ANP: gastos com importação de petróleo sobem 20,5% em 2021

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou que os gastos com importação de petróleo cresceram 20,5% nos oito primeiros meses deste ano.

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O Brasil não gastava tanto com a compra de petróleo desde 2019. Em agosto deste ano, foram US$ 618 milhões, uma alta de 140% comparada a igual mês do ano passado, segundo a ANP.

Até maio, os gastos estavam caindo (1,9%, no acumulado do ano), mas passaram a crescer à medida que o País ampliava os volumes importados e que a commodity se valorizava no mercado internacional. As compras externas subiram 12,4% neste ano, chegando a 39,2 milhões de barris.

Ao mesmo tempo, a cotação do petróleo no mercado internacional, em oito meses, se valorizou em 5,6%. O barril, que custava US$ 63,08 em agosto do ano passado, já valia US$ 68,51 em igual mês deste ano.

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Alta do petróleo e balança comercial

A alta do petróleo contribuiu também para o crescimento da receita de venda do petróleo nacional, apesar do volume exportado ter caído 9,5% no acumulado de 2021. A receita avançou 36,5% de janeiro a agosto, comparado aos primeiros oito meses de 2020, alcançando US$ 16,8 bilhões. Apenas em agosto, a exportação de petróleo rendeu ao País US$ 1,95 bilhão.

A principal responsável pela balança comercial brasileira é a Petrobras (PETR4), que tem na China seu maior comprador. O país asiático respondeu por 45% do volume total exportado pela empresa no segundo trimestre deste ano.

“Além da China, os melhores destinos para as vendas de petróleo nacional neste período foram Europa, América Latina, Estados Unidos e Índia”, informou a Petrobras no seu balanço financeiro relativo ao período de abril a junho. O mercado internacional tem demonstrado especial interesse pelo petróleo produzido nos campos de Tupi e Búzios, localizados no pré-sal da Bacia de Santos.

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Importação de petróleo pressiona preço da gasolina

A necessidade de importação pressiona o prelo da gasolina. Quase 7% da gasolina consumida no País entre janeiro e junho deste ano veio de fora, segundo a diretora executiva de Downstream do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Valéria Lima.

“Não adianta procurar culpar a Petrobras. Certamente o câmbio pressiona bastante, e, se estivesse mais baixo, a gasolina também estaria. E isso é resultado da política econômica, afinal, o câmbio reflete nossas condições macroeconômicas”, diz ela.

Também como efeito da importação do petróleo, o preço da gasolina comum já está desde agosto acima da marca de R$ 7 no Rio Grande do Sul e chegou a R$ 6,99 o litro no Acre na última semana, de acordo com a ANP.

Os contratos futuros do petróleo registraram queda nesta segunda-feira (6), em dia de baixa liquidez devido ao feriado de Dia do Trabalho nos EUA. A commodity estendeu o recuo registrado na última sessão, depois da divulgação do payroll americano, sendo pressionado pela decisão da Saudi Aramco, estatal petrolífera da Arábia Saudita, de reduzir seus preços para clientes da Ásia.

O petróleo Brent para novembro fechou em queda de 0,54% (US$ 0,39), a US$ 72,22 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). No pregão eletrônico da New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de WTI para outubro foi negociado a US$ 68,89, em queda de 0,58%.

A Saudi Aramco informou que irá reduzir os preços do petróleo para clientes da Ásia a partir de outubro, mas manteve os valores cobrados de clientes nos EUA e na Europa. O analista do ING, Warren Patterson, disse à Dow Jones Newswires que ainda que o mercado esperasse um corte nos preços, este foi maior do que o previsto. Uma maior produção da Arábia Saudita e baixa demanda pela Ásia contribuíram para a decisão, avalia.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Redação Suno Notícias

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