BTG sobre o IRB Brasil (IRBR3) no 3T22: “Quando o drama vai acabar?”

Após o balanço trimestral ainda negativo do IRB Brasil (IRBR3), o BTG Pactual (BPAC11) publicou um relatório questionando quando o “sangramento” da companhia vai parar.

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O relatório sobre o resultado do IRB mostrou que o quadro dramático e aperto no caixa do IRB continuam. A resseguradora reportou um prejuízo de R$ 278 milhões no terceiro trimestre do ano, aprofundando em 91,8% o resultado já negativo de R$ 155,7 registrados entre abril e junho.

No documento, publicado nesta sexta-feira (11), os analistas do banco destacaram que o aumento de capital feito pelo IRB não forneceu um bom colchão. Além disso, a posição atual de capital do IRB se mantém apertada, nos mesmos moldes do primeiro trimestre do ano.

“Se [o lucro] não se tornar positivo em breve, há riscos de possíveis rebaixamentos por agências de rating e de necessidade de outro aumento de capital”, escreveram Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel.

O banco, porém, acredita na geração de lucro no médio prazo e mantém posição neutra para IRB. Apesar da cautela, prevê um ganho de quase 60%, focando em preço-alvo de R$ 1,30.

Nesta sexta, as ações do IRB fecharam com queda de 4,6%, cotadas a R$ 0,82, mas chegaram a recuar R$ 5,8% durante o dia. No acumulado da semana, a baixa chega a passar de 14%.

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Balanço da IRB no 3T22

Além do prejuízo que registrou no 3T22, o balanço da IRB mostrou que o caixa consumido pelas operações totalizou R$ 789,5 milhões. Na comparação com a mesma etapa do ano passado, houve uma alta de 30%.

A resseguradora também apurou que o sinistro retido total foi de R$ 1,3871 bilhão, uma redução de 30,4%  para R$ 605,2 milhões em relação ao 3T21. Já em comparação com o trimestre anterior, a queda foi de 16,6%, para R$ 276,6 milhões.

“O efeito das variações climáticas no agronegócio, que gerou quebra de safra e resultou em perdas significativas para os produtores rurais e, consequentemente, para as seguradoras e resseguradoras, ainda impactou nosso resultado do terceiro trimestre”, disse a administração.

“Esse efeito relevante elevou a sinistralidade a níveis não esperados pela companhia, que já esperava colher de maneira mais significativa nesse trimestre os resultados da estratégia de re-underwriting iniciada em 2020”.

As ações do IRB fecharam o pregão desta sexta (11) fechou em queda de 4,65%, cotadas a R$ 0,82%.

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Wesley Santana

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