Lucro líquido da AB InBev recua 85% no 4º trimestre de 2018

A Anheuser-Busch InBev (AB InBev) obteve lucro líquido de US$ 457 milhões no quarto trimestre de 2018. Uma queda de quase 85%, em comparação com o mesmo período de 2017, quando o lucro foi de US$ 3,04 bilhões.

Segundo a AB InBev, a retração no lucro líquido da companhia está alinhada às perdas com operações de hedge (proteção de operações financeiras contra o risco de grandes variações de preço de um determinado ativo).

Além disso, a multinacional belgo-brasileira também obteve uma despesa não recorrente, de US$ 195 milhões, com a integração entre a AB InBev e a SABMiller. No quarto trimestre de 2017, o gasto foi de US$ 61 milhões.

No último trimestre de 2018, a receita líquida da AB InBev foi reduzida em 2,4%, para US$ 14,25 bilhões. A empresa divulgou que apresentou crescimento em volume de vendas em mercados importantes, como:

  • México;
  • China;
  • Europa Ocidental;
  • Colômbia;
  • e países da África.

Ao passo que as vendas nos Estados Unidos da América (EUA) encontraram estabilidade, houve queda na comercialização no Brasil.

O EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization) foi de US$ 1,57 bilhão, com recuo de 23,4%.

A AB InBev indicou ainda que espera atingir até 2020 um endividamento abaixo de 4 vezes o seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda). Essa relação ficou em 4,6 vezes em 2018.

No acumulado de 2018, a companhia registrou baixa de 3,2% na receita líquida, para US$ 54,62 bilhões. Enquanto o EBITDA ficou estável em US$ 22,08 bilhões, e o lucro líquido no ano caiu 45%, para US$ 4,37 bilhões.

2019

A AB InBev informou que almeja ganhos similares a US$ 250 milhões em 2019. A empresa conta com sinergias relacionadas à integração da sua operação com a SABMiller.

A multinacional belgo-brasileira também projeta atingir crescimento na receita por hectolitro acima da variação da inflação.

Em adendo, a AB Inbev também estima aumento de um dígito médio nos custos por hectolitro em 2019. A empresa considera o impacto da variação cambial e da alta nos preços das commodities.

Amanda Gushiken

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