Grana na conta

Radar: banco prevê forte alta de dividendos da Petrobras (PETR4), Cogna (COGN3) sobe 9,77% no Ibovespa hoje e CVC (CVCB3) avalia comprar plataforma

A Petrobras (PETR4) teve o o preço-alvo de seu ADR (American Depositary Receipt), o PBR, elevado pelo Credit Suisse de US$ 18 para US$ 20.

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O banco reiterou a sua recomendação de “Outperform” (desempenho acima da média do mercado, equivalente à recomendação de compra) para os ADRs da Petrobras.

Os analistas Regis Cardoso e Marcelo Guimero afirmaram, em relatório publicado no domingo, que a atualização do preço-alvo para o ADR reflete maiores expectativas para os preços do petróleo no longo prazo.

O banco aumentou a estimativa para o barril do petróleo Brent de US$ 70 para US$ 75 em 2025 e de US$ 65 para US$ 70 em 2026.

As mudanças na estimativa são fruto da inflação na cadeia de oferta usptream, uma vez que os custos de capital aumentaram 20% desde o fundo em 2016-2020.

Para o curto e médio prazo, a instituição trabalha com o cenário de que os preços do petróleo devem atingir US$ 90 no quarto trimestre de 2022, US$ 85 em 2023 e US$ 80 em 2024.

Segundo o Credit Suisse, a recuperação pós-pandemia deve ser freada pelo enfraquecimento na atividade econômica, o que deve diminuir a demanda pela commodity — por mais que os preços possam receber suporte de mercado através da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados).

Mais dividendos da Petrobras

Os analistas do Credit também discorreram sobre um possível maior fluxo de dividendos da Petrobras no próximo trimestre.

Segundo os analistas, após uma série de reduções no preço do combustível no cenário internacional e doméstico, a Petrobras deve gerar US$ 8 bilhões de fluxo de caixa livre e distribuir todo este dinheiro a seus acionistas em forma de dividendos.

“Dentro de um horizonte de tempo de seis meses, estamos olhando para cerca de 20% de retorno só em yields”, afirmam.

Assumindo uma estabilidade no preço do barril do Brent em US$ 90, os analistas estimam um fluxo de caixa de US$ 9 bilhões no terceiro trimestre (3T22) e de US$ 8 bilhões no último trimestre do ano (4T22).

“Acreditamos que a Petrobras pode anunciar até US$ 9-12 bilhões em dividendos (yield de 11-14%) no terceiro trimestre de 2022, se decidir antecipar parcialmente a geração de caixa do quarto trimestre de 2022 para os dividendos do terceiro trimestre de 2022”, dizem os analistas.

Os ADRs da Petrobras fecharam o último pregão em alta de 3,21%, sendo negociados a aproximadamente R$ 13,52 — o que implica potencial de alta de cerca de 33%, segundo o preço-alvo estipulado pelo Credit Suisse.

Além da Petrobras, confira outros destaques desta segunda-feira:

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Cogna (COGN3) sobe 9,77% no Ibovespa hoje e Yduqs (YDUQ3) ganha 14%. O que houve?

  • Ativos de companhias do setor de educação dominam as maiores altas do Ibovespa nesta segunda-feira (19). Yduqs (YDUQ3) salta 14,19%, a R$ 12,31, e Cogna (COGN3) sobe 8,98%, a R$ 2,79.
  • A reação dos investidores para as ações de Cogna veio com as declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na liderança das pesquisas de opinião, sobre programas de financiamento educacional. Notícias sobre mudanças regulatórias para alguns cursos também entraram em pauta.
  • Em rede social, Lula afirmou que programas para a educação superior, como Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) e Programa Universidade para Todos (Prouni), “voltarão com força”.

