Lucro de grandes bancos cresce 35,2% no 1º tri; Bradesco (BBDC4) lidera

O lucro líquido consolidado dos quatro bancos brasileiros de capital aberto — Itaú Unibanco (ITUB4); Bradesco (BBDC4); Santander (SANB11) e Banco do Brasil (BBAS3) — no primeiro trimestre de 2021 atingiu R$ 18,6 bilhões, valor 35,2% superior ao apurado no mesmo período em 2020, segundo levantamento da Economatica.

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Os resultados foram liderados pelo Bradesco, o qual lucrou 81,9% a mais no trimestre encerrado em março ante um ano antes, chegando a R$ 6,15 bilhões. Em seguida aparecem Itaú e Banco do Brasil. A instituição financeira privada obteve lucro de R$ 5,41 bilhões, 59,2 % maior em relação a 2020, enquanto a estatal apurou R$ 4,2 bilhões, crescimento de 31,9%.

O Santander foi o único a registrar recuo de lucratividade. A empresa viu a métrica cair 25,4% no primeiro trimestre de 2021 contra o ano anterior, para R$ 2,81 bilhões.

Lucro líquido trimestral de grandes bancos
Lucro líquido trimestral de grandes bancos. Foto: Divulgação Economatica

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O desempenho trimestral foi impulsionado pela baixa no volume consolidado de Provisão para Devedores Duvidosos (PDD) no período. O indicador caiu 51,1% na comparação ano a ano, para R$ 13,8 bilhões. O PDD consolidado registrou queda pelo quinto trimestre consecutivo.

O Bradesco teve o maior volume, com R$ 4,71 bilhões, 35,7% menor em relação ao mesmo período do ano passado. Seguem-se Banco do Brasil (R$ 3,41 bilhões; -48,3%) e Santander (R$ 3,37 bilhões; -5,8%).

A maior queda percentual em 12 meses ficou com o Itaú, que apresentou recuo de 78,0%, fechando março de 2021 com R$ 2,39 bilhões.

PDD trimestral de Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander
PDD trimestral de Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander. Foto: Divulgação Economatica

Dividendos são o quarto maior da amostra

Ainda de acordo com a pesquisa da Economatica, os quatro grandes bancos de capital aberto distribuíram R$ 18,1 bilhões em dividendos no primeiro trimestre de 2021, valor 13,0% inferior ao do mesmo período de 2020. Mesmo assim, o volume em março de 2021 foi o quarto maior desde março de 2009.

O maior distribuir de proventos foi o Santander, que pagou 28,1% a mais no período, R$ 9,84 bilhões. O Bradesco tem o segundo maior volume, R$ 3,57 bilhões, valor 839,8% superior ao do ano de 2020.

Itaú registrou o maior recuo, 71,4%, distribuindo R$ 2,80 bilhões de janeiro a março. O Banco do Brasil ficou com a quarta posição, com um pagamento de R$ 1,97 bilhão, queda de 35,1%.

Dividendos pagos pelos quatro grandes bancos
Dividendos pagos pelos quatro grandes bancos. Foto: Divulgação Economatica

Receita líquida de grandes bancos encolhe

A receita líquida consolidada dos quatro maiores bancos listados na Bolsa brasileira chegou a R$ 138,0 bilhões, uma baixa de 23,4% na base anualizada.

O Itaú apresentou o maior valor, com R$ 38,4 bilhões, 30,7% mais baixo do que o do mesmo período de 2020. Nos segundo e terceiro lugares aparecem Santander (R$ 37,7 bilhões; -27%) e Banco do Brasil (R$ 31,7 bilhões; -32,9%).

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O Bradesco foi na contramão dos pares e apurou aumento de receita no primeiro trimestre de 2021, 16,6%, fechando março com R$ 30,1 bilhões.

Receita financeira trimestral dos quatro maiores bancos do Brasil
Receita financeira trimestral dos quatro maiores bancos do Brasil. Foto: Divulgação Economatica

Itaú é o banco brasileiro mais valioso

O valor de mercado consolidado das instituições financeiras atingiu R$ 704,5 bilhões até 7 de maio. O total é 26,0% menor em relação ao pico, em dezembro de 2019, de R$ 951,8 bilhões.

Valor de mercado dos bancos
Valor de mercado dos bancos. Foto: Divulgação Economatica

Veja a lista do maiores bancos brasileiros cotados em Bolsa em termos de capitalização e a comparação o mesmo período de 2019, segundo dados da Economatica:

  1. Itaú – R$ 254,7 bilhões (-24,2%);
  2. Bradesco – R$ 218,8 bilhões (-22,4%);
  3. Santander – R$ 145,4 bilhões (20,5%);
  4. Banco do Brasil – R$ 85,4 bilhões (43,3%).

O levantamento completo da Economatica considerou os resultados dos quatro maiores bancos brasileiros de capital aberto, com base nos demonstrativos financeiros entregues à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A pesquisa não levou em conta valores recorrentes ou ajustados, mas contábeis auditados e aceitos pela autarquia. Os números são nominais sem ajuste pela inflação.

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Arthur Guimarães

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