Grupo Ultra (UGPA3) mostra interesse pela compra da Braskem (BRKM5)

Agora já são cinco empresas interessadas pela compra da Braskem (BRKM5). O Grupo Ultra ou Ultrapar (UGPA3) entrou para a fila pela aquisição da petroquímica, segundo informações do Broadcast.

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A Ultrapar entra na disputa com o Grupo J&F, Unipar (UNIP6), Apollo e BTG Pactual (BPAC11) pela Braskem, que está à venda desde 2016.

A lista de interessados aumentou enquanto a Braskem dava início à distribuição de dividendos em R$ 7,35 bilhões, o que tirou a pressão dos bancos credores sobre a Novonor para concluir a venda da petroquímica com celeridade e atender ao plano de recuperação judicial.

A Novonor recebeu sozinha aproximadamente R$ 2,8 bilhões em dividendos, parte dos quais diretamente direcionados aos bancos.

Na noite desta quinta (19) a Braskem, questionada pela CVM (Comissão Mobiliária de Valores) sobre o interesse do Grupo Ultra, se manifestou em fato relevante: “A Novonor reitera suas manifestações anteriores no sentido de que até o presente momento não houve evolução material em qualquer alternativa relacionada à alienação de sua participação na companhia.”

Após a Braskem quase fechar negócio com a rival holandesa LyondellBasell em 2019 e de garantir a saída de seus principais sócios – Novonor (ex-Odebrecht) e Petrobras (PETR4) – via uma oferta de ações em Bolsa, a companhia voltou à ideia original de encontrar um comprador no mercado privado. E agora são os private equities (fundos que compram participações em empresas) os alvos preferenciais.

A percepção de fontes que acompanham o negócio, segundo o Broadcast, é de que, apesar das empresas que se mostram dispostas a entrar na disputa, não haverá um grande número de interessados por causa do tamanho do cheque estimado pela empresa, de cerca de R$ 40 bilhões, fora as dívidas.

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Entre os nomes que estão analisando a transação estão fundos como Apollo, Starboard e Advent. O banco Morgan Stanley está assessorando a operação. As conversas com os fundos de private equity já começaram e devem ser anunciadas em breve.

Em 2019, a Odebrecht chegou perto de vender sua fatia na Braskem à LyondellBasell, mas a negociação foi suspensa devido ao aumento da insegurança jurídica em torno do grupo – um dos pivôs da Lava Jato – e outros imbróglios, como a dificuldade de se calcular os gastos com a reparação dos danos causados pela exploração de sal-gema pela petroquímica em Maceió.

Negócio pode movimentar R$ 70 bilhões

A Braskem, suma das maiores petroquímicas do mundo, pode alcançar a cifra de R$ 70 bilhões em sua venda, incluindo dívidas. A fatia da Novonor equivale a 38% do capital votante, totalizando R$ 13,5 bilhões.

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Em 2021, a empresa fechou acordo com bancos credores e detentores de ações da Braskem para a venda da petroquímica até dezembro, mas não houve desfecho favorável.

Desta forma, a Braskem anunciou dividendo de R$ 6 bilhões referente ao desempenho de 2021. Mais alternativas de venda foram lançadas, como uma oferta em bolsa, mas também não gerou os resultados esperados e acabou sendo suspensa em fevereiro. O pagamento de mais R$ 1,350 bilhão em dividendos divulgado pela companhia foi o que acalmou os credores.

Proposta da Apollo pela Braskem (BRKM5) inclui fechamento de capital na B3 e listagem em Nova York, diz jornal

A gestora norte-americana Apollo pretende fechar o capital da Braskem (BRKM5) no Brasil e listar a petroquímica diretamente na bolsa de Nova York. A informação é da coluna do Lauro Jardim em O Globo.

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Em abril, a Apollo fez uma proposta não-vinculante para comprar as ações da Braskem que estão em poder da Novonor, antiga Odebrecht. A oferta inclui o pagamento de R$ 44,57 por ação, prêmio de cerca de 12% frente ao fechamento do papel preferencial na sexta-feira (6).

Com a operação, a ex-Odrebrecht levantaria cerca de R$ 13,5 bilhões com a negociação dos seus 38,8% de participação na petroquímica. Mas, de acordo com a coluna, a Novonor pretende manter entre 5% e 10% da Braskem após a negociação.

De acordo com as regras de ‘tag along‘ da companhia, essa mesma oferta teria que ser estendida para Petrobras (PETR4), que detém 47% do capital votante e 36,1% do capital total. A petroleira chegou a considerar vender seus papéis em um follow-on secundário, mas desistiu pelas condições de mercado desfavoráveis.

Em abril, o jornal Valor citou a Unipar, J&F Investimentos e o BTG Pactual como outros interessados na aquisição da fatia da Novonor na Braskem.

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Victória Anhesini

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