  • Falando sobre educação, Lula defendeu que os recursos destinados à área sejam vistos como forma de alavancar o país. “Esse dinheiro não pode ser considerado gasto, tem que ser considerado investimento”, disse, ao participar de um evento em que recebeu apoio de ex-candidatos à Presidência da República. Lula disse que os investimentos em educação trazem diversos ganhos.
  • “A educação é o retorno mais extraordinário que a gente tem e não é medido financeiramente, mas sim na qualidade da sociedade que a gente tá criando, na qualidade das coisas que a gente produz, nas nossas relações internacionais, na nossa competitividade”, acrescentou.
  • “Outro fator que pode ter feito preço nos ativos foi a notícia de que MEC não vai autorizar novos cursos de EAD para graduações de Direito, Psicologia, Odontologia e Enfermagem”, diz Alexsandro Nishimura, economista, head de conteúdo e sócio da BRA.
  • Analistas do Morgan Stanley afirmaram em relatório divulgado nesta segunda que o curso de Direito é de alta importância para a fonte de renda para as faculdades, especialmente as pequenas e médias, que não possuem escala para atuar com ensino à distância.
  • “Após vários anos de crise no segmento presencial – redução do Fies, canibalização do EAD, Covid-19 – , a aprovação do EAD para Direito provavelmente inviabilizaria manter os campi rentáveis, potencialmente forçando muitos pequenos players a desistir e grandes players a reduzir a capacidade, bem como intensificaria a guerra de preços do EAD”, aponta o texto.
  • Além das ações de Yduqs e Cogna, os papéis de Ser Educacional (SEER3) fecharam com alta de 9,51%, Cruzeiro do Sul (CSED3), +7,14% e Ânima (ANIM3), +12,90%.
  • Cogna acumula ganhos de 17,57% no ano.

CVC (CVCB3) avalia comprar plataforma de viagens Ōner Travel

  • A CVC (CVCB3) anunciou nesta segunda-feira (19) que celebrou proposta para possível aquisição das operações do Brasil e de Portugal do grupo Ōner Travel.
  • De acordo com fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa é uma startup exclusiva para empreendedores digitais que comercializam passagens aéreas e hospedagens.
  • A empresa diz que a possível aquisição está alinhada ao plano estratégico da CVC e “a aquisição possibilitará a adição de canais de distribuição até então não operados pela companhia, e agregaria forte cultura digital e de tecnologia”, afirma, em nota.
  • O documento também aponta que a proposta assinada concede à CVC o prazo de 60 dias de exclusividade para análises remanescentes, auditoria legal e financeira (incluindo, se necessária, a aprovação da transação pelas autoridades competentes.
  • O valor possível da transação não foi divulgado. “O valor da transação está ainda sujeito a determinadas ações/condições que serão concluídas neste prazo”, diz a CVC.
  • CVC (CVCB3) reportou prejuízo líquido de R$ 94,8 milhões no segundo trimestre de 2022 (2T22), queda de 46% na comparação com o mesmo período de 2021. O Ebitda Ajustado de R$ 12,5 milhões de janeiro a março reverteu resultado negativo de R$ 63 milhões registrado um ano antes.
  • De acordo com o balanço do 2T22 da CVC, o prejuízo líquido foi reduzido devido à melhora do resultado operacional.
  • Os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, o Ebitda da CVC, foi negativo em R$ 600 milhões, queda de 99,5% sobre os R$ 123,8 milhões negativos no 2T21. Já o Ebitda ajustado ficou negativo em R$ 15,5 milhões, diminuição de 88,2% no ano a ano.
  • receita líquida avançou 133,5% e chegou a R$ 269,7 milhões. A companhia creditou o feito ao crescimento das reservas no 2T22, com a maior procura por viagens, após período de demanda reprimida, além de flexibilização de restrições para viagens internacionais, retomada de viagens de negócios (o que favoreceu particularmente a operação do B2B) e reaquecimento do setor de eventos corporativos e culturais.
  • resultado financeiro totalizou despesa líquida de R$ 39,9 milhões, alta de 13,7% sobre o mesmo período do ano passado, elevado principalmente com o aumento da taxa Selic.
  • “O montante de antecipações de recebíveis do 2T22 foi de R$ 320,3 milhões inferior ao trimestre precedente, fruto da menor necessidade de caixa do período e sazonalidade usual do negócio. Os efeitos da capitalização do trimestre foram imateriais para o resultado financeiro, dado sua conclusão nos últimos dias do mês de junho”, aponta o balanço da CVC.
  • Em 31 de março, a dívida bruta da CVC somava R$ 890,6 milhões, redução frente ao trimestre anterior, decorrente da amortização em R$ 100,0 milhões da debênture CVCB15, realizada em 30 de junho.
  • As ações da CVC subiram 2,64%, a cotadas a R$ 7,40. No ano, acumulam queda de 41,87%.

