Ibovespa sobe 1,39% e fecha semana no positivo; IRB Brasil (IRBR3) lidera altas no dia

Ibovespa hoje encerrou a sexta-feira (20) em alta de 1,39%, aos 108.487,88 pontos, após oscilar entre 107.056,05 e 108.794,63 pontos. Na semana, índice tem alta de 1,46%. No mês, volta a subir (+0,57%) e, no ano, avança 3,50%. O volume financeiro foi de R$ 31 bilhões.

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Em semana ruim para os índices de Nova York, que acumularam perdas de 2,90% (Dow Jones) a 3,82% (Nasdaq) no intervalo, o Ibovespa conseguiu se desconectar da correção vista por lá e sustentou a segunda semana de recuperação.

Em Nova York, ainda predominam os receios quanto ao comportamento da inflação nos Estados Unidos e o grau de atuação do Federal Reserve para impedir que os preços fujam ao controle. Assim, tanto o S&P 500, durante a sessão mas não no fechamento, quanto o Nasdaq, que já estava na condição, tocam o ‘bear market’, definido como uma queda de ao menos 20% em relação ao pico mais recente – no caso do índice amplo, referente a 4 de janeiro.

“No início do ano, ninguém pensava que o S&P 500 estava indo para o território do ‘bear market’, mas a inflação persistente, outro erro de política do Fed e os temores de recessão deixaram os investidores nervosos”, observa em nota Edward Moya, analista de mercado da OANDA em Nova York. Segundo ele, a cautela entre os investidores tende a permanecer, e as vendas de ações a se acentuar, até que o Fed comece a mostrar sinais de que está preocupado com as condições financeiras e que pode parar de apertar (a política monetária) de forma tão “agressiva”.

Ainda assim, a B3 (B3SA3) conseguiu se manter a alguma distância da aversão a risco nas últimas duas sessões. “Ontem o Ibovespa já havia conseguido se descolar, com avanço das commodities, o que ajuda Brasil. As notícias que chegam da China são de redução de lockdown, das restrições, com portos sendo reabertos e o de Xangai praticamente funcionando a plena carga, o que já havia ajudado ontem Petrobras, Vale e siderúrgicas na Bolsa”, diz Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master.

A China manteve a taxa de empréstimo de um ano em 3,7%, mas reduziu a taxa básica de empréstimo de cinco anos (LPR) em 15 pontos-base, o segundo corte deste ano, aponta em nota a Nova Futura Investimentos. “Apesar de ser algo esperado, ajudou a criar perspectivas positivas quanto a medidas expansionistas por parte da autoridade monetária chinesa”, acrescenta a casa, destacando também a alta do minério de ferro em Dalian (+5,31%), a US$ 126,21 por tonelada.

Bolsas de Nova York

Os mercados acionários de Nova York fecharam sem sinal único, nesta sexta-feira. As bolsas chegaram a exibir ganhos no início do dia, mas perderam fôlego e prevaleceu em boa parte do dia o quadro de cautela recente, o que fez com que o índice S&P 500 chegasse a entrar em parte do pregão no chamado bear market, caracterizado por queda de 20% em comparação com o pico mais recente, de 4 de janeiro. Na reta final do dia, porém, parte dos índices ainda conseguiu reagir e exibir ganho modesto.

  • Dow Jones em alta de 0,03%, em 31.261,90 pontos;
  • S&P 500 subiu 0,01%, a 3.901,36 pontos;
  • Nasdaq 0,30%, a 11.354,62 pontos.

Na comparação semanal, o Dow Jones registrou queda de 2,90%, o S&P 500 cedeu 3,05% e o Nasdaq teve baixa de 3,82%.

dólar à vista fechou em baixa de 0,87%, a R$ 4,8740, após oscilar entre R$ 4,8540 e R$ 4,9214.

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Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta sexta-feira, em sessão na qual sinalizações de alta na demanda impulsionaram as cotações. Na China, houve alívio de parte das restrições para conter a covid-19, enquanto nos Estados Unidos o consumo de combustíveis tem indicativos de alta. Por outro lado, o fortalecimento do dólar nesta sexta limitou os ganhos do petróleo, uma vez que a commodity é cotada na moeda norte-americana.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para julho subiu 0,35% (US$ 0,39), a US$ 110,28. Na semana, houve avanço de 1,83%. Já o do Brent ganhou 0,46% (US$ 0,51), a US$ 112,55, na Intercontinental Exchange (ICE), com alta semanal de 0,89%.

O contrato mais líquido do ouro fechou em alta nesta sexta, estendendo os ganhos de ontem. O metal amarelo foi favorecido pela queda dos rendimentos dos Treasuries, mas o avanço foi contido pela valorização do dólar ante rivais. O mercado hoje esteve, no geral, mais avesso ao risco, enquanto ainda pesam as preocupações com a economia mundial, diante da guerra na Ucrânia e aperto monetário.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho encerrou a sessão em alta de 0,05%, a US$ 1.842,10 a onça-troy, com alta semanal de 1,87%.

No Ibovespa hoje, o setor de commodities e grandes bancos se destacaram entre as maiores altas. CSN (CSNA3) valorizou 4,97%, CSN Mineração (CMIN3) subiu 3,60% e Gerdau (GGBR4) com +3,36%.

A Vale (VALE3) ganhou 1,77% e Petrobras (PETR3, PETR4) teve alta de 1,40% e 1,93%, respectivamente.

