Radar: novo app da Méliuz (CASH3), venda de ativos móveis da Oi (OIBR3) e Cielo (CIEL3) encerra FIDC

Méliuz (CASH3) anunciou nesta segunda-feira (31) o lançamento do seu novo aplicativo. Em fato relevante, a empresa afirma que avança na vertical de serviços financeiros, como oferta de conta digital gratuita, com novo cartão de crédito próprio e a possibilidade de investimento em bitcoins, feitos diretamente pelo app.

O novo aplicativo da companhia já foi disponibilizado para alguns usuários e será integrado para toda a base gradualmente nas próximas semanas, segundo a empresa.

A Méliuz afirma que o lançamento vai ao encontro do objetivo da companhia de ampliar sua atuação no segmento de serviços financeiros, além de estar presente em toda a jornada de compra dos seus usuários. A empresa quer oferecer uma “experiência fluída e completa elevando cada vez mais tráfego de qualidade e vendas para os parceiros.”

Além do serviço de shopping, o novo aplicativo traz outras operações financeiras, entre elas:

  • Recebimento e envio de Pix;
  • Compra e venda de bitcoins;
  • Uso do saldo para fazer compras à vista usando o cartão da conta na função crédito em qualquer estabelecimento online ou físico que aceite a bandeira Mastercard;
  • Solicitação e controle do novo cartão de crédito Méliuz Platinum, sem anuidade e com cashback e criptoback.

O serviço de cashback, pela qual a Méliuz já é conhecida, poderá ser realizado em novas formas. Os clientes poderão enviar o valor por Pix a qualquer conta de banco, pela compra de bitcoin, transferência para a conta corrente da companhia e por saques eletrônicos. Os métodos anteriores serão mantidos em sua integridade.

De acordo com a nota enviada à CVM, em breve a opção de criptoback será disponibilizada. Ou seja, o cliente pode receber o dinheiro de volta em bitcoin.

“O lançamento do novo app é um passo muito importante em direção ao nosso objetivo de posicionar o Méliuz como a melhor solução de shopping, tanto para os consumidores quanto para as lojas parceiras”, afirma o CEO e fundador da companhia, Israel Salmen, em nota.

Por fim, a empresa diz que já está trabalhando em novos produtos e o desenvolvimento de features. “O roadmap de lançamento de novos serviços é extenso”, afirma a nota.

Outras possibilidades futuras que a Méliuz trará são rendimento em conta, portabilidade de salário, além de novas opções de cashback.

Além de Méliuz, veja as notícias que movimentaram o noticiário nesta segunda:

Oi (OIBR3): Anatel autoriza venda da Oi Móvel para TIM (TIMS3), Claro e Vivo (VIVT3)

  • Está chegando o fim a novela da venda dos ativos móveis da Oi (OIBR3). Nesta segunda-feira (31), a companhia de telefonia brasileira conseguiu a autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para concluir a venda da Oi Móvel ao consórcio formado pelas operadoras Claro, TIM (TIMS3) e Vivo (VIVT3).
  • Com a autorização, a Oi fica mais próxima de concluir o seu processo de recuperação judicial. Isso porque a venda da Oi Móvel representa um ganho de cerca de R$ 16,5 bilhões para a companhia.
  • Em conjunto com a venda da InfraCo (R$ 12,9 bilhões), a soma arrecadada chega a um ganho suficiente para que a empresa liquide suas dívidas e encaminhe o processo de saída da recuperação judicial, prevista para ocorrer em março de 2022.
  • Com isso, as ações da Oi dispararam nesta segunda. Por volta das 16:30 (horário de Brasília), os papéis da empresa subiam 7,69% na Bolsa, cotadas a R$ 1,12.

Itaú (ITUB4), Santander (SANB11): ‘Bancões’ cedem ao pagamento de boleto via Pix

  • Com a mudança nas formas de pagamento desde o lançamento do Pix pelo Banco Central (BC), agora os bancos tradicionais – que tiveram redução das receitas vindas de TEDs e DOCs – passam a adotar a tecnologia.
  • boleto por Pix, já utilizado pelo Itaú (ITUB4) e pelo Santander (SANB11), deve ser a novidade anunciada pela Caixa.
  • Na modalidade, o documento oferece ao usuário uma forma de pagar o valor por meio de um QR Code – em modelo semelhante aos de estabelecimentos varejistas que adotam o código em uma plaquinha física.
  • Santander já se pronunciou dizendo que começou a oferecer o novo modelo para todas as empresas, incluindo ​microempreendedoras.
  • O banco destaca que, para o cliente pessoa jurídica, as tarifas tendem a ser mais baixas na liquidação de boletos por QR Code Pix do que pela emissão por código de barras.
  • Por outro lado, o Itaú afirma que as cobranças com juros, multa, desconto e abatimento dos seus clientes pessoa física também podem oferecer o QR Code Pix como opção de pagamento e, em caso de inadimplência, será possível realizar o protesto e a negativação.
  • Na mesma toada, empresas como a Shopee ofereceram descontos aos consumidores que fizessem pagamento via Pix – incentivo semelhante ao dado por varejistas em anos passados, que ofereciam cerca de 5% a 10% de desconto no pagamento por boleto à vista.

