Radar: Braskem (BRKM5) tem recomendação de compra, EDP (ENBR3) deixa de ser negociada na B3 e Minerva (BEEF3) sobe cerca de 6% no Ibovespa

Braskem (BRKM5) está no pior momento do ciclo econômico petroquímico, diz a Guide Investimento. Apesar desta fase, os analistas acreditam que existe um potencial de upside, recomendando a compra das ações da companhia.

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“A Braskem encontra-se no pior momento do ciclo econômico petroquímico, com o spread de seus produtos abaixo da média histórica. No entanto, várias empresas têm feito propostas para comprar a participação da Novonor na Braskem, o que pode beneficiar os acionistas”, diz a Guide.

Segundo analistas, a venda tem 50% de probabilidade de ocorrer, mas pode ser impedida pela alienação fiduciária das ações da Braskem e pela participação da Petrobras (PETR4).

Com base no histórico de 10 anos, diz a Guide, todos os spreads relevantes para Braskem estão relativamente com as médias em valores baixos. “Espera-se que nesse ambiente as margens das petroquímicas sejam pressionadas. Por outro lado, pode ser que as ações estejam descontadas em função do momento.”

Porém, a casa vê um desconto muito atrativo nas ações da Braskem, comparando a seus pares, recomendando compra, ao preço-alvo de e R$ 30.

Além de Braskem, confira outros destaques desta terça-feira:

De saída: EDP (ENBR3) deixa de ser negociada na B3 após aprovação da CVM

  • EDP Brasil (ENBR3) informou que a CVM aprovou na segunda-feira, 21, a conversão do registro de categoria da companhia para categoria “B”. Com isso, as ações de emissão da empresa deixam de ser negociadas na B3.
  • A empresa relembra, em fato relevante, que possui uma assembleia geral extraordinária (AGE) marcada para 30 de agosto na qual será definida a proposta de resgate compulsório das 22,8 milhões de ações da EDP que ainda estão em circulação no mercado.
  • Caso o resgate compulsório seja aprovado em AGE, a empresa informa que serão resgatadas até a totalidade das ações ordinárias da EDP remanescentes em circulação detidas por acionistas que se encontrarem inscritos nos registros no final do dia 29 de agosto deste ano.

Minerva (BEEF3) sobe no Ibovespa com ‘boi saltando do penhasco’

  • As ações da Minerva (BEEF3) figuram dentre as maiores altas do intradia desta terça-feira (22) com um otimismo para os preços das commodities agrícolas que afetam a empresa, fazendo os papéis subirem cerca de 6%.
  • Apesar da alta do Boi Gordo nesta terça (22), de 1,55% no intradia, as tendências de queda da cotação mantém otimismo para as ações da Minerva.
  • Segundo dados do Cepea, a média móvel, ou seja, os cinco últimos indicadores agregados da arroba do boi gordo, seguem a tendência de queda de todo o mês.
  • Especialistas da XP destacaram que ‘o boi gordo saltou do penhasco’ e que há uma tendência de queda do preço do gado, criando ‘margens animadoras para os frigoríficos’.
  • “Apesar dos volumes de exportação abaixo do esperado, a queda nos preços do gado permitiu um maior consumo interno, reduzindo os preços da carne, mantendo as margens fortes. Esperamos que a disponibilidade doméstica de carne bovina aumente em aproximadamente 8%”, diz a casa.
  • “Além de um ambiente saudável de oferta de gado, esperamos melhores perspectivas para os preços de exportação no futuro. Nossos channel checks indicam que após atingir mínimas de cerca de US$ 4.300 a 4.400 por tonelada, novos contratos de exportação para a China estão sendo fechados com preços chegando a aproximadamente de US$ 4.800 a 4.900 por tonelada, o que ainda deve demorar um pouco mais para refletir na SECEX devido o atraso nos dados”, completa.

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Taesa (TAEE11) ganha ‘sinal verde’ para operar no Paraná

  • Taesa (TAEE11) comunicou que o Instituto Água e Terra da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável do Estado do Paraná concedeu licença prévia para a companhia operar como transmissora no trecho Bateias-Curitiba Leste (C1/C2).
  • Ao todo, a linha que a Taesa ganhou licença possui 75 km. Além disso, foi incluído as obras de ampliação das Subestações SE Bateias e SE Curitiba Leste a serem interligadas – referentes às instalação da Ananaí.
  • O prazo para estipulado pela Aneel para a energização de Ananaí pe março de 2027.
  • A Ananaí é um empreendimento referente ao lote 1 do leilão de transmissão, realizado ainda em 2021 e controlada inteiramente pela Taesa.
  • O empreendimento tem extensão total de cerca de 363 quilômetros de linhas de transmissão, ficando em São Paulo e no Paraná.
  • O empreendimento em questão também tem RAP (receita anual permitida) de R$ 166,2 milhões para o ciclo 2023-2024 e um Capex ANEEL de R$ 1,75 bilhão.

