Petróleo em queda faz com que bolsas operem em forte baixa

O temor pela instabilidade nas relações entre os países exportadores de petróleo fez com que as bolsas de valores da Arábia Saudita e dos demais países do Golfo despencassem na abertura do mercado no último domingo (8).

Já afetada pelo novo coronavírus, a bolsa saudita recuou 6,5% logo na abertura. Da mesma forma, caíram as de Dubai (-8,5%), Kuwait e Abu Dhabi, ambas com retração de mais de 7%. Os preços do barril de petróleo Brent chegaram a cair 31% no mercado futuro asiático do último domingo. Essa é a maior queda diária desde a Guerra do Golfo, ocorrida entre 1990 e 1991.

As ações da Saudi Aramco, estatal saudita e maior produtora de petróleo do mundo, são negociadas pela primeira vez abaixo da precificação de sua oferta pública inicial de ações (IPO), de 32 riales (US$ 8,5), sendo cotadas a 31,15 riales.

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A crise petroleira também está impactando as bolsas de todo o mundo. No mercado futuro, o S&P 500, por volta das 8h30, caía 4,96%, já a Euro Stoxx 50 recuava cerca de 6,96%. O VIX Index, conhecido como índice do medo, subia 42,33%.

A bolsa do Japão, Nikkei 225, fechou em queda de 5,07%, a 19.698,76 pontos. Já o mercado de Xangai, na China, fechou em queda de 3,01%.

Empresas são impactadas pela queda do petróleo

A ADR da Petrobras (PETR3; PETR4) opera em queda de 10,39% no mercado futuro da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE). Também na pré-abertura do mercado, as ações da Exxon Mobil Corp, companhia petroleira norte-americana, caíam cerca de 13,59%, cotadas a US$ 41,21.

Enquanto isso, algumas empresas que tem seus custos atrelados ao preço do petróleo, como as aéreas Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4), que dependem da compra da commodity para o combustível de suas aeronaves, podem ser impactadas positivamente.

Confira: Petróleo chega a cair 31% e registra a maior queda diária desde 1991

Por volta das 8h45 desta segunda-feira (9), o ETF iShares MSCI Brazil, mais conhecido como EWZ, que replica a bolsa brasileira em Nova York, apresentava uma queda de 9,40% na pré-abertura do mercado.

Devido ao insucesso das negociações entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e a Rússia sobre o volume de produção da commodity, os preços do barril Brent chegaram a cair 31% no mercado futuro asiático do último domingo. Essa é a maior queda diária desde a Guerra do Golfo, ocorrida entre 1990 e 1991.

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Na última sexta-feira (6), as más notícias sobre as negociações entre os países da OPEP e a Rússia (grupo chamado de OPEP+), chegaram a derrubar o petróleo na maior queda diária em 11 anos. Por volta das 8h55 desta segunda-feira, o petróleo Brent era negociado a US$ 35,40, uma queda de 21,78%.

Jader Lazarini

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