Radar: Bradesco (BBDC4) pagará JCP bilionário, estimativas de distribuição de lucro da B3 (B3SA3) supera projeções e Itaú (ITUB4) pode pagar dividendos de R$ 14 mi

conselho de administração do Bradesco (BBDC4) anunciou novo pagamento de juros sobre capital próprio (JCP), no valor total de quase R$ 7 bilhões, conforme comunicado nesta segunda-feira (11).

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Os novos juros sobre capital próprio do Bradesco serão divididos em dois pagamentos. O primeiro deles, de R$ 2 bilhões, vai ser distribuído em 2 de janeiro de 2024, e se refere aos JCP intermediários.

Esse primeiro pagamento equivale a R$ 0,178997238 por ação ordinária e R$ 0,196896962 por ação preferencial. Considerando a tributação de 15% de Imposto de Renda, que é comum a esse tipo de provento, os valores líquidos são de R$ 0,152147652 por ação ordinária e R$ 0,167362418 por ação preferencial.

Essa tributação só não será aplicada para os investidores pessoas jurídicas que comprovarem ser imunes ou isentos.

O segundo pagamento dos JCP do Bradesco, que são os “complementares”, somarão o valor de R$ 4,998 bilhões. Por papel, os valores são de R$ 0,447314097 por ação ordinária e R$ 0,492045507 por ação preferencial.

Em valores líquidos de Imposto de Renda, os proventos serão de R$ 0,380216982 por ação ordinária e R$ 0,418238681 por ação preferencial. Esse segundo pagamento será realizado no dia 28 de junho de 2024.

Ambas as distribuições serão feitas aos investidores posicionados nas ações do Bradesco até o final da sessão do dia 21 de dezembro de 2023.

Em resumo, os dois pagamentos totalizam R$ 6,998 bilhões, R$ 0,626311335 por ação ordinária e R$ 0,688942469 por ação preferencial (R$ 0,532364634 por ação ON e R$ 0,585601099 por ação PN em valores líquidos de IR, respectivamente).

JCP do Bradesco

  • Valor: R$ 6.998.000.000,00
  • Valor por ação: R$ 0,626311335 por ação ON e R$ 0,688942469 por ação PN
  • Data de corte: 21 de dezembro de 2023
  • Data de pagamento: 2 de janeiro de 2024 e 28 de junho de 2024

Os investidores que não tiverem seus dados atualizados, mas que poderiam em tese receber os proventos, devem se apresentar em uma agência do banco Bradesco com seu CPF, RG e comprovante de residência, para que essa atualização cadastral seja realizada.

No caso dos JCP referentes às ações do Bradesco custodiadas na B3, os valores vão ser repassados aos seus titulares por meio dos agentes de custódia.

Além de Bradesco, confira outros destaques desta segunda-feira:

B3 (B3SA3): projeções para 2024 são menores que estimativas do BTG, mas distribuição do lucro supera previsões

  • O BTG Pactual manteve recomendação neutra para as ações da B3 (B3SA3) após as projeções divulgadas na semana passada. Segundo o banco, as estimativas da B3, exceto pela orientação de distribuição de lucros, ficaram abaixo do esperado. 
  • Segundo o BTG, os desembolsos totais (despesas ajustadas + capex + despesas vinculadas à receita) estão 5% acima das projeções dos analistas do banco, sugerindo um crescimento anual de cerca de 5%.
  • As despesas de capital para 2024 permanecem estáveis em relação ao ano anterior, mas elevadas em 30% comparado ao modelo do BTG, que esperava uma redução nos investimentos. 
  • No lado positivo, a estimativa de distribuição de 105% (média) aos acionistas da B3 do lucro líquido em 2024 é maior do que os 90% projetados pelo BTG.
  • De acordo com a equipe do BTG, apesar de uma melhora recente, os volumes de ações e a velocidade de giro ainda estão fracos.
  • “As despesas estão aumentando após um primeiro semestre de 2023 melhor do que o esperado, e o potencial fim do Juros Sobre Capital Próprio (JCP), que consideramos a partir de 2025,  provavelmente afetará a B3 mais do que seus “pares” no mercado de capitais“. citam os analistas. 
  • No entanto, o BTG destaca as vantagens competitivas da B3, como líder do segmento operacional e sua diversificação. Além disso, as margens fortes e uma máquina de gerar caixa.
  • Atualmente, as ações estão sendo negociadas em cerca de 16 vezes o P/E (preço/lucro) de 2024 e 2025. A recomendação do banco é neutra para os papéis da B3, com preço-alvo de R$ 14. A ação fechou o Ibovespa hoje em alta de 2,88%, cotada a R$ 13,98.