CPI da Americanas (AMER3): Rial nega participação de Lemann, Sicupira e Telles na fraude da varejista

  • O ex-CEO da Americanas (AMER3), Sérgio Rial, depôs hoje na na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados sobre o escândalo envolvendo a varejista nesta terça-feira (22).
  • O relator da CPI, deputado Carlos Chiodini (MDB-SC), que pediu as oitivas, queria esclarecimentos sobre as inconsistências contábeis da companhia.
  • A Americanas pediu recuperação judicial no dia 19 de janeiro após anunciar um rombo contábil de R$ 20 bilhões. Chiodini quer que os dirigentes esclareçam “o andamento da persecução penal decorrente dos fatos apurados na CPI”.
  • O relator da CPI da Americanas, o deputado Carlos Chiodini (MDB-SC), questionou o executivo sobre uma possível participação dos 3 acionistas de referência da varejista na suposta fraude.
  • Em audiência pública na CPI, Rial afirma que não há indícios que apontem para a participação do trio no rombo contábil da Americanas, que se iniciou na casa dos R$ 20 bilhões.
  • “O que posso dizer: não vi nenhum indício, nem antes, nem durante e nem depois em relação a isso”, afirmou Rial, de acordo com reportagem do Valor.
  • Posteriormente, os problemas chegaram a ser informados a Beto Sicupira, que se reuniu com os diretores, disse Rial.
  • Ao ser informado por dois diretores sobre as irregularidades em janeiro, Rial disse que não tinha informação de que acionistas da Americanas soubessem do caso.
  • “Eu estive nove dias lá, e a única vez que o senhor Beto Sicupira esteve lá foi no dia 6, na reunião com os diretores”, afirmou o ex-CEO da Americanas.
  • O ex-executivo da Americanas explicou que sua contratação para ser presidente da companhia ocorreu por processo seletivo e como foi informado sobre as dívidas não lançadas no balanço, cerca de 9 dias antes de sua saída definitiva do cargo.
  • Diretores da varejista teriam informado Rial sobre irregularidades no balanço da Americanas e, após isso, a situação foi levada à discussão ao presidente do conselho de administração.

Bradesco (BBDC4): analistas veem dificuldade de crescimento em área crucial do banco e recomendam venda das ações; confira

  • O Itaú BBA mantém recomendação underperform, equivalente a venda, para o Bradesco (BBDC4). Em relatório focado na área de seguros, divisão que gera cerca de 30% de lucro do banco, os analistas detectaram dificuldades de crescimento.
  • “Uma análise detalhada por divisão revela alguns méritos, mas também aponta dificuldades em crescimento para áreas-chave ao longo dos anos”, diz o BBA.
  • Para 2024, segundo analistas, é esperado que os resultados operacionais gerais dos seguros do Bradesco cresçam a uma taxa de dois dígitos. “No entanto, os resultados financeiros provavelmente pressionarão os lucros dos seguros para uma taxa de alta de um único dígito”, alertam os especialistas.
  • BBA acredita que as ações estão razoavelmente precificadas e não acredita que os seguros serão um fator determinante para mudar a história do patrimônio do Bradesco. A estimativa é de lucro líquido de R$ 23 bilhões para 2024, abaixo do consenso,
  • Dessa forma, o BBA mantém recomendação de venda, com preço-alvo de R$ 15.

