses os juros sobre o valor principal investido. Essa é uma alternativa para receber renda passiva. Caso não queria optar pelos juros semestrais, o valor é acumulado e pago no vencimento do papel

      O Tesouro IPCA+ era conhecido pelos nomes de NTN-B (sem juros) e NTN-B Principal (com juros).

      Existem diversos vencimentos disponíveis, com prazos que vão até 2055.

      Com a marcação a mercado, os ativos de prazo mais longo possuem mais incertezas e, com isso, maior volatilidade nos preços. Entretanto, esses papéis possuem um retorno maior.

      04.

      Tesouro RendA+

      Tesouro RendA+

      O Tesouro RendA+ faz parte da nova família de papéis do Tesouro Nacional e foidesenvolvido especialmente para aqueles que buscam complementar a renda na aposentadoria. Trata-se de rendimento atrelado à inflação, assim como acontece com o Tesouro IPCA+.

      A proposta do Tesouro é usar o título como uma alternativa pública para a previdência privada.

      O investimento no Tesouro RendA+ é dividido em dois períodos: o de acumulação e o de conversão. Durante a fase de acumulação, o investidor faz aportes para formar uma poupança para o futuro. Já na fase de conversão, o investidor começa a receber de volta o montante aplicado, acrescido dos juros, em parcelas mensais ao longo de 20 anos (240 parcelas).

      Durante esse período, o valor recebido é corrigido mensalmente pela inflação, visando preservar o poder de compra do investidor. Diferente de outros títulos públicos federais, o Tesouro RendA+ não prevê o resgate total no vencimento ou pagamento de juros semestrais até a liquidação do título.

      Os papéis RendA+ possuem os vencimentos mais longo do Tesouro, com ativos disponíveis até 2065.

      05.

      Tesouro Educa+

      Tesouro Educa+

      O caçula dos títulos do Tesouro Direto é o Tesouro Educa+, lançado em 2023. Esse papel é muito semelhante ao RendA+ e foi desenvolvido para custear a educação formal do investidor ou de seus dependentes.

      O Educa+ possui as duas fases de acumulação e conversão e também está atrelado ao IPCA mais uma taxa fixa.

      A diferença em relação ao Renda+ ocorre no prazo da conversão. No Educa+, o pagamento das parcelas ocorre ao longo dos últimos cinco anos, em 60 parcelas mensais.

      Os papéis têm opções de vencimentos anuais até 2041.

      Investimento Coletivo do Tesouro Direto

      Agora através do investimento coletivo do Tesouro Direto, você poderá iniciar uma campanha para arrecadar fundos e financiar a educação do seu filho, ou de algum ente querido.

      Para fazer a campanha de arrecadação é muito simples. Através da plataforma do Tesouro Direto, você poderá criar uma nova campanha. Segue o passo a passo de como funciona a criação de uma campanha:

      • Primeira Etapa

        Crie um cadastro junto a uma corretora conveniada ao Tesouro Direto. A conta em questão é para a pessoa que receberá os recursos.

      • Segunda Etapa

        Depois de realizar o cadastro com sucesso, será necessário fazer o login na plataforma do Tesouro Direto.

      • Terceira Etapa

        Agora, crie a campanha com um valor mensal.

      • Quarta Etapa

        Depois é hora de compartilhar essa campanha com as pessoas próximas, como amigos e familiares.

      Os recursos são investidos nas letras do Tesouro Educa+, desse modo, quando a criança completar 18 anos, ela receberá pagamentos mensais a fim de financiar os custos educacionais.

      Como a educação superior no Brasil pode ser cara, ela se torna inviável para muitas famílias.

      Assim, através do investimento coletivo do Tesouro Direto, as pessoas terão meios de se organizar e levantar recursos para financiar a educação de quem se ama.

      Vale destacar que no Tesouro Direto há como fazer simulações de campanhas, para ter uma ideia de quanto seria necessário arrecadar para poder custear integralmente a educação do filho, ou ente querido.

      06.

      Títulos descontinuados

      Títulos descontinuados

      Tesouro IGP-M

      Por fim, outro tipo de título pós-fixado do Tesouro Direto é o Tesouro IGP-M. Esses papéis usam o Índice Geral de Preços de Mercado, o IGP-M, como indexador. O índice é conhecido como a inflação do aluguel.

      Antigamente chamado de NTN-C (Notas do Tesouro Nacional da Série C), esse título pós-fixado ficou disponível no mercado apenas entre 2002 e 2006. Depois disso, sua negociação passou a ser realizada apenas no mercado secundário e sua compra não é mais possível.

