Radar: Renner (LREN3) tem ‘corte drástico’ em preço-alvo, Oi (OIBR3) registra fluxo de caixa negativo e Pague Menos (PGMN3) aprova recompra de ações

Em nova análise sobre as ações das Lojas Renner (LREN3), analistas do BB Investimentos realizaram um corte drástico no seu preço-alvo dos papéis.

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As ações da Renner tiveram seu preço-alvo reduzido de R$ 26 para R$ 16,80.

Segundo analistas da casa, os papéis LREN3 acumulam queda de cerca de 30% desde o início do ano, pressionados pelo fraco desempenho operacional no primeiro semestre combinado a um ambiente concorrencial mais acirrado.

“Contemplamos em nosso valuation uma gradual melhoria das vendas ao longo dos próximos trimestres, acompanhando o ciclo de afrouxamento monetário e uma melhora da inadimplência da pessoa física. Além disso, também contemplamos crescimento de margens em decorrência das economias provenientes do novo CD em Cabreúva”, diz a casa.

“Contudo, entendemos que o cenário competitivo, em especial com plataformas asiáticas, e a entrada em vigor do Remessa Conforme – programa do governo federal que zerou a alíquota de importação de bens adquiridos por meio de empresa de comércio eletrônico que participe do programa de conformidade da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil – agrega maior risco de execução às varejistas de vestuário brasileiras, inclusive a Lojas Renner”, completa.

Com isso, os analistas seguiram com recomendação neutra para as ações.

Nessa nova análise, eles contemplaram:

  • Incorporação do resultado do 1S23
  • Redução das premissas de crescimento das vendas, diante de uma dinâmica concorrencial mais acirrada e entrada em vigor do Remessa Conforme
  • Elevação do custo de produto por conta da necessidade de remarcação de preços observada no 1S23 e esperada para o 3T23 também
  • Maiores despesas com provisões para devedores duvidosos

Além de Renner, confira outros destaques desta terça-feira:

Oi (OIBR3) registra fluxo de caixa operacional negativo em julho; ações caem

  • Em recuperação judicial, a Oi (OIBR3) fechou o mês de julho de 2023 com um fluxo de caixa operacional negativo em R$ 408 milhões, aumento de 57% em relação ao mês anterior, de acordo com dados divulgados pela companhia. Nesta terça-feira (03), as ações da Oi despencaram no Ibovespa.
  • Segundo a Oi, a receita líquida das recuperandas apresentou redução no período entre os meses de janeiro a junho de 2023, com exceção ao mês de abril de 2023, quando ocorreu um leve crescimento em relação a março.
  • margem bruta foi de 17% em janeiro de 2023 para 2% em junho de 2023, em razão das variações do custo dos produtos vendidos, proporcionalmente diferentes das variações da receita líquida.
  • Além disso, o resultado operacional, representado pela margem EBIT (lucro antes dos juros e tributos), variou -18% em janeiro para 58% em junho de 2023, tendo registrado o menor percentual em maio, com -69%.
  • margem líquida seguiu padrão das variações observadas na margem EBIT, variando de -28% a 122% ao longo dos cinco primeiros meses do ano.
  • No primeiro semestre de 2023, o valor da receita líquida superou o total de custos dos serviços/produtos, levando à uma margem bruta positiva de 9%, informa a Oi. Descontando-se as despesas operacionais é atingido uma margem Ebit negativa de 3%.
  • Por fim, o saldo final de caixa financeiro foi de R$ 2,5 bilhões para as empresas em processo de recuperação, segundo a Oi.

Pague Menos (PGMN3) anuncia novo programa de recompra de ações; Veja quantos papéis serão adquiridos

  • A realização do programa de recompra da Pague Menos contará com a aquisição de ações ordinárias, nominativas, escriturais e sem valor nominal de sua própria emissão.
  • As ações poderão ser mantidas em tesouraria e posteriormente entregues aos seus funcionários e administradores durante um outro plano de ações restritas.
  • O programa de recompra de ações da Pague Menos entrou em vigor hoje (3) e terá uma duração de até 6 meses, com previsão para terminar até 3 de março de 2024.
  • A quantidade máxima de ações a serem compradas pela empresa será de até 5 milhões. Essa quantia representa 2,9% das mais de 172,778 milhões de papéis em circulação.
  • compra de ações será realizada pela Pague Menos por meio da bolsa de valores brasileira (B3). Portanto, o preço dos papéis vai seguir o valor de mercado. A operação vai ser intermediada pela XP Investimentos.
  • Apesar disso, a diretoria da empresa ainda vai definir quando essas ações serão compradas e também a quantidade.

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Allos (ALSO3) anuncia venda de shoppings por R$ 444,4 milhões; Veja detalhes

  • Aliansce Sonae (ALSO3), também conhecida como Allos, celebrou um acordo para vender toda a participação que detinha no Shopping Jardim Sul e de 43% de sua fatia no Bauru Shopping, conforme comunicado nesta terça-feira (3).
  • O valor da venda de shoppings da Allos é de R$ 444,4 milhões, que corresponde a um cap rate de 7,59%. A empresa diz que o ganho de capital dessa venda será compensado por meio do prejuízo fiscal corrente.
  • A venda do Shopping Jardim Sul soma o valor de R$ 343,8 milhões, que corresponde a um cap rate de 7,46%, considerando o NOI do shopping estimado para este ano. A quantia será paga pelo comprador depois que as condições precedentes forem superadas.
  • Já o valor da operação associada a venda parcial do Bauru Shopping é de R$ 100,6 milhões, que corresponde a um cap rate de 8,04%, também considerando o NOI do shopping estimado para 2023.
  • Além disso, a venda pode gerar um ganho adicional para Allos, com base no resultado de NOI do próximo ano.
  • “Os desinvestimentos reforçam a capacidade da Allos em realizar transações que gerem valor para o acionista, com a busca constante por oportunidades de otimizar a alocação de capital da companhia”, destacou a empresa em seu comunicado.
  • Ademais, as transações só serão concretizadas depois do cumprimento de condições precedentes, como a auditoria e aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).

Banco do Brasil (BBAS3): Investidores corporativos podem favorecer melhores práticas, diz presidente

  • Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil (BBAS3), afirmou que os investidores corporativos, como os fundos de pensão, tem o potencial de influenciar o mercado na adesão de práticas ESG. Segundo ela, “os grandes investidores institucionais têm posição de liderança no mercado, com capacidade de induzir boas práticas e governança.”
  • Em participação do Seminário de Investimentos, Governança e Aspectos Jurídicos da Previdência Complementar (Siga), a executiva discursou sobre o tema do ESG e o envolvimento do Banco do Brasil com os pilares de Governança ambiental, social e corporativa (do inglês, “Environmental, social, and corporate governance”).
  • O evento aconteceu no centro de convenções do Hotel Prodigy Santos Dumont, na região central do Rio de Janeiro, RJ.

Da Renner ao Banco de Brasil, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Vanessa Loiola

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