IRB Brasil (IRBR3) enfrenta troca de presidente; veja o que acontece

O IRB Brasil (IRBR3) comunicou, na madrugada de quarta (16) para quinta (17), uma nova troca em seu comando.

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A resseguradora, por meio de fato relevante, disse que o atual Diretor-Presidente, Raphael de Carvalho, renunciou ao cargo que ocupava desde setembro de 2021. Agora, o novo presidente do IRB será Marcos Pessoa de Queiroz Falcão, conforme reunião extraordinária realizada na quarta-feira (16).

Além disso, o executivo ocupará também interinamente o cargo de Diretor Vice-Presidente de Subscrição do IRB Brasil.

O executivo que assume é formado em Ciências Econômicas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e também possui mestrado acadêmico pela Stanford Graduate School of Business.

Sua experiência no ramo conta com participação na sociedade de outras seguradores e instituições financeiras, tendo com destaque o Grupo Icatu, onde foi diretor-presidente da Icatu Seguros e sócio e diretor executivo do Banco Icatu.

Além disso, conforme comunicado pela própria resseguradora, Falcão tem experiência no IRB, tendo atuado mais recentemente, desde maio de 2020, como integrante do Conselho de Administração e do Comitê de Investimentos.

Segundo o IRB, o executivo participou ‘desde o início do processo de turnaround da companhia’.

“O Novo Diretor-Presidente tomará posse dos referidos cargos na presente data, com mandatos pelo prazo remanescente da Diretoria Estatutária da Companhia, acumulando tais cargos com a posição de membro do Conselho de Administração até a data de eleição de seu substituto para o referido órgão colegiado”, diz a companhia, em comunicado.

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IRB enfrenta grandes quedas na bolsa

As ações ordinárias IRBR3 seguem em retração, sendo uma das maiores quedas da bolsa no acumulado do último mês. Desde o início de 2022, os papéis caem mais de 73%.

Além disso, ficam cotados a cerca de R$0,80 no momento, ainda fora do regramento previsto pela B3 (B3SA3), que estipula mínimo de R$ 1 por papel.

Em situação similar, a Oi (OIBR3) planeja um grupamento de ações. O IRB, por sua vez, pode vir a ter de realizar um novo aumento de capital.

“A ocorrência de novos prejuízos poderá desenquadrar novamente a companhia e conduzir à realização de um novo follow on”, afirma o analista Luan Calimerio, do BB Investimentos.

O movimento – já feito há poucos meses pela resseguradora – visa manter o índice de liquidez acima do exigido pela Susep (Superintendência de Seguros Privados).

Agora, o IRB mostra um volume menor de caixa, conforme reportado em seu balanço financeiro do 3T22, o que pode aumentar a necessidade de um novo follow-on de ações.

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Eduardo Vargas

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