      Contudo, vale destacar que ainda existem alguns títulos do Tesouro IGP-M com vencimento ativo e que continuam remunerando aqueles investidores que os mantiveram. No caso, há um título em janeiro de 2031.

      Características do Tesouro Direto

      Características do Tesouro Direto

      Depois de conhecer um pouco mais sobre os títulos do Tesouro Nacional disponíveis, o próximo passo é conhecer quais são as características do Tesouro Direto que valem para todos os títulos. Abaixo, alguns dos pontos em comum entre os diferentes papéis ofertados no mercado:

      Prazos, vencimentos e resgates do Tesouro Direto

      Para aqueles que possuem receio quanto aos prazos e resgates do Tesouro Direto, não há o que se preocupar. Isso porque, ao contrário da maior parte dos títulos de crédito privado de renda fixa, os títulos públicos do Tesouro Nacional possuem alta liquidez financeira.

      Essa liquidez do Tesouro Direto acontece porque o Tesouro Nacional garante para os investidores a compra de seus títulos no mercado na hipótese de resgate antecipado. Em outras palavras, todos os títulos possuem uma data de vencimento, mas o investidor pode se desfazer do papel a qualquer momento, vendendo-o no mercado de volta para o Tesouro.

      É preciso ficar atento, contudo, porque essa venda do título de volta para o Tesouro ocorre à valor de mercado. Com isso, há o efeito da marcação à mercado, que ajusta o valor do título de acordo com as taxas de juros vigentes no momento da venda.

      Sendo assim, no caso dos títulos prefixados e pós-fixados, o investidor pode vender o título com um lucro maior ou menor do que o esperado, considerando o ajuste do juros. Além disso, no curto prazo, é possível ainda que a venda seja realizada com prejuízo, no caso do aumento dos juros no mercado após o investimento do aplicador.

      Taxas e Custos do Tesouro Direto

      Mais uma dúvida comum daqueles que ainda não investem em títulos públicos é quanto aos custos do Tesouro Direto. Isto é, quais são as eventuais taxas que o investidor está sujeito ao realizar o seu investimento.

      E, nesse sentido, os principais taxas da B3 no Tesouro Direto que podem existir no investimento no Tesouro Direto são:

        1. Taxa de custódia da B3 no Tesouro Direto

        O primeiro encargo que os investidores possuem ao investir em títulos é a taxa de custódia da B3 no Tesouro Direto. Como foi colocado, essa plataforma foi criada em uma união entre o Tesouro e a Bolsa de Valores brasileira.

        Por isso, naturalmente existe uma taxa para que o sistema seja disponibilizado. No caso, há a cobrança de 0,25% ao ano sobre o montante aplicado pelo investidor no Tesouro Direto. Sendo que esse valor é provisionado diariamente sendo pago semestralmente ou na hipótese de venda antecipada do título.

        Vale destacar, ainda, que essa taxa de custódia é cobrada sobre um limite máximo de aplicação de 5 milhões de reais. Além disso, no caso do Tesouro Selic, em 2020, a B3 isentou investidores com até 10 mil reais aplicados da taxa de custódia de 0,25% ao ano.

        2. Taxa de administração da instituição financeira

        Outra taxa que os investidores do Tesouro Direto devem ficar atentos é a taxa de administração da instituição financeira. Isso porque existem algumas empresas que podem cobrar uma tarifa para a compra e para a venda de títulos.

        Isso significa que toda vez que o investidor comprasse ou vendesse seus títulos, a instituição cobraria uma tarifa por isso, por exemplo, 10 reais. No entanto, a maior parte das empresas do mercado já extinguiram essa taxa. Por isso, recomenda-se que o investidor pesquise se seu banco ou corretora ainda possui esse encargo na hora de investir.

        3. Taxa de custódia da instituição financeira

        Por fim, outro encargo que os investidores do Tesouro Direto podem eventualmente se sujeitar é a taxa de custódia da instituição financeira. Basicamente, esse encargo funciona da mesma forma que a custódia da B3 (Brasil, Bolsa, Balcão). Ou seja, a instituição cobra um percentual sobre o montante aplicado para manter o investimento do aplicador no Tesouro Direto.

        E assim como a taxa de administração, a taxa de custódia também já foi extinta da maior parte das instituições financeiras do mercado. Por isso, não é recomendado que o investidor realize seus investimentos através de uma empresa que ainda mantenha essa cobrança de custódia.

