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Petrobras (PETR4) diz que proposta da Adnoc ainda será avaliada; saiba mais

Em comunicado divulgado na manhã desta quinta-feira (9), a Petrobras (PETR4) declarou, a respeito da oferta não vinculante entregue pela Empresa Nacional de Petróleo de Abu Dhabi (Adnoc) para aquisição da participação detida pela Novonor na Braskem (BRKM5), que a proposta ainda será avaliada pelas instâncias competentes da estatal.

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“A companhia reafirma que está realizando “due diligence” na Braskem, para eventual exercício de tag along ou direito de preferência, na hipótese de alienação das ações detidas pela Novonor na Braskem, conforme regras previstas no acordo de acionistas assinado entre Petrobras e Novonor”, disse a Petrobras no texto.

Ainda de acordo com a estatal, não houve qualquer decisão da diretoria executiva ou do conselho de administração em relação ao tema, reforçando que decisões sobre investimentos e desinvestimentos são pautadas em análises criteriosas e estudos técnicos, em observância às práticas de governança e aos procedimentos internos aplicáveis.

Em fato relevante divulgado na manhã desta quinta-feira (9), a Braskem informou que a Adnoc entregou uma oferta não vinculante para aquisição da participação detida pela Novonor na petroquímica, no valor de R$ 10,5 bilhões.

A Novonor possui 38,3% do capital total da Braskem e, pela proposta, ficaria com 3% do total das ações, o que implica em um valor de R$ 37,29 por ação.

A oferta, apresentada para a Novonor e para os bancos credores, prevê o pagamento de 50% dos recursos à vista. Já o restante deve ser pago por meio da emissão de uma note de sete anos, em dólares, com juros anuais de 7,25%, incorporados ao valor do principal até o fim do terceiro ano e em dinheiro, a partir do quarto ano.

De acordo com a Braskem, a proposta ainda está condicionada, dentre outras condições, à;

  • Conclusão satisfatória pela Adnoc de “due diligence”;
  • Apuração de eventuais passivos adicionais derivados do evento de Alagoas;
  • Inexistência de passivos contingentes materiais não contabilizados ou não informados;
  • Alinhamento e celebração de um novo acordo de acionistas com a Petrobras (PETR4).

Petrobras (PETR4): lucro vai cair, mas 3T23 “deve ter números sólidos” e boas perspectivas para dividendos

Previsto para ser divulgado nesta quinta-feira (9), depois do fechamento do mercado, o resultado do terceiro trimestre da Petrobras (PETR4) deve ser sólido, puxado por melhores volumes produzidos, bons preços do brent e melhores perspectivas para o pagamento de dividendos. O resultado também pode dar pistas sobre seu novo Planejamento Estratégico, previsto para ser anunciado ainda este mês.

Segundo estimativas da Genial Investimentos, a Petrobras deve reportar um lucro de R$ 23 bilhões no terceiro trimestre deste ano, metade dos R$ 46 bilhões registrados no mesmo período do ano passado.

A casa também projeta um Ebitda da Petrobras em torno de R$ 57 bilhões para o período, além de uma margem Ebitda de 51,4%. Já a receita líquida da Petrobras deve ficar em R$ 111 bilhões.

Ainda de acordo com a gestora, o anúncio previsto para este mês do Planejamento Estratégico da Petrobras, que considera os anos de 2024-2029, é considerado o evento mais importante do ano, o primeiro sob a tutela do governo federal eleito em 2022.

“Sendo assim, esperamos ver a materialização em números das ideias anunciadas pelo governo nos últimos meses (investimentos em eólicas offshore, margem equatorial, pré-sal, aquisição de refinarias, investimentos em outros países)”, pontuou Vitor Souza, analista do setor elétrico e saneamento da Genial.

De maneira resumida, diz a gestora, o foco dessa expectativa deve ser não apenas o volume de investimentos esperados, mas também em quanto esse novo volume deve se realizar fora do negócio central da empresa, que é o segmento de exploração e produção.

