Radar: Petrobras (PETR4) prorroga negociação, Banco Inter (BIDI4) conclui compra e MRV (MRVE3) emitirá debêntures

Petrobras (PETR4) afirmou nesta terça-feira (25) que ainda está em fase de negociação com os consórcios liderados pela PetroRio (PRIO3) sobre a venda dos campos de Albacora e Albacora Leste, na Bacia dos Campos.

De acordo com a Petrobras, não há data definida para conclusão das tratativas e assinatura dos contratos. As ofertas para os dois campos superaram US$ 4 bilhões.

Em fato relevante enviado à CVM, a empresa diz que a celebração da transação dependerá do resultado das negociações, assim como outras aprovações. E, de acordo com aos termos dos contratos, poderá haver uma rodada final de ofertas.

Com diversos movimentos de desinvestimento e paradas para manutenção, a Petrobras (PETR4) quebrou o seu recorde de investimentos no quesito em todo o seu parque de refino em 2021. A estatal gastou uma cifra de R$ 2,3 bilhões com manutenção, segundo dados levantados pelo jornal o Estado de S. Paulo.

Além da Petrobras, veja as notícias que movimentaram o noticiário nesta terça:

Banco Inter (BIDI4) conclui aquisição da fintech norte-americana Usend

  • O Banco Inter (BIDI4) anunciou nesta terça-feira (25) que as condições para a conclusão da aquisição da fintech americana Usend foram atendidas.
  • A companhia informou via fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), sem mencionar o valor da operação.
  • A compra da Usend havia sido anunciada pelo Banco Inter em agosto de 2021. A empresa de tecnologia financeira possui sede nos Estados Unidos, com subsidiárias no Brasil, Canadá e Reino Unido.
  • De acordo com o Inter, a operação faz parte da estratégia do banco digital de iniciar suas atividades de prestação de serviço nos Estados Unidos, ampliando a oferta de produtos financeiros e não financeiros para os atuais clientes da Usend e para os clientes brasileiros do Banco Inter.
  • A fintech norte-americana conta com licenças para atuação como money transmitter (transmissora de recursos nacionais e internacionais) em mais de 40 estados americanos. Com isso, pode oferecer serviços de carteira digital, cartão de débito e pagamento de contas.
  • Os principais executivos da empresa seguirão à frente da operação americana, conduzindo a integração da Usend ao Banco Inter, conforme o documento.

BR Partners (BRBI11) precifica ações em follow-on

  • O BR Partners (BRBI11) concluiu nesta terça-feira (25) a precificação de suas ações em follow-on (oferta subsequente de ações), de acordo com informações divulgadas pela empresa em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
  • O papel de unit ficou em R$ 16,50 por ação, acima dos R$ 14,48 previstos no prospecto. A empresa chegou a captar aproximadamente R$ 5,7 milhões. O total de vendas de units foi de 345,304 mil, em oferta primária.
  • O BR Partners também aprovou o aumento do capital social da companhia, no montante total de R$ 5,6 milhões, passando de R$ 669,2 milhões para R$ 674,9 milhões, com a subscrição de 1 milhão de units, conforme o documento.
  • Em junho do ano passado, o BR Partners havia realizado oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), seguindo regulamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que permitia a compra dos papéis nos primeiros 18 meses apenas por investidores que tivessem mais de R$ 1 milhão em aplicações financeiras (os chamados “investidores qualificados“).
  • A restrição, imposta pela CVM na “oferta 476” conforme instrução normativa, é posta uma vez que, nesta modalidade, a empresa é eximida de prestar informações financeiras mais completas.
  • Entretanto, após a oferta, os papéis da BR Partners foram comercializados livremente por algumas corretoras, até que a compra das ações por investidores não-qualificados foi bloqueada pelos órgãos reguladores, em setembro de 2021.
  • A partir deste período, os investidores não-qualificados ainda poderiam vender as units a investidores qualificados.
  • A BR Partners destacou anteriormente que “a administração da companhia entende que a oferta poderá promover maior liquidez à negociação das units, permitindo sua negociação por qualquer classe de investidores, incluindo investidores não qualificados.
  • “Os recursos líquidos provenientes da oferta serão utilizados para uso corporativo em geral”, completa a nota.
  • O follow-on da BR Partners foi conduzido pelo BTG Pactual, Itaú BBA e XP Investimentos.

MRV (MRVE3) fará emissão de R$ 700 milhões em debêntures

  • MRV Engenharia (MRVE3) anunciou nesta terça-feira (25) que fará sua 21ª emissão de debêntures simples, em série única, no valor total de R$ 700 milhões.
  • Serão emitidas 700 mil debêntures, todas com o valor nominal unitário de R$ 1000, com vencimento em 7 anos. A data de emissão ainda será definida.
  • Além disso, haverá atualização monetária mensal, pela variação acumulada do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
  • As debêntures da MRV serão da forma nominativa e escritural, sem a emissão de cautelas ou certificados, não conversíveis em ações de emissão.
  • “A totalidade dos recursos obtidos pela companhia com a emissão de debêntures será destinada, integral e exclusivamente, para o reembolso de custos e despesas de natureza imobiliária“, informou a companhia em nota enviada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
  • As ações da MRV encerraram o pregão de hoje em alta de 4,59%, cotadas a R$ 12,53. Já no acumulado dos últimos 12 meses, os papéis da companhia caem 32,89%.