        Tributação do Tesouro Direto

        Outro ponto importante com relação ao investimento em títulos públicos é quanto a tributação do Tesouro Direto. Isto é, a qual tipo de imposto e a quais alíquotas o investidor deve estar preparado para pagar sobre o seu lucro.

        E, neste sentido, ressalta-se que o investimento em títulos públicos segue a mesma regra tributária da renda fixa. Ou seja, o imposto é calculado sempre sobre o lucro, com alíquotas que variam de acordo com a tabela regressiva de imposto de renda:

        • 22,5%: vencimentos ocorridos até 180 dias após a data da aplicação;
        • 20,0%: vencimentos de 181 dias até 360 dias após a data da aplicação;
        • 17,5%: vencimentos de 361 até 720 dias após a data da aplicação;
        • 15,0%: vencimentos após 720 dias da data da aplicação.

        Essas alíquotas de Imposto de Renda são recolhidas na fonte. Portanto, fica à cargo da própria Corretora realizar a retenção. Por outro lado, o investidor deve declarar tanto seu patrimônio quanto os rendimentos que já tiveram a tributação em sua Declaração de Imposto de Renda, que normalmente é entregue no final do mês de abril.

        E além do imposto regressivo sobre o lucro, esse investimento também está sujeito ao IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Contudo, o IOF do Tesouro Direto é incidente apenas sobre os 29 primeiros dias de aplicação, sendo que ele possui a seguinte alíquota regressiva:

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        Riscos do Tesouro Direto

        Riscos do Tesouro Direto

        Uma dúvida comum, e também muito válida, daqueles que ainda não investiram em títulos públicos diz respeito a quais são os riscos do Tesouro Direto. Essa dúvida é muito legítima, pois ninguém deseja investir o suado dinheiro do trabalho para perdê-lo facilmente.

        Neste ponto, é preciso destacar que investir nos títulos do Tesouro Nacional é estar exposto ao risco soberano do Brasil. Alguns investidores costumam atribuir esses títulos, portanto, como “risco zero” ou taxa livre de risco.

        Isso porque, apesar de ser um consenso que não existe investimento sem risco, é também sabido que o risco de crédito do Tesouro Nacional é muito pequeno. Afinal, para o Tesouro “quebrar”, o país inteiro, incluindo todo o Sistema Financeiro com os principais bancos, deverá entrar também em derrocada.

        Destaca-se também que, na hipótese do governo não ter recursos para pagar os investidores, ele imprime dinheiro e paga. Além disso, há também a possibilidade de aumentar suas receitas, por meio do aumento dos impostos, para levantar recursos para o pagamento de juros da dívida.

        É por conta dessas possibilidades que só os governos têm que se considera o investimento em títulos públicos como algo extremamente seguro. Afinal, nenhum outro tipo de credor possui a chance de imprimir dinheiro ou de aumentar as receitas unilateralmente para quitar dívidas.

        Rentabilidade do Tesouro Direto

        Rentabilidade do Tesouro Direto

        Por fim, e não menos importante, é sobre a rentabilidade do Tesouro Direto. Afinal de contas, todos aqueles que realizam qualquer investimento está interessado no lucro que ele pode oferecer.

        No caso dos títulos do Tesouro, é preciso destacar que a rentabilidade oferecida não é a melhor da renda fixa. Isso porque, como regra, quanto menor o risco, menor o retorno; e, da mesma forma, quanto maior o risco, maior o retorno.

        Assim, como os riscos do Tesouro são muito pequenos, o retorno que ele oferece será, logicamente, menor em relação a outros títulos mais arriscados, como:

        • CDBs (Certificados de Depósitos Bancários);
        • LCA (Letra de Crédito do Agronegócio);
        • LCI (Letra de Crédito Imobiliário).

        Apesar de esses outros títulos de renda fixa acima não serem exatamente arriscado, todos eles possuem risco maior que o Tesouro Direto. Isso porque são títulos de crédito privados, atrelados a instituições financeiras que não possuem os mesmos mecanismos de levantar recursos como o governo.

        Liquidez

        No mundo dos investimentos, o termo “liquidez” se refere à facilidade e rapidez com que você pode sacar seu dinheiro de um investimento. No caso do Tesouro Direto, todos os títulos permitem resgate a qualquer momento, mas em alguns casos pode haver perdas.

        No entanto, existe uma exceção: o Tesouro Selic. Esse título é vinculado à taxa básica de juros da economia e, portanto, não impõe perdas se você precisar resgatar o dinheiro antes do prazo. Embora todos os títulos públicos ofereçam o retorno prometido no vencimento, o Tesouro Selic é a melhor opção para quem busca liquidez e segurança.