Quanto a Petrobras deve pagar de dividendos, segundo a Genial?

De acordo com as estimativas da gestora e as políticas de dividendos anunciadas pela empresa, o dividendo da Petrobras estimado para o 3T23 é de R$ 1,24 por ação.

“Entretanto, consideramos em nossas estimativas o plano de investimentos oficial da empresa para 2023 (US$ 16 bilhões) versus US$ 5,7 bilhões no primeiro semestre. Caso a empresa siga subinvestindo em relação ao seu planejamento estratégico atual, naturalmente existirá maior espaço para pagamento de dividendos”, afirmou Souza.

Após a divulgação do relatório de produção no fim do mês passado, o Banco Safra também atualizou as suas projeções para o balanço do terceiro trimestre da Petrobras. A instituição espera um Ebitda de R$ 66,4 milhões no trimestre, alta sequencial de 17%, principalmente devido à maior produção de petróleo, aumento nas vendas de derivados e preços mais elevados em relação ao trimestre anterior.

O Banco Safra também projetou um lucro líquido de R$ 28,8 milhões no terceiro trimestre para a Petrobras.

Anderson Silva, head de renda variável e sócio da GT Capital, analisa: “A expectativa é de que a Petrobras anuncie excelentes resultados para o 3T23, com Ebitda acima de 20%. A projeção é de um Ebitda de R$ 71,56 bilhões no 3T23, queda anual de 22%, mas avanço de 23% frente o segundo trimestre de acordo com Goldman Sachs. Isso deve permitir um pagamento de dividendo, seguindo a política de remuneração, de US$ 3,9 bilhões no trimestre.”

Ele explica: “Penso que o modelo focado no pré-sal mostra uma forte perspectiva de crescimento na produção e isso deve possibilitar um ótimo volume de geração de caixa.”

E conclui: “Na minha opinião os acionistas podem esperar uma excelente distribuição de dividendos no 3T23, tendo em vista que sua política atualizada de dividendos acabou ficando nem tão boa como esperava, mas também nem tão ruim como se temia.”

Alteração no estatuto da Petrobras é um ponto de atenção, diz BTG

Em relatório, o BTG Pactual projetou que a receita líquida da Petrobras deve atingir US$ 26 bilhões no terceiro trimestre, Ebitda de US$ 13,9 bilhões e lucro de US$ 4,9 bilhões, que devem ser convertidos em dividendos de US$ 3,5 bilhões.

O banco também pontuou a preocupação com a proposta do conselho de administração da Petrobras de alterar o estatuto da companhia, o que aumentaria a flexibilidade na retenção de lucro e na nomeação de pessoas politicamente expostas para funções executivas.

“Embora essas alterações ainda não tenham sido aprovadas, continuamos a acreditar no pragmatismo da empresa. Isto é, provavelmente a Petrobras distribuirá pelo menos uma parte do excesso de caixa gerado – superando sua atual remuneração aos acionistas – na forma de dividendos extraordinários”.

Itaú BBA projeta pagamento de US$ 3,9 bilhões em dividendos pela Petrobras

Já o Itaú BBA projeta um Ebitda de US$ 14,5 bilhões no terceiro trimestre, aumento de 24% em relação ao trimestre anterior, devido aos preços mais elevados do petróleo, à produção e aos números de vendas.

“Isso provavelmente permitirá um pagamento de dividendos de acordo com a política de remuneração, de US$ 3,9 bilhões no trimestre, o que implica um rendimento de dividendos de 4,1%”.

“A Petrobras está revisando seu guidance para a produção de petróleo e gás, e espera-se que a projeção seja divulgada junto com o resultado do lucro. Acreditamos que este anúncio provavelmente será um gatilho positivo para as ações”, completou o banco.

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Desempenho das ações da Petrobras

Cotação PETR4

Gráfico gerado em: 09/11/2023
1 Dia

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Giovanni Porfírio Jacomino

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