Depreciação acumulada: saiba como analisar essa conta redutora

Em todos os balanços patrimoniais é possível encontrar uma conta de depreciação acumulada.

E não apenas por ser obrigatória, mas sim porque a depreciação acumulada é fundamental para um apurar o resultado corretamente nestas contas.

O que é a depreciação acumulada?

Depreciação acumulada é o valor que um ou mais bens perdem em um determinado período de uso, decorrente do desgaste derivado do uso recorrente, do tempo ou da obsolência tecnológica.

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Quase todos os bens tendem a perder valor com o passar do tempo. Logo, é esta perda que é representada pela depreciação acumulada.

A depreciação simples é o desgaste de bens e afins de uma empresa, registrando perda de materiais. A depreciação atinge apenas os bens materiais classificados no Ativo Imobilizado, além daqueles classificados no grupo de investimentos do Ativo Não Circulante.

Como encontrar a depreciação acumulada no balanço patrimonial?

A ideia inicial dessa conta de depreciação é ajustar o valor dons bens presentes no balanço patrimonial. Para isso, é subtraído o valor perdido ao longo do período.

Este é o motivo de esta ser uma conta redutora do ativo, presente no imobilizado.

Há uma conta acumulaação para cada tipo de bens sujeitos à depreciação. Logo, se a empresa possui imóveis e maquinário em seu ativo imobilizado, haverá tanto uma conta de desvalorização para os imóveis e outra para as máquinas.

Assim, este dado é encontrado junto aos dados dos bens nas demonstrações contábeis, sempre acompanhando o ativo, funcionando como uma credora.

Afinal, a sua função é corrigir e atualizar o valor do referido bem. Lembrando que a depreciação pode ser linear ou acelerada.

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Calculando a depreciação acumulada

A depreciação de ativos serve para mostrar ao investidor qual é o real patrimônio da empresa. Por isso, há regras que determinam como a conta da depreciação deve ser feita.

A Receita Federal confeccionou uma tabela com percentuais para a correção dos valores dos bens das empresas, com uma depreciação estimada.

Ela deve ser utilizada como base de cálculo para a mensuração da perda de valor.

Estes percentuais variam de acordo com o tipo de bem. Logo, quanto maior a probabilidade de desgaste, maior o percentual a ser considerado.

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Por isso, correias de transmissão, por exemplo, tem o prazo de vida útil de até dois anos e taxa de 50% de depreciação a cada ano. Por outro lado, as torres e pórticos têm prazo de vida útil de 25 anos, com taxa de depreciação de 4% ao ano.

Sendo assim, para calcular a depreciação acumulada é preciso considerar seu tempo de uso e o percentual estabelecido pelo governo.

Fórmula do acúmulo de depreciação

Para chegar ao resultado da depreciação acumulada, o cálculo é simples.

Basta pegar o valor total do ativo quando adquirido, seu tempo de uso e a taxa de obsolência.

Logo a fórmula da depreciação acumulada é:

  • Depreciação acumulada = Valor do Bem x Taxa de Depreciação Anual x Número de Anos;

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Exemplo de depreciação acumulada

Como exemplo, digamos que a empresa tenha adquirido uma dúzia de tonéis novos por R$ 50 cada, há dois anos. Serão R$ 600 em tonéis.

Com a taxa de obsolência deste produto sendo 10%, a conta fica da seguinte forma:

R$ 600 x 20% = 120

Logo, o valor atual do bem é R$ 480.

É preciso deixar claro que este caso trata de uma depreciação linear. Ou seja, a depreciação acelerada, por sua vez, precisa considerar o tempo real em que o bem foi utilizado.

Se uma máquina for utilizada mais de 8 horas por dia, ela perderá seu valor com maior velocidade.

Esta e outras dicas podem ser obtidas no curso da Suno Research sobre Contabilidade para Investidores.

Vale a pena conferir e se aprofundar no tema, que engloba muito mais do que apenas a depreciação acumulada.

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ACESSO RÁPIDO
    Tiago Reis
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    3 comentários

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    • Jessica 27 de agosto de 2019
      Ótimo artigo!Responder
    • Rodrigo sobreira 26 de novembro de 2020
      Parabéns pelo artigo! Está ajudando muito na minha graduação.Responder
      • Suno Research 27 de novembro de 2020
        Olá, Rodrigo! Tudo bem? Ficamos felizes em ajudar. Boa sorte na sua graduação! Atenciosamente, Equipe Suno.Responder