Grana na conta

Oi (OIBR3): UBS reduz preço-alvo em 64% e tira indicação de compra

O banco UBS reduziu o preço-alvo das ações da Oi (OIBR3) de R$ 1,70 para R$ 0,60 e rebaixou a recomendação de compra para neutro. A ação atualmente está cotada em R$ 0,54.

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Segundo relatório, a Oi concluiu pontos importantes da sua recuperação judicial, incluindo a venda dos ativos móveis e da V.Tal, e o processo deve ser concluído em breve.

“Enquanto isso, vamos rebaixar a ação da Oi agora, pois nossos estudos sugerem que a empresa enfrenta desafios em várias frentes”, afirmaram os analistas do UBS. Entre eles estão:

  • O adiamento nas vendas de ativos levou a uma dívida líquida 80% maior;
  • O crescimento mais lento causou uma receita 11% menor;
  • Queima de caixa aumentou devido a juros maiores.

Para o UBS, o principal ativo da empresa é a participação na V.Tal, que diminuiu de 42,1% para 34,7% e pode levar anos para ser monetizado.

“O principal potencial de alta que vemos para a Oi pode vir da gestão de passivos, onde o potencial para melhorar os custos é desafiado pelo atual ambiente de baixa liquidez e alto risco”, afirmou o UBS.

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Competição e consolidação são ameaças para a Oi

Além disso, o relatório destacou que a competição e a consolidação em banda larga trazem ventos “não tão favoráveis” para a empresa.

Hoje, o mercado brasileiro de banda larga está dividido entre três principais empresas que têm 52% do mercado e outros 15 mil provedores de banda larga que detêm os 48% restantes.

Para o UBS, esta fragmentação tem as seguintes consequências:

  • Uma competição dura, que levou a uma redução no avanço da Oi e pode limitar aumentos de preços;
  • Consolidação de mercado, que deve fortalecer os concorrentes da Oi.

“A consolidação do mercado também vai causar a consolidação da rede, resultando em menor demanda pelos serviços da V.Tal.”

Mesmo assim, o UBS disse que está positivo sobre o aspecto operacional da Oi e da V.Tal, sendo que esta deve triplicar seu Ebitda entre 2021 e 2026, chegando a R$ 4,2 bilhões.

Mas a previsão para a dívida líquida está 80% mais alta para 2023 a 2026 devido a gastos com juros e outras despesas, resultando em queima de caixa da Oi no período.

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Natalia Gómez

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