Tim (TIMS3) pagará mais dividendos e ações devem subir 75%, projeta XP

Em relatório recente sobre as ações da Tim (TIMS3), a XP Investimentos frisou sua recomendação de compra para os papéis da companhia, projetando dividendos mais polpudos neste ano com base nos últimos movimentos e comunicados da empresa. Nesse cenário, o preço-alvo firmado é de R$ 22 por ação, o que implica em uma alta de cerca de 75% ante a cotação atual dos papéis, de R$ 12,57.

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Aliás, o otimismo com os dividendos da Tim fez com que a casa incluísse as ações TIMS3 na carteira Top Dividendos XP de Junho.

O parecer da XP vem logo após a companhia divulgar seu guidance, que prevê a distribuição de R$2 bilhões em proventos em 2022 – quase o dobro do valor pago em dividendos no ano anterior, de R$1,1 bilhão.

Assim, a XP destaca que o “novo patamar à ser distribuído” implica em um dividend yield de cerca de 6%, fechando aos poucos a lacuna histórica com Vivo (VIVT3).

“Acreditamos que o setor de Telefonia Móvel no Brasil está próximo de entrar em uma nova fase que será marcada por uma maior disciplina de capital nos investimentos em infraestrutura além de outras frentes de eficiência oriundas da consolidação de mercado com a aquisição da Oi Móvel pelas 3 operadoras”, diz a XP.

Estimativa de dividendos para a Tim em 2022, segundo guidance - Foto: Reprodução/XP Investimentos
Estimativa de dividendos para a Tim em 2022, segundo guidance – Foto: Reprodução/XP Investimentos

“Ademais, o setor poderá ser impulsionado por novas linhas de negócio como o 5G e outras iniciativas de monetização da base de clientes. Acreditamos que a TIM está bem posicionada para aproveitar este novo ciclo e ainda vemos as ações negociando com desconto e abaixo de seus múltiplos históricos, sem refletir as várias opcionalidades, incluindo a consolidação de mercado. Em nossa visão, a integração dos ativos da Oi (OIBR3) levará a TIM a um novo patamar em termos de tamanho e rentabilidade”, segue.

Os analistas Bernardo Guttmann e Marco Nardini destacam, na tese da Tim:

  • Execução sólida em um negócio maduro, mas resiliente, sem exposição a negócios legados, levando a empresa a aumentar a geração de caixa ao longo dos anos
  • Nova fase da indústria deve ser marcada por maior disciplina de capital e outras sinergias decorrentes da consolidação de mercado
  • Novas linhas de receita além da conectividade, alavancando sua base de clientes e oportunidade 5G
  • Desconto entre seus pares e múltiplos históricos com uma relação risco-retorno atrativa

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Vale lembrar que, segundo os dados do Status Invest, a companhia mostra um dividend yield de 3,82%, pagando uma média de R$ 0,4804 aos seus acionistas nos últimos 12 meses.

A tese da XP é de que, com uma melhora da saúde financeira da empresa, esses proventos aumentem e as ações subam de preço, baseada na operação da empresa nos anos anteriores.

“A sólida execução nos últimos transformou a empresa em termos de eficiência e lucratividade e, ao contrário de seus pares (ex. Claro e Vivo), a TIM não possui serviços legados, o que leva a melhor margem EBITDA entre as grandes empresas de telecomunicações do Brasil” dizem os analistas.

“A evolução de sua infraestrutura também foi uma importante alavanca para a transformação de sua base de clientes, com mais receitas recorrentes trazendo mais resiliência ao negócio. Além disso, apesar do gap de frequência em relação aos pares, a TIM foi muito assertiva no refarming de suas frequências de 2G e 3G para 4G, além de um gerenciamento muito eficiente de todos os seus elementos de rede”, concluem.

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Veja a última distribuição de proventos da Tim

No seu último anúncio, no dia 15 de junho, a Tim divulgou um pagamento de R$ 270 milhões em Juros Sobre Capital Próprio (JCP) aos seus acionistas.

Segundo o comunicado, o valor dos proventos por ação será de R$ 0,11, que serão pagos em 20 de julho de 2022.

Além disso, apenas os investidores com ações da Tim no dia 23 de junho têm direito de receber os rendimentos, já que a partir do dia 24 de junho as ações passaram a ser negociadas sem direito aos dividendos.

O valor dos JCP da TIM terá retenção do imposto de renda na fonte, com alíquota de 15%, resultando em aproximadamente R$ 0,09 por ação.

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Eduardo Vargas

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