Itaúsa (ITSA4) é rebaixada: banco diz que ação perdeu atratividade

Em nova revisão, os analistas do Goldman Sachs rebaixaram a recomendação das ações da Itaúsa (ITSA4) de compra para neutro, vendo um cenário menos atrativo para a companhia neste ano de 2023. Na análise, os especialistas citam os múltiplos e os desafios do portfólio da holding.

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Com essa mudança na tese do Goldman Sachs, o preço-alvo para as ações da Itaúsa agora é de R$ 10, ante R$ 10,70 anteriores.

“Embora a gente veja que novas aquisições podem ajudar gradualmente a diversificação de receitas, consideramos potenciais riscos de execução associados à adição de novos investimentos no portfólio da holding”, destacam os analistas do banco.

Nesse sentido, os analistas cortaram as estimativas de múltiplos, destacando que o desconto para o valor patrimonial líquido projetado é de 16%.

Nesse indicador, o desconto atual é de cerca de 19%, ante uma média histórica de 15,4%.

A tese do GS, vale destacar, é diametralmente contrária à de outras revisões de analistas.

O BTG Pactual, por exemplo, citou em meados de dezembro que via os papéis ITSA4 como excessivamente descontados, ressaltando o comparativo do valor da holding com o do das empresas do seu portfólio.

“A Itaúsa tem uma capitalização de mercado [market cap] de R$ 77 bilhões, enquanto as fatias detidas da Itaú (ITUB4) e na XP (XPBR31) somam R$ 98 bilhões, implicando em uma avaliação [valuation] negativa em R$ 21 bilhões do restante do portfólio, o que nos parece injusto dada a qualidade e relevância das empresas”, disseram.

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Desempenho de ITSA4

Segundo dados do Status Invest, as ações da companhia somam queda de 5% no acumulado dos últimos 12 meses.

Em uma janela mais curta, no acumulado de 2023 até então, os papéis sobem 2,4% na bolsa de valores.

Já os dividendos pagos proporcionalmente por ação preferencial da Itaúsa ocasionam um dividend yield (DY) de 5,6%, com R$ 0,48 pagos por ação no acumulado dos últimos 12 meses.

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Eduardo Vargas

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