Radar: Itaú (ITUB4) pagará dividendos bilionários, Natura (NTCO3) avalia separação da Avon e bancos farão oferta de ações da Cielo (CIEL3) para deixar Bolsa

conselho de administração do Itaú (ITUB4) anunciou um novo pagamento de dividendos, no valor de R$ 1,125125 por ação. O banco divulgou também a data do pagamento dos juros sobre capital próprio (JCP) já anunciados. Os dividendos somam um montante de R$ 11 bilhões.

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Os novos dividendos do Itaú têm como referência o exercício de 2023, sendo distribuídos de forma complementar aos valores já declarados.

O pagamento dos dividendos Itaú será realizado no dia 8 de março de 2024, mas somente aos investidores que tiverem ações do banco até o final da sessão de 21 de fevereiro de 2024.

O conselho aprovou que os pagamentos de JCP do Itaú já declarados também vão ser realizados em 8 de março de 2024.

Assim, o valor bruto de R$ 0,2693 por ação em JCP (cujo valor líquido é de R$ 0,228905 por ação) será distribuído para os detentores de ações do Itaú em 18 de setembro de 2023, enquanto R$ 0,24724 por ação (valor líquido de R$ 0,210154) tem a data de corte a sessão de 6 de dezembro de 2023.

No total, os investidores que tiverem ações do Itaú até essas 3 datas de corte citadas vão receber R$ 1,564184 por ação em dividendos e juros sobre capital próprio no dia 8 de março de 2024.

Além de Itaú, confira outros destaques desta segunda-feira:

Natura (NTCO3) avalia separação da Avon para gerar duas empresas independentes de capital aberto

conselho de administração da Natura (NTCO3) autorizou sua diretoria a iniciar o processo de avaliação de uma possível separação da Natura Latam e Avon em duas empresas independentes no ramo da beleza, e com ambas tendo capital aberto na Bolsa de Valores.

Conforme comunicado emitido pela Natura nesta segunda-feira (5), essa separação da Avon tem como objetivo “gerar ainda mais valor para os acionistas”.

Embora a estrutura dessa possível operação ainda esteja sendo estudada, a expectativa é de que ela resulte em duas empresas separadas e que operem de forma independente. Nesse caso, as companhias teriam planos próprios de negócios, assim como uma governança independente.

Essa separação de Avon e Natura poderia resultar em “equipes de gestão mais bem preparadas para perseguir estratégias mais direcionadas para impulsionar o valor de longo prazo para os acionistas”, destaca o comunicado.

Apesar disso, a possível separação não traria impactos para as marcas na América Latina, uma vez que a Natura seguiria suas operações com as duas marcas nesta região.

Enquanto isso, a Avon acabaria se beneficiando de maneira indireta das vendas na região, por meio de um acordo comercial com a Natura, e também dando continuidade às operações fora da América Latina.

A conclusão dessa possível separação ainda está sujeita a diversas questões a serem tratadas, inclusive a aprovação do conselho de administração e da maior parte dos investidores da companhia.

“Enquanto a administração de Natura &Co realiza a avaliação estratégica, a companhia continua a implementação da estratégia de turnaround da Avon e a integração dos negócios da Natura e da Avon na América Latina”, diz a companhia em documento.

Cielo (CIEL3): Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3) farão oferta de ações para empresa deixar a Bolsa

Bradesco (BBDC4) e o Banco do Brasil (BBAS3) anunciaram que farão conjuntamente uma oferta pública de aquisição de ações (OPA) da Cielo (CIEL3), empresa controlada pelos dois bancos, com o objetivo de converter o registro de companhia aberta de A para B, resultando na saída do segmento de Novo Mercado da B3. O objetivo é o fechamento de capital da empresa.

OPA da Cielo será feita pelos dois bancos quanto pela EloPar, holding que ambos controlam, podendo adquirir a totalidade das ações não pertencentes aos dois bancos. O preço do pedido de OPA será de R$ 5,35 por ação ordinária da Cielo, valor 6,4% acima do preço de fechamento de hoje.

Em relação aos American Depositary Receipts (ADRs) da Cielo negociados nos Estados Unidos, os titulares poderão participar da oferta desde que faça o cancelamento dos ADRs, o resgate dos papéis e a alienação dessas ações no âmbito da OPA, segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Em fato relevante paralelo ao da Cielo, o Banco do Brasil informou que sua fatia na empresa de maquininhas de cartão poderá alcançar até 49,99% do capital, enquanto o resto ficará com o Bradesco.

