Planner Redwood ativou três fundos para comprar ações da Gafisa

A gestora de investimentos Planner Redwood Asset Management ativou três fundos para a transação de compra de ações da Gafisa na última sexta (15). Um único cotista é responsável pela operação, de acordo com dados dos fundos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A informação é do Valor Econômico.

Apesar de terem suas atividades iniciadas somente em 14 de fevereiro deste mês, os fundos Redwood FIA, Redwood Gold FIA e Redwood Silver FIA foram estruturados em outubro de 2018. No dia 15 de fevereiro, um dia após os fundos serem ativados, foi realizado o leilão de ações da Gafisa. A Planner é administradora desses fundos.

Saiba mais: Gafisa: Mu Hak You deixa presidência do conselho

A compra dos papéis pode ter sido realizada via capitalização inicial do fundo Redwood Gold FIA, que aumentou de um para dois cotistas no dia 15. Sua carteira passou de R$ 5,6 milhões para R$ 22 milhões. Os outros fundos registraram aumento semelhante na segunda (18), após o leilão. Ambos têm só um cotista.

Um quarto fundo da Planner, segundo o jornal, pode ter entrado na transação. O Redwood Bronze FIA está em atividade desde 2009 e em sua carteira de ações estão companhias como Vale, Ultra, Petrobras e Braskem. No dia do leilão da Gafisa, o fundo passou de um para dois cotistas. Sua carteira saltou de R$ 1,5 milhão para R$ 13,2 milhões.

Saiba mais: CVM abre investigação sobre venda da Gafisa pela GWI

Como as carteiras disponíveis na CVM atualmente se referem ao mês de janeiro, ainda não é possível saber se ações da Gafisa estão na carteira desses fundos. O único fundo da Planner no qual não constou alterações na data da transação foi o Planner Redwood Multimercado I. Em atividade desde 2015, ele tem apenas um cotista e investimentos em operações compromissadas, além de títulos públicos.

Saiba mais: Ação da Gafisa sobe até 7% após saída do polêmico fundo GWI

O leilão da Gafisa tornou a Planner Redwood Asset Management a maior acionista da empresa imobiliária, com 18,5% do seu capital.

Guilherme Caetano

Compartilhe sua opinião