V.tal, da Oi (OIBR3), planeja expansão da fibra ótica e rede neutra, diz site

  • A operação de fibra ótica da Oi (OIBR3), denominada V.tal (lê-se Vital), está a todo vapor, com planos de expansão e desenvolvimento de novas tecnológicas, segundo matéria do portal Neofeed.
  • Cerca de 58% da V.tal pertence a fundos geridos pelo banco BTG Pactual (BPAC11), que pagaram R$ 12,9 milhões em um leilão realizado com a Oi em julho do ano passado. A compra já foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), mas ainda falta o aval da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
  • Sem tempo a perder, a V.tal tem dado os próprios passos nos últimos meses, de forma independente da Oi e antes da conclusão do processo de compra pelo BTG.
  • A operação de fibra ótica da Oi já chegou a 14 milhões de casas com seus cabos nos últimos meses. Antes da compra pelos fundos do BTG, esse número era de 10,5 milhões. O total de cidades em que atua saltou de 190 para 206. São mais de 400 mil quilômetros de fibra óptica. E vem mais por aí.
  • “Estamos em um ritmo de implantação de mais de 400 mil casas com cobertura disponível para banda larga por fibra óptica por mês”, disse Pedro Arakawa, responsável pela operação da V.tal, ao Neofeed.
  • Arakawa também conta que a V.tal já fechou duas dezenas de contratos de rede neutra, o novo objetivo da empresa.

Carrefour (CRFB3) deve se desfazer de parte das lojas do Big por recomendação do Cade

  • Carrefour (CRFB3), que anunciou a compra do Grupo Big em março do ano passado, deve se desfazer de uma parte das lojas da rede adquirida.
  • Nesta terça-feira (25), a Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) recomendou que o negócio entre as empresas seja aprovado “mediante a adoção de remédio negociado com as empresas, que mitiga riscos concorrenciais decorrentes da operação”.
  • aquisição ficou em R$ 7,5 bilhões e envolve a compra de 386 unidades de varejo de autosserviço, 15 postos de combustíveis e 11 centros de distribuição para realizar atividades atacadistas do Big. O negócio foi notificado ao Cade em julho de 2021.
  • De acordo com a Superintendência, as companhias são concorrentes em três mercados: Comércio varejista de autosserviço (envolvendo supermercado, hipermercado, atacarejos e clubes de compras); Atacado de distribuição de produtos primordialmente alimentícios e outros bens; Revenda de combustíveis no varejo.
  • A autarquia analisa que o cenário após da operação não tem potencial de gerar preocupações concorrenciais nos mercados de atacado de distribuição e de postos de combustíveis. Também em relação ao setor de varejo de autosserviço, a Superintendência afastou riscos concorrenciais na maioria dos mercados relevantes.
  • “Contudo, para uma pequena parcela de mercados envolvidos nesse setor, não foram verificados elementos suficientes para descartar a probabilidade de exercício de poder de mercado por parte das empresas envolvidas no negócio, mesmo após avaliação de possíveis eficiências que pudessem compensar os efeitos negativos decorrentes da operação”, diz a nota. “Assim, para mitigar os problemas concorrenciais identificados na análise do ato de concentração, a SG/Cade negociou com as partes um Acordo em Controle de Concentrações (ACC) por meio do qual estão previstos remédios estruturais e comportamentais”, afirmou a entidade, em nota.
  • A proposta aponta desinvestimentos de algumas unidades de varejo de autosserviço, “além de compromissos comportamentais relacionados à não concorrência e à manutenção da viabilidade econômica das unidades desinvestidas até a efetiva transferência dos negócios”.

Embraer (EMBR3) fecha contrato exclusivo com a Avian

  • Embraer (EMBR3) informou nesta terça (25) que a americana Avian Inventory Management, juntamente com a sócia York Aerospace Solutions III (YAS), assinou um acordo com a empresa para os direitos exclusivos de aquisição, promoção e distribuição de peças sobressalentes de aviões comerciais e executivos da companhia.
  • “Com este acordo de longo prazo com a Avian, conseguiremos aumentar o nosso alcance e acessibilidade em termos de distribuição de peças, ao mesmo tempo que nos permite aumentar desempenho e eficiência, com foco nas necessidades do cliente”, destaca em nota Johann Bordais, presidente e CEO da Embraer Serviços e Suporte.
  • fabricante brasileira informa que o centro de distribuição da Avian disponibilizará produtos a todos os operadores de aeronaves e centros de manutenção e reparo ao redor do mundo, oferecendo um ponto central de atendimento.
  • “Estabelecido desde o início especificamente para atender a estratégia de longo prazo de reposição de peças da Embraer, a Avian concentrará o inventário global de partes sobressalentes em uma nova base em Orlando, na Flórida. As operações e as vendas devem iniciar no primeiro trimestre de 2022″, afirma a fabricante.
  • Além da Embraer, a Avian tem um canal de vendas de parceiros para atuar como linha de frente junto aos clientes. DASI, UNICAL Aviation e Regional Airline Support Group (RASG) foram nomeadas entre uma ampla gama de interessados.
  • Os usuários terão acesso a todo o inventário da Avian por meio dos canais de venda regulares da Embraer, além dos três parceiros de vendas mencionados e continuarão podendo verificar a disponibilidade e solicitar as peças sobressalentes nas plataformas da Embraer.

Da Petrobras a Embraer, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

Victória Anhesini

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