O laudo de avalição foi feito pelo Bank of America e a OPA será intermediada pelo Bradesco BBI.

Lucro do Itaú (ITUB4) soma R$ 9,4 bi no 4T23, alta de 22,6% na base anual

lucro líquido gerencial do Itaú Unibanco (ITUB4), que exclui ganhos ou perdas com itens extraordinários, cresceu 22,6% no quarto trimestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 9,401 bilhões, segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta segunda (5).

No ano passado, o lucro recorrente do Itaú somou R$ 35,61 bilhões, uma elevação de 15,7% ante 2022. No resultado do Itaú no 4T23, o banco explicou que o número de 2023 foi impactado pelo crescimento da carteira de crédito do período, além das maiores margens na gestão de passivos e redefinição dos preços no capital de giro, que levou ao aumento nas margens com clientes.

A variação anual é explicada pelo crescimento da carteira de crédito do Itaú e pelas maiores margens na gestão de passivos. O banco afirma ainda que a redefinição dos preços no capital de giro próprio levou a um aumento nas margens com clientes. Em outro ponto, as receitas com serviços aumentaram, puxadas em especial pelo segmento de cartões.

No trimestre, a carteira de crédito do Itaú teve alta de 3,1% em relação ao mesmo período de 2022, atingindo R$ 1,17 trilhão. Na comparação anual, a alta é de 3,1%, com destaque para o segmento de crédito pessoal, que cresceu 13,7% em 2023, impactando fortemente o resultado do ano passado.  

Adicionalmente, no balanço do quarto trimestre de 2022, o Itaú separou R$ 1,3 bilhão para cobrir a exposição que possuía a empréstimos da Americanas (AMER3), que entrou em recuperação judicial em janeiro de 2023. Este efeito reduz a base de comparação.

Maior banco da América Latina, o Itaú tinha em dezembro R$ 2,696 trilhões em ativos, alta 9,2% em um ano. O patrimônio líquido era de R$ 180,788 bilhões, número 12,3% maior que um ano antes, e o retorno anualizado sobre o patrimônio líquido (o ROE do Itaú Unibanco) subiu 1,09 ponto porcentual no quarto trimestre em relação ao mesmo período de 2022, para 21,2%. O índice de inadimplência acima de 90 dias ficou em 2,8% da carteira de crédito total, queda de 0,2 pp em relação a um ano antes.

As despesas com provisão para devedores duvidosos (PDD) encolheram 6,2% no quarto trimestre na base anual e totalizaram R$ 9,29 bilhões. Em 2023, a PDD somou R$ 33,12 bilhões, uma alta de 12,5% na base anual.

“Em 2023, colhemos os resultados da nossa transformação cultural e digital”, diz em nota o presidente do Itaú, Milton Maluhy. Segundo ele, o banco manteve patamares sustentáveis de crescimento. “Entramos em 2024 otimistas e empenhados para entregar ainda mais valor aos nossos clientes, acionistas e colaboradores, tirando proveito de todas as mudanças que fizemos na organização para que os nossos clientes estejam no centro de todas as nossas decisões.”

O diretor Financeiro do banco, Alexsandro Broedel, disse que os números do Itaú apontam um ano de 2023 de resultados sólidos e consistentes, inclusive na rentabilidade. Ele destacou ainda a remuneração que o Itaú dará aos acionistas. “Destaque também para o pagamento de R$ 11,0 bilhões em dividendos adicionais aos nossos acionistas que, somados aos Juros sobre Capital Próprio (JCP) já declarados, resultaram em um payout de 60,3% no ano.”

Cielo (CIEL3): lucro cai 1,9% no 4T23, para R$ 480,8 milhões; empresa aprova JCP de R$ 410 mi

Cielo (CIEL3), maior empresa de maquininhas de cartões do Brasil, registrou lucro líquido consolidado de R$ 480,8 milhões no quarto trimestre do ano passado, uma queda de 1,9% na comparação anual. Em 2023, a linha alcançou R$ 1,86 bilhão, elevação de 26% ante 2022.

De acordo com a Cielo, 2023 representou “mais marco na retomada de lucratividade”, com uma agenda de excelência operacional e busca de mais eficiência. Nesse ambiente, a margem líquida da credenciadora terminou em 23%.

De acordo com a companhia, a queda no lucro do 4T23 da Cielo pode ser atribuída ao comportamento do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) – com menores volumes em Cielo Brasil e maiores investimentos no time comercial e no processo de transformação operacional.