Mais uma: Bluefit (BFFT3) cancela IPO e marca a 13ª desistência de 2022

  • A rede de academias Bluefit (BFFT3) aumentou a lista de empresas que desistiram de suas ofertas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) na bolsa de valores neste ano.
  • Só em janeiro, foram 13 desistências de IPOs, encerrando operações que tinham potencial de movimentar R$ 15 bilhões, segundo fontes do Estadão. A Bluefit planejava captar cerca de R$ 600 milhões.
  • O IPO da rede de academias estava previsto para acontecer em setembro do ano passado, mas o mercado azedou e a empresa optou por adiar a oferta que havia sido protocolada em agosto de 2021.
  • Com isso, os planos foram transferidos para o início de 2022. Mas, com o cenário ainda bastante complicado para estreantes na Bolsa, sem apetite dos investidores por novas ações, a Bluefit desistiu do IPO.
  • A justificativa é a mesma das outras 12 empresas que optaram pelo mesmo caminho: condições desfavoráveis do mercado.
  • Com o dinheiro que seria captado na oferta primária, a rede de academias pretendia abrir novas filiais pelo Brasil e adquirir novas franquias e participações em outras redes de academias.

Totvs (TOTS3): Fundo soberano de Singapura alcança 6,5% de posição acionária na empresa

  • fundo soberano de Singapura, GIC Private Limited, passou a deter 6,554% das ações da Totvs (TOTS3), segundo comunicado da noite desta segunda-feira (31).
  • A participação do GIC no capital social da Totvs aumentou no último dia 26, informa comunicado, quando o fundo soberano adquiriu, de forma isolada, 5,084% das ações da companhia de tecnologia.
  • Com isso, o GIC agora possui um montante de 40.450.455 ações ordinárias da Totvs, equivalentes a 6,554% do capital social da empresa, negociadas na bolsa sob o ticker TOTS3.
  • “O GIC informa, ainda, que a aquisição das participações societárias não visa alterar o controle acionário ou a estrutura administrativa da Companhia”, diz comunicado.
  • Já em anexo do comunicado do GIC Private Limited para a empresa de tecnologia, o fundo soberano de Singapura ressalta que seu interesse nas ações da companhia estão restritos a diversificação de carteira.
  • “Informamos que nosso interesse na Totvs se estende apenas até a manutenção de uma carteira de negociação diversificada. Dessa forma, não temos interesse em alterar a composição do controle ou estruturas administrativas da Companhia”, diz comunicado oficial do Fundo.

Cielo (CIEL3) encerra o FIDC Cielo Receba Mais; veja o motivo

  • Cielo (CIEL3) encerrou nesta segunda-feira (31) o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) Cielo Receba Mais. Em fato relevante, a empresa informa que a decisão foi tomada após Assembleia Geral de Cotistas.
  • Criado em maio do ano passado, o FIDC Cielo Receba Mais recebeu R$ 529,4 milhões em aportes, parte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e parte da própria Cielo. Na época, a empresa destacou que o objetivo do produto era “pulverizar e popularizar o acesso ao crédito fora dos grandes bancos”.
  • No comunicado desta segunda, a Cielo conta que, em 8 de dezembro, houve liquidação do Fundo conforme foi verificada a ocorrência de evento de liquidação previsto no regulamento.
  • O evento estava relacionado a divulgação pela B3 (B3SA3) da taxa média dos Depósitos Interfinanceiros (DIs) em valor igual ou superior a 8% ao ano, “patamar este que indica alterações relevantes das premissas utilizadas na modelagem financeira do FIDC pela Companhia”.
  • A Cielo afirma em comunicado que pretende continuar a expansão da oferta de produtos e serviços a seus clientes, incluindo a distribuição de produtos de créditos, visto que a operação permanece parte de sua estratégia.

Do Méliuz a Cielo, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

Victória Anhesini

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