Vale (VALE3) ganha tempo em rodada de conversas com MG após apresentar proposta

Representantes da Vale (VALE3) e autoridades do governo de Minas Gerais e da União se encontraram novamente nesta sexta-feira (29) para discutir acerca da indenização sobre Brumadinho. Embora as partes mais uma vez não tenham chegado a um acordo, a mineradora ganhou tempo após apresentar uma proposta.

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Em comunicado, o governo de Minas disse que “a empresa Vale apresentou nova proposta em relação à tentativa de acordo para reparação dos danos socioeconômicos coletivos causados pelo rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, em 2019″. Os valores e termos da oferta, todavia, não foram revelados.

Os órgãos que representam o Poder Público entendem que há perspectiva de evolução nas negociações e, em função disso, as conversas serão estendidas. Na última segunda-feira (25), o acidente completou dois anos. O rompimento da barragem pagou 270 pessoas, sendo que 11 ainda estão desaparecidas.

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O acidente também causou danos ambientais que inviabilizaram a água de parte do Rio Paraopeba, contaminado por rejeitos.

Vale apresenta proposta após ter discordado de termos apresentados

O governo do estado cobra R$ 26,7 bilhões pelos danos à região, além de R$ 28 bilhões por danos morais. A Vale, entretanto, não concordou com os valores, e frustrou a tentativa dos representantes de Minas em fechar um acordo antes da última segunda.

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A mineradora salienta que continuará a fazer reparos na região para mitigar os estragos causados, mas que discorda das premissas e dos cálculos utilizados pelas autoridades para que esse montante de R$ 54 bilhões fosse alcançado.

Após a reunião da última quinta-feira (21), que terminou sem acordo, o secretário Mateus Simões chegou a dizer que nenhuma reunião com o mesmo fim voltaria a acontecer.

“Não vamos nos lançar a um leilão para definir o valor desse acordo. A Vale age como se estivesse dando um ‘presente’ ao estado. Ela é a criminosa nesse processo”, afirmou o secretário à época. Caso a proposta não seja acatada, o processo judicial voltará a correr na 1ª instância.

Neste caso, a tendência é que ocorra um embate jurídico moroso e que o veredito sobre o tema se arraste por prazo incerto, o que não interessa a nenhuma das partes.

O governo de Minas se vê em dificuldades financeiras e conta com a indenização da Vale para fazer obras de infraestrutura. Para a mineradora, enquanto não for feita a reparação total e colocado um ponto final das discussões, Brumadinho continuará sendo um “fardo” sob o ponto de vista dos stakeholders da companhia.

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Jader Lazarini

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