        Independentemente do título que escolher, você sempre terá o direito de sacar seu dinheiro a qualquer momento, com o valor creditado na conta em até um dia após a solicitação. Ter investimentos líquidos é importante para garantir sua tranquilidade financeira e permitir que você possa acessar seu dinheiro quando precisar.

        Vale a pena investir no Tesouro Direto?

        Vale a pena investir no Tesouro Direto?

        Após conhecer e depois de considerar todas essas características dos títulos públicos do governo brasileiro, muitos investidores podem se perguntar: mas será que realmente vale a pena investir no Tesouro Direto?

        Investir no Tesouro Direto ou em outros títulos de renda fixa?

        Como foi colocado, a rentabilidade dos títulos públicos não é a maior do mercado. Por isso, muitos investidores podem ficar na dúvida sobre investir no Tesouro Direto ou em outros títulos de renda fixa, como:

        Esses são alguns dos outros títulos de renda fixa disponíveis no mercado para os investidores, mas que são de crédito privado. Isto é, títulos emitidos por companhias privadas, como instituições financeiras ou sociedades anônimas (S/A).

        Contudo, vale destacar que nenhum desses títulos exclui o outro. Isso porque a rentabilidade deles é diferente justamente por causa do risco diferente que cada um deles possui.

        Assim, nada impede de o investidor diversificar sua carteira de renda fixa com títulos de crédito privado, que são mais arriscados e que possuem maior rentabilidade, e com títulos públicos, que possuem rentabilidade menor, mas maior segurança.

        Além disso, dizer se vale ou não a pena investir no Tesouro Direto vai depender muito do perfil e do objetivo do investidor. Por exemplo, para aqueles que desejam realizar reservas de emergência ou de oportunidade, o Tesouro Selic pode sair muito à frente da maior parte dos títulos privados de liquidez diária.

        Ainda para aqueles que desejam investir para o longuíssimo prazo e que não desejam ter que procurar um novo título privado dentro de alguns anos, então os títulos pós-fixados do Tesouro Direto também podem ser a melhor opção. Afinal, existem títulos disponíveis que possuem vencimento em mais de 30 anos.

        Como investir no Tesouro Direto?

        Como investir no Tesouro Direto?

        Depois de entender mais sobre as características sobre os títulos do Tesouro Nacional, muitos investidores podem se interessar por começar a investir nesses ativos.

        Nesse sentido, atualmente há duas formas de começar a investir nas letras do Tesouro Direto. Uma delas é pela forma tradicional, por meio das corretoras e a outra, é através do cadastro simples. Conheça mais a seguir:

        O passo a passo sobre como investir no Tesouro Direto através de uma corretora é o seguinte:

        1. Abrir conta em uma corretora;
        2. Transferir os recursos;
        3. Escolher o título;
        4. Investir e esperar.
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          Abrir conta em uma corretora

          O primeiro passo para começar a investir no Tesouro Direto é abrir uma conta em uma corretora de valores. Com essa conta aberta, o investidor poderá acessar a plataforma do Tesouro onde os títulos são ofertados para o mercado.

          Vale destacar que se recomenda que o investimento seja feito através de uma corretora, e não por um banco de varejo. Isso porque, na maior parte das vezes, os bancos tradicionais cobram taxas para a aplicação em títulos do Tesouro, o que pratica é quase que inexistente entre as corretoras de valores do mercado.

          De qualquer forma, no portal do Tesouro Direto é possível ver a lista de corretoras habilitadas e quais são aquelas integradas ao sistema. Além disso, é possível conferir também as taxas cobradas por cada uma das instituições.
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          Transferir os recursos

          O segundo passo para aplicar em um título do Tesouro Nacional e começar a investir a partir do Tesouro Direto é transferir os recursos para a conta que foi aberta na corretora de valores. Assim, o investidor terá o capital disponível na conta para realizar a sua aplicação.
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          Escolher o título

          Em terceiro lugar, o próximo passo é escolher qual será o título do Tesouro que o investidor irá realizar sua aplicação. Sendo que para definir isso, como foi colocado, é preciso fazer uma avaliação com relação ao perfil, ao objetivo e ao prazo do aplicador.
        4. 4.

          Investir e esperar

          Por fim, após escolher o título que será investido, o último passo para investir no Tesouro Direto é, finalmente, realizar a aplicação no título desejado e esperar o tempo passar. Afinal de contas, os resultados do investimento virão simplesmente com o decorrer do tempo e dos juros compostos.

