Vale (VALE3) está entre as 10 maiores pagadoras de dividendos do mundo; veja ranking

A Vale (VALE3) é a 9ª empresa que mais pagou dividendos aos seus acionistas no acumulado do primeiro trimestre de 2022, segundo relatório da Janus Henderson. A gestora britânica cedeu o documento ao jornal Valor Econômico, que publicou os dados nesta terça (24).

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Apesar dos dividendos polpudos e de integrar o ranking, a mineradora teve um desempenho relativamente pior do que no ano anterior. Considerando o primeiro trimestre de 2021, a companhia foi a 8ª maior distribuidora de proventos.

O ranking de dividendos da Janus é feito trimestralmente desde meados de 2009 e, no cenário atual, a Vale não só é a única companhia brasileira da lista – também é a única empresa de um país emergente. Veja os colocados do 1T22:

Ranking de pagadoras de dividendos do 1T22

  1. BHP
  2. Novartis
  3. Maersk
  4. Roche
  5. Microsoft (MSFT34)
  6. Siemens
  7. Exxon
  8. AT&T
  9. Vale
  10. Apple (AAPL34)

O ranking, ainda dominado por empresas americanas, ostenta um pagamento de dividendos que soma, nominalmente, uma cifra de US$ 56,3 bilhões em proventos.

Se consideradas todas as companhias analisadas pela Janus – mais de 3 mil -, foram US$ 302,5 bilhões distribuídos no primeiro trimestre de 2022. A cifra é um recorde e representa uma alta de 11% no comparativo com o 1T21.  No documento, a Janus Henderson lembra que faz uma análise de dados de 1,2 mil empresas que compõem um índice da asset e estimativas referentes a outras 1,8 mil companhias.

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A fatia de empresas brasileiras desse montante de 3 mil companhias apresentou uma retração no total nominal de dividendos distribuídos. Foram US$ 5,2 bilhões em dividendos pagos no 1T22, ante US$ 5,3 bilhões no 1T21.

Só há uma alta nesse volume se forem considerados o efeito cambial e os dividendos não recorrentes das empresas. Nesse caso, haveria avanço de 7,4% no valor bruto pago de dividendos pelas empresas.

A metodologia adotada pela Janus para fazer o estudo inclui análise de dividendos brutos. No levantamento, a gestora analisa a quantidade de ações na data de pagamento e converte a cifra pela taxa de câmbio.

Ou seja, o valor final não é necessariamente preciso, já que a lista é ‘lastreada’ em dólar, ao passo que os dividendos da Vale, por exemplo, são pagos em reais.

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Além disso, as empresas fixam taxa de câmbio antes do dia em que os proventos serão distribuídos, considerando que, também no caso da Vale, há pagamento de dividendos para acionistas americanos.

Se levar em consideração os pagamentos de dividendos de todas as empresas analisadas de países emergentes, o ganho nominal é de 41,5%.

As maiores altas de dividendos foram da China (575%), África do Sul (248%) e Rússia (168%).

Vale teve retração nos dividendos por causa do minério; entenda

Seguindo o consenso das companhias brasileiras, a Vale teve uma queda nos dividendos, se comparado o 1T22 com o 1T21. Isso ocorre porque o ano passado foi um período próspero para mineradoras, com a alta da cotação do minério de ferro em Dalian.

Em setembro do ano passado, a empresa chegou a pagar R$ 8,1 em dividendos por ação – distribuição que ficou não só acima da média das companhias da bolsa, mas também das demais remunerações aos acionistas.

Atualmente a mineradora ostenta um dividend yield de 17%, se considerados os proventos pagos nos últimos 12 meses, segundo dados compilados pela plataforma Status Invest. Ou seja, com a cotação de R$ 82, a empresa pagou uma média de R$ 14,1062 por ação VALE3.

A última vez que a Vale informou pagamento de dividendos foi no dia 8 de março, com pagamento no dia 16 do mesmo mês. O valor em questão foi de R$ 3,71925659 por ação ordinária da companhia.

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Eduardo Vargas

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