Vale (VALE3) deve surpreender positivamente no 3T25: veja as projeções dos analistas

A temporada de balanços do terceiro trimestre de 2025 começa na próxima semana e promete movimentar o mercado até a metade de novembro. Entre as companhias mais aguardadas está a Vale (VALE3), cujos resultados devem ser divulgados no dia 30 de outubro, após o fechamento do mercado.

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Algumas das principais instituições financeiras e casas da análise, como Bank of America (BofA), Itaú BBA e XP, já divulgaram projeções para a mineradora no período. Em geral, a expectativa é de que as ações da Vale se beneficiem de um trimestre operacionalmente mais forte, com destaque para o crescimento do Ebitda e melhora das margens.

O cenário positivo pode vir após um segundo trimestre com números mistos, com recuo no lucro, mas forte avanço do fluxo de caixa.

Vale (VALE3) deve se destacar positivamente

Segundo o Bank of America, as mineradoras de minério de ferro devem ser o principal destaque positivo entre as exportadoras de commodities no 3T25, beneficiadas por preços resilientes e menores custos de produção. “A Vale e a CSN Mineração devem registrar um crescimento significativo de Ebitda”, escreveram os analistas Caio Ribeiro, Guilherme Rosito e Mariana Leite em relatório.

A XP Investimentos projeta que a Vale (VALE3) deve reportar uma receita de US$ 10,2 bilhões, alta de 7% na comparação anual, com Ebitda total de US$ 4,2 bilhões, um avanço de 11%. O lucro líquido deve somar US$ 1,9 bilhão, queda de 19% frente ao mesmo período de 2024.

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Ainda de acordo com a corretora, o desempenho deve ser impulsionado pela combinação de preços mais altos do minério de ferro e aumento nos volumes de produção e vendas. A produção deve atingir cerca de 94 milhões de toneladas, 10 milhões acima do trimestre anterior, favorecida pela sazonalidade e pela retomada das operações de Vargem Grande e Capanema.

O Itaú BBA também estima um trimestre sólido, com Ebitda proforma de US$ 4,25 bilhões, alta de 12,6% em relação ao ano anterior, e receita líquida de US$ 10,27 bilhões. Para a casa, o resultado reflete a combinação de preços realizados mais altos e custos controlados, o que reforça a expectativa de melhora nas margens.

“Olhando para o futuro, prevemos uma melhoria adicional nos resultados no quarto trimestre de 2025, devido a volumes de vendas sazonalmente mais fortes e preços potencialmente mais elevados do minério de ferro”, complementa o BBA.

2T25 apresentou resultados mistos

No segundo trimestre, a mineradora registrou receita líquida de US$ 8,8 bilhões, queda de 11% na comparação anual, e lucro líquido de US$ 2,1 bilhões, recuo de 23,5%. O Ebitda ajustado totalizou US$ 3,4 bilhões, enquanto o fluxo de caixa livre somou US$ 1 bilhão, aumento de mais de 400% frente ao 2T24.

Na ocasião, o Itaú BBA classificou o desempenho da Vale (VALE3) como “levemente positivo”, destacando o segmento de níquel, que superou as projeções, e a forte geração de caixa.

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Giovanna Oliveira

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