        Cadastro Simplificado, invista sem a intermediação de uma corretora.

        Desde o final de 2022, há como fazer o seu cadastro no Tesouro Direto de 2 formas. Uma, através das corretoras de valores mobiliárias, que já é amplamente divulgada e conhecida, e outra por meio do cadastro simplificado.

        Através do cadastro simplificado, você não precisa ter uma conta em uma corretora. Há como fazer sua conta sem ligação com uma corretora, assim, os investimentos são feitos todos a partir da plataforma do Tesouro Direto.

        Para fazer o cadastro simplificado é muito simples:

        • Primeiro

          Você poderá analisar entre as diversas letras do Tesouro, aquela que mais lhe interessa.

        • Segundo

          Agora é hora de fazer o cadastro no Tesouro Direto através do “gov.br”.

        • Terceiro

          Escolha um parceiro que esteja habilitado para o cadastro simplificado do tesouro Direto. Dentre os parceiros há o Banco Inter e a Órama.

        • Quarto

          Já escolheu? Então, agora você está pronto para começar a investir no Tesouro Direto através do cadastro simplificado. Para efetivar seu investimento, basta fazer um PIX.

        Qual o horário de funcionamento do Tesouro direto?

        No Tesouro Direto, os investidores têm a facilidade de realizar compras ou resgates todos os dias úteis, durante o horário comercial, das 9h30 às 18h, com as taxas e preços de mercado operando no momento da transação.

        Fora desse horário, entre as 18h e as 5h, nos finais de semana ou feriados, os preços e taxas exibidos no site do Tesouro Direto são apenas para fins de referência. Embora seja possível realizar transações, os preços e taxas considerados serão aqueles do próximo dia útil.

        Cabe ao Tesouro Direto suspender as negociações a qualquer momento e por tempo indeterminado, se julgar necessário devido às condições de mercado.

        Em casos de oscilações intensas nos preços em um curto período de tempo, o Tesouro pode interromper o mercado para impedir que transações sejam realizadas com preços defasados ou que não correspondam aos negociados no mercado.

        Horário
        Dias úteis
        09:30 às 18:00Mercado aberto
        18:00 às 05:00Mercado aberto com taxa indicativa
        05:00 às 09:30Mercado fechado
        Fins de Semana e Feriados
        00:00 às 23:59Mercado aberto com taxa indicativa

        E então, conseguiu entender mais sobre o que é e sobre como funciona o Tesouro Direto? Deixe abaixo suas dúvidas ou comentários sobre essa plataforma de negociação de títulos do Tesouro Nacional.

        Perguntas frequentes sobre o Tesouro Direto
        O que é o Tesouro Direto?

        O Tesouro Direto é uma plataforma criada em parceria da bolsa de valores com o Tesouro Nacional para facilitar a aplicação em títulos públicos realizada por investidores pessoa física. Nessa plataforma, é possível investir de maneira fácil, rápida e prática nos títulos públicos do Brasil.

        Qual a rentabilidade do Tesouro Direto?

        A rentabilidade do Tesouro Direto irá depender de alguns fatores, como o tipo de título investido, o percentual prefixado compactuado no momento da aplicação e a taxa de juros vigente no mercado no momento em que o cálculo da rentabilidade é feito.

        Como investir no Tesouro Direto?

        Para investir no Tesouro Direto o investidor deve abrir conta em uma corretora de valores, transferir os recursos a ser investido, escolher o ativo que será adquirido e, por fim, investir no título escolhido.

        Qual a melhor instituição financeira para investir no Tesouro Direto?

        A melhor instituição financeira para investir no Tesouro Direto é aquela que não cobra taxas para isso, como taxas de custódia ou de corretagem. E dentre as que não possuem esses encargos, a melhor opção dependerá das preferências de cada investidor.

        Tem que depositar todo mês no Tesouro Direto?

        Apesar de ser possível depositar todos os meses no Tesouro Direto, essa não é uma regra desse investimento. Então, o investidor pode aplicar sempre quando e quanto quiser nos títulos do Tesouro — respeitando, claro, o horário comercial e o valor mínimo de aplicação de cada título.

        Tiago Reis
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        3 comentários

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        • Cristina 20 de junho de 2022
          PerfeitoResponder
        • Paulo roberto 29 de julho de 2022
          Gostaria de ser informado qual o mínimo valor a ser investido pode ser $ 500,00 é os senhores aplicaram para devolver em lucroResponder
        • magda 27 de abril de 2023
          Excelente artigo! Super completo!Responder