Wells Fargo demite funcionários por abuso de auxílio dos EUA, diz agência
O banco norte-americano Wells Fargo (NYSE: WFC) demitiu mais de 100 funcionários suspeitos de receber de forma irregular fundos de auxílio dos governo dos Estados Unidos para a pandemia do coronavírus. As informações são da agência “Bloomberg, citando uma pessoa com conhecimento do assunto”.
O Wells Fargo determinou que os ex-empregados fraudaram a Small Business Administration (SBA, a agência norte-americana de apoio aos pequenos negócios), ao realizarem falsas representações na aplicação para receber os fundos de auxílio para si próprios, de acordo com um documento interno ao qual a agência teve acesso.
O exame teve foco nos funcionários que se aproveitaram do programa Economic Injury Disaster Loan, de ajuda para pessoas afetadas por desastres socioeconômicos e um esforço do governo norte-americano para dar suporte a empresas em meio à pandemia.
“Nós rescindimos o emprego desses indivíduos e iremos cooperar totalmente com a aplicação da lei”, afirmou o chefe de recursos humanos do Wells Fargo, David Galloreese, no memorando. “Essas ações ilícitas foram ações pessoais, e não envolvem nossos clientes.”
Descobertas do Wells Fargo apontam para mais fraudes
A apuração do banco californiano elevaram as evidências de que o programa emergencial foi amplamente burlado, indicando poucos sinais de que as práticas ficaram restritas ao setor bancário. Em análise anterior o JPMorgan Chase descobriu que mais de 500 funcionários utilizaram o programa e que dezenas o fizeram de maneira inadequada.
Ao contrário de outros trabalhadores, os bancos têm o poder de verificar se os funcionários depositaram recursos de auxílio em suas contas. Nesse sentido, o SBA instou as instituições financeiras a averiguar depósitos suspeitos provenientes do programa para seus clientes e funcionários.
O Wells Fargo “vai continuar a examinar essas questões”, escreveu Galloreese. “Se identificarmos irregularidades adicionais por parte dos funcionários, tomaremos as medidas adequadas”, complementou o executivo.
O CEO Charlie Scharf embarcou no Wells Fargo no último mês de outubro com o mandato de limpar o nome do banco e reforçar os controles depois de anos de escândalos nas empresa. No documento da última quarta-feira (14), a companhia salientou que tem “tolerância zero com comportamentos fraudulentos.”