Retomada gradual das atividades: prejuízo da CVC (CVCB3) cai 30,4% no 2T21

Com o avanço da vacinação, medidas de flexibilização de mobilidade social e a retomada gradual das atividades, a CVC (CVCB3) reduziu o prejuízo líquido em 30,4% no segundo trimestre de 2021, como mostra balanço apresentado nesta sexta (13).

O prejuízo, informa a CVC, caiu de R$ 252,129 milhões, apurado entre abril e junho de 2020 –no início da crise sanitária — para R$ 175,570 milhões, registrado no mesmo período deste ano.

Em comentários da administração que acompanham o informe de resultados, a empresa atribui o desempenho do período aos efeitos produzidos pela pandemia da Covid-19 em suas operações, especialmente no Brasil. ”

Permanecemos otimistas com os prognósticos para o segundo semestre e início de 2022 e atentos aos eventuais desdobramentos da pandemia”, acrescenta a CVC.

No acumulado do semestre, o prejuízo diminuiu de R$ 1,403 bilhão para R$ 257 milhões.

Receita líquida aumenta

Na mesma base de comparação, a empresa obteve Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado negativo de R$ 130,834 milhões, contra Ebitda também negativo de R$ 164,366 milhões no mesmo período de 2020.

No semestre, o Ebitda ajustado da CVC ficou negativo em R$ 194,279 milhões, ante R$ 189,769 milhões de um ano antes.

Já a receita líquida ficou em R$ 115,6 milhões no segundo trimestre, ante R$ 3 milhões informado um ano antes. O avanço se deve à retomada das atividades, afirma a companhia, mesmo com a segunda onda de covid tendo impactado o trimestre. No semestre, entretanto, a receita líquida caiu 29,6% no comparativo anual, somando R$ 281,6 milhões.

Enquanto isso, no resultado financeiro se observou um aumento na despesa financeira líquida no segundo trimestre, que somou R$ 35,116 milhões, principalmente em razão de ganhos cambiais e na marcação a mercado de derivativos que foram efetivos no segundo trimestre.

O aumento, porém, foi parcialmente compensado pela redução de despesas com: juros sobre financiamentos em R$ 5,9 milhões, R$ 1,6 milhão em tarifas de boleto, R$ 1,7 milhão em IOF, R$ 2,7 milhões em juros sobre arrendamentos e R$ 8,4 milhões em atualização monetária (principalmente de contingências não materializadas e opções de compras – Ola e Bibam). As receitas financeiras do período apresentaram aumento de R$ 3,6 milhões.

No acumulado do semestre, o resultado financeiro se manteve negativo, passando de R$ 33,7 milhões para R$ 45,6 milhões.

Imposto e contribuição social da CVC

Entre abril e junho, o imposto de renda e contribuição social líquida totalizou um crédito de R$ 69,4 milhões, ante um valor negativo de R$ 317,4 milhões registrado um ano antes. O crédito, observa a CVC, se deve ao registro de créditos tributários futuros de IR/CSLL relativos aos prejuízos fiscais apurados no período.

Segundo a CVC, no segundo trimestre de 2020 foram contabilizados Impostos Diferidos de anos anteriores, em função dos riscos de continuidade das operações da companhia existentes naquele período, eliminados com as capitalizações e renegociação de dívidas ocorridas entre setembro 2020 e fevereiro 2021.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

Redação Suno Notícias

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