Figurou na lista de maiores altas Banco do Brasil (BBAS3), com 3,64% – assim como os pares Bradesco (BBDC3, BBDC4), que subiu 1,94% e 1,34%, respectivamente, Itaú (ITUB4), com +1,25%, e Santander (SANB11), que ganhou 0,92%

Quem liderou o ranking positivo foi o IRB Brasil (IRBR3), com elevação de 6,56%, seguida de Ecorodovias (ECOR3), com +5,48%, após a empresa vencer o leilão de concessão do sistema Rio-Valadares. Hypera (HYPE3) também entrou na lista, com ganhos de 4,98%.

No campo oposto, quem ficou com as maiores quedas foi a Méliuz (CASH3), com -5,34%, seguida de Petz (PETZ3), com perdas de 5,17% e Banco Pan (BPAN4), que cedeu 3,64%.

Maiores altas do Ibovespa:

Maiores baixas do Ibovespa:

Outras notícias que movimentaram a bolsa de valores

  • Méliuz (CASH3) fecha parceria com fintech, de olho em criptomoedas
  • Eletrobras (ELET3): privatização deve movimentar R$ 30 bilhões na Bolsa

Méliuz (CASH3) fecha parceria com fintech, de olho em criptomoedas

Méliuz (CASH3) fechou uma parceria com a Liqi, fintech de ativos digitais em blockchain, informou a empresa nesta sexta-feira (20).

O objetivo, segundo comunicado ao mercado arquivado pela Méliuz, é tornar a operação em criptomoedas da companhia ainda mais robusta. A transação envolve potencial aquisição minoritária da Liqi, condicionada à performance de alguns indicadores.

“Com o acordo, o Méliuz passa a ganhar em liquidez na transação com criptomoedas, já que passa a ter acesso à compra de bitcoins em uma nova exchange, aumentando a facilidade de comprar e vender a criptomoeda no mercado, além de ampliar o portfólio de serviços. Vai gerar ainda mais oportunidades de engajamento e de cross sell com sua base de mais de 23 milhões de contas cadastradas”, afirma a empresa.

Conforme o anúncio, utilizando tecnologia em blockchain combinada com a segurança digital, a Liqi transforma ativos e negócios em frações digitais, chamadas de Tokens, para que se tornem mais acessíveis, aumentando a liquidez para diferentes tipos de ativos.

A Liqi possui um ano de existência, já realizou o lançamento da corretora própria e recebeu um aporte de R$ 27,5 milhões, liderado pelo Kinea Investimentos, Corporate Venture Capital do Itaú Unibanco (ITUB4), e outros novos sócios da startup.

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Eletrobras (ELET3): privatização deve movimentar R$ 30 bilhões na Bolsa

Com o aval do Tribunal de Contas da União (TCU) à privatização da Eletrobras (ELET3), a oferta de ações na B3 (B3SA3) deve acontecer em junho. Espera-se que a saída do governo do controle da gigante elétrica movimente R$ 30 bilhões na Bolsa no mês que vem. A operação – do tipo subsequente, ou seja, de empresa já listada na Bolsa brasileira, a B3 – vai reanimar o combalido mercado de renda variável brasileiro, que está praticamente parado neste ano.

Fontes afirmam que existem dez grandes investidores já comprometidos e outros três em negociação da oferta da Eletrobras, incluindo cinco estrangeiros. Não há conversas com investidores estratégicos – ou seja, empresas do setor. Segundo fontes, já haveria demanda para cobrir a oferta.

O tamanho da operação é equivalente a mais de dez vezes a média de ofertas semelhantes no ano passado: em 2021, foram 24 lançamentos, com valor médio de R$ 2,4 bilhões cada um. A movimentação da Eletrobras pode uma das maiores operações na Bolsa brasileira desde a megacapitalização de R$ 120 bilhões da Petrobras (PETR4), realizada em 2020.

oferta de ações vai definir o valor que o governo deverá receber diretamente pela Eletrobras – montante que deve variar de R$ 23 bilhões a R$ 26 bilhões, segundo fontes. O governo calcula seu ganho com a operação em R$ 67 bilhões. Para chegar a esse valor estão sendo considerados mais de R$ 40 bilhões referentes a investimentos futuros e à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), criada para compensar políticas públicas para amenizar reajustes de energia.

Os agentes do mercado financeiro esperam também adesão do investidor de varejo em níveis não vistos há cerca de 20 anos. Estão protocolados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 14 fundos para investidores que queiram usar recursos do FGTS ou migrar posições que compraram em ações da Petrobras e da Vale (VALE3), com recursos do Fundo, em 2000 e em 2002.

No ano passado, a Eletrobras anunciou a pré-seleção de instituições financeiras para formar o sindicato de bancos que estruturariam a oferta. Os coordenadores líderes da oferta são BTG Pactual (BPAC11), Itaú BBA, Bank of America (BOAC34), Goldman Sachs (GSGI34)e XP Investimentos. Participam ainda do grupo Bradesco BBI, Caixa, Citi (CTGP34), Credit Suisse, JP Morgan, Morgan Stanley (MSBR34) e Safra.

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Desempenho dos principais índices

Além do Ibovespa, confira o fechamento dos principais índices da bolsa hoje:

  • Ibovespa hoje: +1,39%
  • IFIX hoje: +0,19%
  • IBRX hoje: +1,37%
  • SMLL hoje: +0,44%
  • IDIV hoje: +1,25%

Cotação do Ibovespa nesta quinta (19)

Ibovespa fechou o pregão da última quinta-feira (19) em alta de 0,71%, aos 107.005,22 pontos.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Victória Anhesini

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