Lucro da ArcelorMittal cresce 15% no 4º trimestre e chega a US$ 1,2 bi

A ArcelorMittal registrou lucro líquido de US$ 1,2 bilhão no quarto trimestre de 2018. O valor foi 15% maior do que o aferido no mesmo período de 2017 (US$ 1 bilhão).

Os US$ 711 milhões em isenção fiscal influenciaram o resultado, segundo a ArcelorMittal. No Brasil, por exemplo, a empresa foi beneficiada com US$ 202 milhões em créditos relacionados ao PIS/Cofins. O reconhecimento dos créditos se deu após uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que retirou do cálculo dos impostos o ICMS, imposto sobre circulação de mercadorias e prestação de serviços.

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Oscilações cambiais desfavoráveis e outras perdas financeiras, por outro lado, levaram ao prejuízo de US$ 556 milhões à companhia. Com recuo de 16,6%, o lucro operacional somou US$ 1 bilhão.

A receita teve ganho de 3,5% no trimestre, atingindo US$ 18,3 bilhões, afetada pela alta de 8,2% nos preços médios do ferro e do aço. Em 2017, o faturamento havia sido de US$ 17,7 bilhões. O lucro líquido do acumulado de 2018 foi de US$ 5,1 bilhões – um crescimento de 12,7%. A receita aumentou 10,7% e chegou a  US$ 76 bilhões.

A ArcelorMittal, maior grupo de siderurgia do mundo, espera aumento na venda do aço neste ano. Ela conta com o avanço da demanda em nível global e uma melhora em seu desempenho operacional. O grupo também anunciou um programa de recompra de ativos de US$ 113,4 milhões.

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ArcelorMittal no Brasil

Em território nacional, a companhia lucrou US$ 374 milhões no quarto trimestre. Em relação ao mesmo período do ano anterior, a alta foi de 49,6%.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) teve queda de 18% no comparativo, registrando US$ 280 milhões. A crise na Argentina teve impacto nos resultados, já que parte da produção brasileira é exportada para o país vizinho.

No Brasil, a receita da ArcelotMittal foi de US$ 2,4 bilhões, uma alta de  8%. O volume de vendas permaneceu estável, em 3 milhões de toneladas. Mas esse resultado ficou 1,4% abaixo do registrado no trimestre anterior, segundo a empresa, provocado pela baixa demanda do mercado interno, que geralmente diminui no fim do ano. A produção, por sua vez, cresceu 6,7%, para 3,2 milhões de toneladas. O acumulado do ano totalizou um lucro operacional de US$ 1,3 bilhão.

 

Guilherme Caetano

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