No trimestre, o Ebitda da Cielo subiu 9,3% ante igual período de 2022, para R$ 999,6 milhões, refletindo ajuste na linha de Outras controladas. Não fosse esse efeito, segundo a Cielo, o lucro operacional teria apresentado uma queda de 8,5%. No ano passado, o Ebitda somou R$ 4,41 bilhões, um aumento de 15,7% na comparação anual.

Já a receita operacional líquida da Cielo foi de R$ 2,77 bilhões, uma alta de 0,6% ante igual intervalo do ano anterior. Em 2023, a receita teve uma leve baixa de 0,9% na base anual, a R$ 10,69 bilhões.

Em 12 meses, a margem Ebitda da credenciadora de lojistas evoluiu quase 3 pontos porcentuais, para 36,1%. Já a receita operacional líquida da Cielo foi de R$ 2,77 bilhões no quarto trimestre, avanço de 0,6% na comparação com o mesmo período de 2022.

Já as despesas operacionais da empresa somaram R$ 501 milhões no quarto trimestre, alta de 25% em 12 meses. O aumento reflete o maior investimento da credenciadora de lojistas, com destaque para expansão comercial e iniciativas de transformação operacional, o que fez crescer as despesas administrativas e de pessoal.

Ao final de dezembro, a Cielo tinha R$ 1,434 bilhão em caixa, queda de R$ 735,3 milhões frente a 31 de dezembro de 2022, mas aumento de R$ 287,2 milhões frente setembro de 2023. Segundo a empresa, a redução das disponibilidades na comparação anual é explicada, principalmente, pelo aumento de recursos alocados em produtos de prazo.

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Nova empresa fruto da fusão entre Arezzo (ARZZ3) e Grupo Soma (SOMA3) será estruturada sem pressa, diz CEO

A empresa formada com a associação da Arezzo (ARRZ3) e o Grupo Soma (SOMA3) será estruturada ao longo deste ano, sem pressa, segundo Alexandre Birman, da Arezzo e presidente-executivo da nova companhia. O cronograma da operação prevê assembleias gerais extraordinárias para a aprovações no primeiro semestre deste ano. A data limite definida foi o fim do primeiro semestre de 2025.

Falando nas melhoras operacionais que a incorporação da Soma pela Arezzo trará, Birman citou a troca de experiências nas gestões de plantas industriais e canais de vendas. Um dos focos iniciais será a expansão da categoria calçados nas marcas Farm, Animale e Hering.

Outro ponto será a otimização de franquias Hering, além do desenvolvimento deste canal na Farm, de acordo com Birman. “Nos tornamos o maior agente de franquias do Brasil.”

A nova companhia vai ter quatro verticais. A de calçados e acessórios femininos ficará sob o comando de Luciana Wodzik. Hering será uma vertical independente, com Thiago Hering como presidente-executivo.

Como já anunciado, Roberto Jatahy, do Soma, será líder da vertical de vestuário feminino e Rony Meisler, de vestuário masculino.

A nova marca deve ser apresentada nos próximos quatro meses.

Segundo Roberto Jatahy, a expansão do mercado endereçável está nos planos da Arezzo e da Soma – “o sonho é ser uma empresa global”.

Os executivos disseram que o novo grupo é o maior da moda na América Latina. São 34 marcas, com 2.057 lojas, sendo 1.520 franquias.

TIM (TIMS3): analistas preveem desempenho sólido no 4T23 e elevam o preço-alvo: “Receita superior à inflação”

A Genial Investimentos projeta um desempenho sólido da TIM (TIMS3) no quarto trimestre de 2023 (4T23), reiterando recomendação de compra para as ações. A Research também elevou o  preço-alvo de R$ 18,00 para R$ 21,00, ante os R$ 17,80 da cotação atual.

“Antecipamos um desempenho sólido da TIM, com um crescimento de receita superior à inflação, impulsionado pelo ajuste de preços tanto no segmento pré-pago quanto pós-pago”, diz a Genial.

A previsão é de que o crescimento na receita da TIM atinja 6,3% ao ano, enquanto o IPCA foi de 4,7%. Um dos destaques é o segmento móvel da TIM, sendo projetado um crescimento anual de 6,5%, impulsionado pelo reajuste de preços no pós-pago no trimestre anterior e o aumento no pré-pago de R$ 15 para R$ 17. 

“Apesar do aumento nos preços, nossa expectativa é de que o churn permaneça baixo, beneficiado por um ambiente competitivo mais robusto após a conclusão da aquisição da Oi Móvel (OIBR3). No setor de serviços fixos, prevemos um crescimento de 6,3% a/a, em linha com o desempenho do trimestre anterior”, explica a Genial.