Itaú (ITUB4) pode pagar R$ 14 bilhões em dividendos extras, diz XP; entenda 

  • Em relatório, a XP Investimento afirmou que os recentes avanços da implementação da nova metodologia do Banco Central (BC) sobre procedimentos para cálculo do requerimento de capital para o risco operacional deve possibilitar que o Itaú (ITUB4) distribua seu excedente de capital por meio de dividendos extraordinários. 
  • Segundo a XP, considerando a recente indicação de que o banco poderia manter um índice de capital nível 1, mínimo de 13,5% (atualmente em 14,6%), existe espaço para o Itaú distribuir cerca de R$ 14 bilhões em dividendos extraordinários até o final do ano. 
  • A recente norma do Banco Central trata de quanto dinheiro as instituições financeiras devem fazer de reserva para se protegerem de eventuais riscos operacionais.
  • Dessa forma, seria distribuído um montante total de cerca de R$ 23 bilhões no ano, aumentando o rendimento de dividendos para cerca de 9%. 
  • “Apesar do conservadorismo histórico do banco, o Itaú sempre foi eficiente na manutenção de capital adequado e suficiente para operar com elevada rentabilidade. Entretanto, caso o banco não decida isso ainda em 2023, vemos a discussão de uma elevação de payout como inevitável para 2024”, diz a XP. 

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Blau Farmacêutica (BLAU3) e Bemobi (BMOB3) vão pagar R$ 54,317 milhões em dividendos e JCP; Veja o valor por ação

  • Blau Farmacêutica (BLAU3) e a Bemobi (BMOB3) divulgaram novos pagamentos de dividendos e JCP nesta segunda-feira (11), no valor somado de cerca de R$ 54,317 milhões.
  • A Blau Farmacêutica vai distribuir dividendos complementares adicionais de quase R$ 9,317 milhões, equivalente a R$ 0,052393 por ação ordinária (exceto no caso das ações mantidas em tesouraria).
  • Os dividendos da Blau Farmacêutica têm como referência o lucro apurado no exercício social terminado em 31 de dezembro de 2022.
  • O pagamento será feito em parcela única, no dia 22 de dezembro de 2023, mas somente aos investidores posicionados na empresa até o final do pregão de 19 de abril de 2023.
  • Assim, as ações da companhia passam a negociar sem direito aos proventos a partir do dia 20 de abril de 2023.

Fleury (FLRY3) pagará R$ 144 milhões em JCP aos seus acionistas

  • O valor dos JCP da Fleury por ação será de R$ 0,26, que serão pagos em 28 de dezembro.
  • Apenas os investidores com ações da Fleury no dia 15 de dezembro terão direito a receber os rendimentos.
  • A partir do dia 18 de dezembro, as ações FLRY3 serão negociadas sem direito aos JCP.
  • “Os juros sobre o capital próprio, líquidos do imposto de renda retido na fonte, serão imputados ao dividendo mínimo obrigatório do exercício social a encerrar em 31 de dezembro de 2023″, destaca a companhia.
  • O valor dos JCP terá retenção do imposto de renda na fonte, com alíquota de 15%, resultando em aproximadamente R$ 0,22 por ação.

JCP da Fleury

  • Valor total: R$144.751.877,00
  • Valor por ação: R$ 0,26557982563 (R$ 0,22 após retenção de IR)
  • Data de corte: 15 de dezembro
  • Data do pagamento: 28 de dezembro.
  • No pregão de hoje, a cotação das ações da Fleury caiu 0,23% a R$ 17,45. No acumulado de 2023 os papéis sobem 21%, contudo.

Weg (WEGE3) continua perseguindo taxa crescimento de dois dígitos, diz banco; recomendação é de compra

  • Em relatório divulgado após o Investor Day da Weg (WEGE3), analistas do BTG Pactual (BPAC11) pontuaram que a companhia continua comprometida em alcançar um crescimento sustentável de dois dígitos, em linha com seu histórico de longa data.
  • “A fórmula permanece a mesma: foco na expansão da presença nos mercados internacionais, na exploração de novos mercados e no fortalecimento do core business“, afirmaram os analistas Lucas Marquiori e Fernanda Recchia.
  • O banco tem recomendação de ‘compra’ para as ações da Weg, com preço-alvo a R$ 50,00, “devido às perspectivas promissoras de longo prazo, que permanecem intactas”.
  • No relatório, o BTG lembrou que a Weg tem forte presença em veículos comerciais, e que há um grande entusiasmo em relação à indústria de carros elétricos, à medida que muitos municípios adotam agendas mais verdes. “É importante ressaltar que há uma demanda crescente por soluções de carregamento elétrico enquanto a frota elétrica do país cresce”, destacaram os analistas.
  • Ainda durante o Investor Day da Weg, a companhia deu maiores detalhes sobre o plano de investimentos em transformadores. Para o BTG, no Brasil, o negócio é tão integrado verticalmente quanto o de automóveis, o que garante sólida lucratividade para a empresa.
  • “Os investimentos da Weg fora do Brasil (principalmente nos EUA e México) visam corrigir a lacuna no processo industrial. Saímos particularmente otimistas em relação ao mercado de transformadores nos Estados Unidos, onde os incentivos governamentais para a produção local de energia deverão gerar uma procura massiva de novos equipamentos de energia e transmissão”, pontuaram os analistas.

Do Bradesco ao Itaú, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Vanessa Loiola

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