Marcos Molina investe R$ 1 bilhão na Marfrig (MRFG3), empresa que fundou

O fundador da Marfrig (MRFG3), Marcos Molina, ampliou sua aposta na companhia. Desde que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vendeu sua participação na empresa, que é uma das principais produtoras de carne do mundo, Molina investiu cerca de R$ 1 bilhão na compra de ações em Bolsa.

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A maior compra até aqui ocorreu no fim de 2019, quando a instituição estatal se desfez de sua participação na Marfrig em um follow-on na B3. À época, a companhia aproveitou e também fez uma oferta primária de ações para reforçar seu caixa.

Molina abocanhou um pedaço da oferta, desembolsando cerca de R$ 400 milhões. De lá para cá, o movimento continuou, fazendo com que, hoje, a fatia do empresário seja de 34%. Molina seguiu com o ritmo de compras mensais, sobretudo quando os papéis tombaram após a chegada da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

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Segundo o jornal Estado de S.Paulo, o intuito com a aquisição das ações por parte de Molina é o possível ganho de capital com os papéis, uma vez que o empresário enxerga um próspero futuro para a companhia que fundou décadas atrás. Nos últimos 12 meses, as ações da empresa subiram 26%, enquanto o Ibovespa avança 3%.

Marfrig voltou ao jogo

Com a redução do endividamento e fazendo uso do bom momento operacional, a Marfrig voltou ao radar dos investidores. Esse movimento foi intensificado pela maior demanda por empresas exportadoras, por conta da forte valorização do dólar frente o real.

Segundo o vice-presidente de finanças e de relações com investidores da Marfrig, Tang David, desde 2020 a companhia vive um “momento de virada”, algo possível com as atenções voltadas à carne bovina, marcado pela venda da Keystone Foods e pelo aumento da participação na Nacional Beef.

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A companhia brasileira controla 82% da norte-americana. Além disso, a empresa tem focado em simplificar sua estrutura para gerar ganhos de eficiência e mais agilidade na tomada de decisão.

Endividamento no menor patamar da história

Não só pela reestruturação operacional, a companhia também passou a reduzir seu endividamento por meio da geração de caixa e troca de títulos de dívidas emitidos no exterior. Em janeiro, a Marfrig anunciou um título de dívida externa para fazer uso dos recursos com a recompra de dívida mais cara.

Como houve uma grande demanda, acabou aumentando o tamanho da emissão, que chegou em US$ 1,5 bilhão. Do total, a empresa colocou mais US$ 250 milhões em seu bolso e trocou a dívida por uma mais barata, gerando uma economia da ordem de R$ 1 bilhão. “Vamos continuar diminuindo a dívida bruta com geração de caixa”, disse David, em entrevista ao Estado de S.Paulo.

No terceiro trimestre do ano passado, a Marfrig apresentou o menor índice de endividamento da sua história. Entre julho e setembro, a companhia teve uma receita líquida de R$ 16,8 bilhões, sendo 72% proveniente da América do Norte, operação realizada por meio da National Beef, que exporta para mais de 30 países.

Por conta de sua operação cada vez mais estrangeira, Molina já declarou sua intenção de ver as ações da Marfrig negociadas nos Estados Unidos. A companhia, contudo, ainda não avalia a listagem de seus papéis fora do País, embora veja como uma oportunidade para “destravar valor” aos acionistas.

Com informações do Estadão Conteúdo.

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Jader Lazarini

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