Taxas futuras de juros têm leve queda em cenário com alta do dólar e variante Delta

As taxas de juros dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) oscilam em leve queda em toda a curva nesta terça-feira (20), apesar da alta do dólar.

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As taxas dos títulos do Tesouro americano, os Treasuries, operam nas mínimas do dia, num sinal de que a busca por proteção se intensifica no mercado americano.

Os temores de desaceleração da economia global seguem nos mercados internacionais, principalmente por conta da rápida disseminação da variante delta do coronavírus.

Desaceleração econômica

Mesmo com o dólar em alta, as taxas refletem o efeito deflacionário de uma eventual desaceleração econômica.

Em um dia de agenda escassa, o destaque ficou com os dados das construções de moradias iniciadas nos Estados Unidos, que registraram alta de 6,3% em junho ante maio, para a taxa anual sazonalmente ajustada de 1,643 milhão de unidades, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento do Comércio americano.

A leitura superou a previsão de analistas consultados pelo Wall Street Journal, que esperavam alta de 1,1%.

Cenário doméstico

Por aqui, o assunto mais comentado no mercado é a fala do presidente Jair Bolsonaro, que afirmou não ter vetado ainda o fundão eleitoral porque a matéria ainda não chegou à sua mesa. Bolsonaro também disse que deverá apresentar provas de fraude em eleições com urnas eletrônicas na próxima semana.

Ainda no cenário doméstico, estão no radar dos investidores o leilão de NTN-Bs do Tesouro e a questão em torno do fundão eleitoral, de R$ 5,7 bi, aprovado junto com a LDO 2022 pelo Congresso Nacional na última semana. O fundo poderá ser vetado pelo presidente Jair Bolsonaro.

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Às 9h59, o contrato de DI para liquidação em janeiro de 2022 tinha taxa de 5,755%, ante 5,789% do ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2023 projetava 7,13%, contra 7,20% do ajuste anterior. O DI para janeiro de 2025 projetava taxa de 8,12%, de 8,17%.

Dirigente do Fed vê alta de juros em 2022

O presidente da distrital de Atlanta do Federal Reserve (Fed), Raphael Bostic que antecipou sua previsão para o início do ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos. Ele agora prevê uma elevação da taxa básica de juros no fim de 2022 e outras duas em 2023.

Com direito a voto nas reuniões deste ano do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), Bostic também afirmou que o Fed está perto de atingir os “requisitos” para o “tapering”, como é chamado o processo de redução das compras de ativos.

D mesma forma. considerou “totalmente apropriado” debater as perspectivas para a redução de estímulos monetários. Ele também ressaltou que é a favor de concluir o “tapering” antes de começar a elevar os juros.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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