A casa também estima um Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 3,1 bilhões (crescimento de 7,2% a/a) e um lucro líquido de R$ 844 milhões (aumento de 43,1% a/a). “Além disso, a companhia continuará a colher os frutos do término do TSA na comparação anual, o qual foi concluído em abril. Outro fator positivo que impactará ambas as linhas é a devolução de 50% do valor retido proveniente da aquisição da Oi Móvel, totalizando cerca de R$ 300 milhões.”

Os analistas ainda acreditam que a TIM mantenha um crescimento acima da inflação em 2024, uma tendência que persiste desde a aquisição da Oi Móvel. Além disso, um aumento nos preços no primeiro semestre de 2024 devido ao repasse do ICMS.

Arezzo (ARZZ3) e Grupo Soma (SOMA3): banco vê fusão positiva e eleva preços-alvo das ações, com valorização acima de 30%

Arezzo (ARZZ3) e o Grupo Soma (SOMA3) confirmaram, na manhã desta segunda-feira (05), o acordo para fusão entre as duas companhias. Segundo o Goldman Sachs, o movimento é positivo e cria valor para os acionistas de ambas as empresas, pois as sinergias devem ser relevantes. Dessa forma, o banco recomenda compra para os dois papéis. 

“Consequentemente, esperamos que a transação seja aprovada pelos acionistas minoritários de ambas as empresas”, diz o Sachs. 

Após a fusão, os acionistas do Grupo Soma receberão, para cada ação ordinária de emissão do Grupo Soma, 0,120446593048 novas ações ordinárias de emissão da Arezzo. 

Considerando isso, os novos preços-alvo do Goldman Sachs são: R$83,7 para as ações Arezzo e R$10,1 para os papéis do Grupo Soma. A casa elevou a recomendação da Arezzo de neutra para compra, em linha com o potencial de valorização de 33% nos papéis, enquanto as ações do Soma seguem com recomendação de compra.

Sobre a aprovação da fusão no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), os analistas do Sachs acreditam que não haverá problemas, uma vez que a sobreposição de categorias entre as marcas das empresas é bastante limitada.

Petrobras (PETR4) deve pagar dividendos extraordinários no curto prazo, diz Genial

Em novo relatório sobre sua carteira de dividendos recomendada, analistas da Genial Investimentos aumentaram exposição à Petrobras (PETR4). A justificativa foi de que a petroleira deve pagar dividendos extraordinários no curto prazo.

A exposição às ações da Petrobras aumentou de 7% para 12% na carteira recomendada da Genial.

Os analistas alteraram puramente o peso dos papéis recomendados visando dividendos, sem alterar nenhuma posição.

A maior posição segue sendo as ações ordinárias do Itaú (ITUB3), que tem peso de 14%.

Carteira de dividendos da Genial

  • ITUB3: 14%
  • PETR4: 12%
  • ELET3: 12%
  • BBAS3: 11%
  • BBSE3: 10%
  • B3SA3: 9%
  • JBSS3: 9%
  • VALE3: 9%
  • AURE3: 6%
  • VIVT3: 4%
  • TAEE11: 4%

“O aumento no peso de Petrobras em nossa carteira reflete uma visão otimista sobre o potencial da empresa pagar dividendos extraordinários de até US$ 7 bilhões no curto prazo. Esta expectativa é suportada por um robusto fluxo de caixa livre“, observa a Genial.

“Com o brent em níveis estáveis durante o trimestre, variando entre US$70-85/barril, a companhia conseguiu apresentar bons níveis de vendas, com patamar de produção recorde. Isso, aliado aos preços elevados que observamos no trimestre para o barril de petróleo, deverá resultar em uma expressiva geração de caixa no trimestre”, segue.

Os analistas ainda acrescentam que a recente certificação de reservas da Petrobras para 2023, realizada pela DeGolyer & MacNaughton, revelou um incremento líquido de aproximadamente 500 milhões de barris equivalentes em reservas provadas.

Esse volume representa um crescimento de 4% ante igual etapa do ano anterior, e para os especialistas da casa “sublinha o potencial sustentado de geração de valor para os acionistas de PETR4“.

“A relação Reservas Provadas/Produção de 12,2 anos indica um horizonte produtivo extenso, embora reitere a importância de investimentos contínuos no segmento de Exploração & Produção para manter ou expandir a produção atual. O nível de investimento atual em E&P, aproximadamente US$ 73 bilhões, parece adequado”, conclui a Genial.

Do Itaú à Cielo, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Vanessa Loiola

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