Banco do Brasil (BBAS3): ‘2T23 foi bom, mas vimos um sinal amarelo’, diz XP

  • Em análise sobre o extrato da temporada de resultados do 2T23, especialistas da XP destacaram que o Banco do Brasil (BBAS3) e o Itaú (ITUB4) acenderam um sinal amarelo na casa ao revisarem para baixo suas projeções.
  • “Juntamente com a divulgação dos resultados do segundo trimestre, Itaú, Banco do Brasil e Bradesco (BBDC4) revisaram suas projeções. O sinal amarelo surgiu quando Itaú e BB, que reportavam bons resultados, revisaram para baixo suas estimativas de crescimento de tarifas e comissões. O Santander (SANB11) também apresentou números fracos nessa frente”, diz a casa.
  • Segundo a XP, isso deve refletir uma competição mais acirrada nesse sentido e acreditamos que isso deve continuar.
  • Os especialistas, apesar disso, veem a temporada de resultados do 2T23 como positiva.
  • “Apesar do cenário macroeconômico ainda aquém do ideal, pressionando as receitas com tarifas e a inadimplência, a maioria das empresas do nosso universo de cobertura manteve o foco na eficiência e apresentou uma evolução nos resultados. Vemos isso como um facilitador para melhorar os resultados quando as condições macro forem recuperadas”, diz a XP.
  • “Com relação aos bancos incumbentes, embora praticamente todos tenham aumentado o provisionamento, alguns deles ainda conseguiram apresentar resultados resilientes e forte rentabilidade (principalmente Itaú e BB), enquanto outros apresentaram NII mais suaves e NPLs crescentes”, completa.
  • Os analistas ainda enxergam ‘oportunidades atraentes no setor” e mantemos ações do Itaú como top picks, além de manterem recomendação de compra para os papéis BBAS3.
  • “Ao final de 2022, esperávamos um ano difícil pela frente, mas as empresas de nossa abrangência apresentavam balanços sólidos para superar possíveis desafios. A primeira metade terminou e provou ser mais difícil do que esperávamos. No entanto, como acreditávamos, a grande maioria deles passou por esse período turbulento e o pior parece ter ficado pra trás”, conclui a XP.

Via (VIIA3): melhora operacional poderá ser sentida apenas em 2025, diz analista. E o Magazine Luiza (MGLU3)?

  • A redução nas taxas de juros, prevista para os próximos meses, pode ser favorável tanto para Via (VIIA3) quanto para Magazine Luiza (MGLU3). Entretanto, fatores microeconômicos fornecem uma visão mais neutra para as companhias, com um viés mais positivo no longo prazo para a dona das Casas Bahia. A Via pode sentir os efeitos de uma melhora operacional apenas em 2025, segundo o analista Gabriel Costa, da Toro Investimentos.
  • Do ponto de vista macroeconômico, tanto para a Via quanto para o Magazine Luiza, o cenário para o restante do ano é favorável, com as reduções de juros podendo beneficiar ambas as empresas, seja pela redução do custo da dívida ou pela melhora do consumo das famílias, disse o analista da Toro Investimentos.
  • Porém, quando considerados fatores microeconômicos dos negócios, as perspectivas já não são tão positivas.
  • “Do lado do Magazine Luiza, observamos uma piora significativa dos resultados operacionais e aumento no prejuízo líquido ano a ano. Difícil precisar quando virá uma melhora expressiva. A Via, por sua vez, também reportou resultados fracos, mas o mercado está atento à possibilidade de aumento de capital robusto proposta pela companhia, juntamente com um plano de transformação do negócio. Ainda assim, os efeitos de uma melhora operacional da Via podem ser sentidos somente a partir de 2025″, destacou Costa.
  • Diante deste cenário, um estudo da Quantum Axis mostrou o comportamento das ações das principais varejistas do país no acumulado do ano, compreendendo o intervalo entre os dias 2/1/2023 e 14/08/2023.
  • Para o levantamento, a empresa de inteligência de mercado selecionou as varejistas com maior repercussão na imprensa nos últimos tempos, especialmente durante a última temporada de balanços. Nesse período, a taxa de retorno da Magazine Luiza foi de +3,65%, enquanto a da Via ficou em -28,33%.
  • No levantamento, ainda há outras janelas de tempo, como 12, 24 e 36 meses, que calculam a diferença entre o preço de fechamento atual no Ibovespa e a quantidade de meses para trás. Confira:
  • Magazine Luiza (MGLU3): -6,58% (entre 12/08/22 e 14/08/2023); -86,42% (entre 12/08/2021 e 14/08/2023) e -86,11% (entre 11/08/2020 e 14/08/2023);
  • Via (VIIA3): -38,35% (entre 12/08/22 e 14/08/2023); -86,79% (entre 12/08/2021 e 14/08/2023) e -91,03% (entre 11/08/2020 e 14/08/2023).
  • “Não há relação direta entre o método de cálculo desses retornos e o Ibovespa, visto que é dado apenas entre as diferenças de preços das próprias ações”, reforça o analista da Toro Investimentos.

Da Braskem à Minerva, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Vanessa Loiola

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