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Raízen (RAIZ4) é a nova queridinha da Warren; entenda os motivos

  • Para esta semana, a carteira de recomendações semanais feita pela Warren Investimentos apresentou duas alterações: a Raízen (RAIZ4) entrou, junto com a Randon (RAPT4). Quem saiu foram a Eztec (EZTC3) e a Engie (EGIE3).
  • Mantiveram-se na carteira CSN (CSNA3), Fleury (FLRY3) e Bemobi (BMOB3).
  • Na semana passada, as ações recomendadas encerraram acima do Ibovespa, com queda de 2,02% de rentabilidade, contra baixa de 2,69% do índice de referência.
  • A pior performance ficou com as ações da CSN, que chegaram a perder 7,16% no acumulado do período.
  • “Apesar do desempenho ruim na semana, CSNA3 continua em região de suporte muito interessante e pode ter exagerado no movimento, dado que a tendência na sexta feira foi compradora. Pode haver um retorno para faixa de R$ 14,40”, diz o relatório da Warren, divulgado nesta segunda-feira (19).
  • Já sobre as ações da Raízen, os analistas justificam que os ativos respeitaram a faixa de R$ 4,10, já vista anteriormente em julho de 2022, e voltou a subir. “Estamos incluindo o ativo na carteira para buscar faixa de R$ 5,15”, afirmam.
  • Cada ação presente na carteira possui uma representação de 20%. Confira o rendimento individual na semana anterior:
  • Azul (AZUL4) deverá ter a Raízen (RAIZ4) como sua principal fornecedora de combustíveis, conforme informou a distribuidora em fato relevante divulgado ao mercado na manhã desta segunda-feira (19).
  • Raízen afirmou ainda que, no contrato celebrado com a Azul sobre a distribuição dos combustíveis, foram abertas outras portas para futuras colaborações estratégicas.
  • “Além de se tornar o principal distribuidor de combustível de aviação para a Azul, inicialmente em 45 aeroportos no país, a parceria poderá desenvolver iniciativas estratégicas envolvendo o Shell Box e o Programa de Fidelidade TudoAzul, fornecimento de energia elétrica gerada pela Raízen através de geração distribuída e comercialização de combustível de aviação sustentável (SAF), oportunamente”, disse a Raízen.
  • O comunicado ainda afirmou que a Azul é, atualmente, a maior companhia aérea brasileira em número de voos e destinos atendidos, oferecendo cerca de 900 voos diários e atendendo a mais de 150 destinos em uma malha de mais de 300 rotas sem escala.
  • A Azul conta com uma frota operacional de mais de 160 aeronaves e, seu programa de fidelidade, o TudoAzul, conta com mais de 14 milhões de clientes.
  • parceria da Raízen com a Azul em questão reforça a estratégia de expansão de participação do mercado de aviação no Brasil por parte da distribuidora, informou.
  • Além disso, a celebração deve otimizar a infraestrutura logística e comercial da companhia, além e ampliar  o relacionamento com clientes.
  • As ações preferenciais da Raízen encerraram o dia em alta de 4,43%, cotadas a R$ 4,48.

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Isabella Taglapietra

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