Ibovespa sobe aos 111 mil pontos; MRV (MRVE3) e Vale (VALE3) avançam

O Ibovespa opera em alta de 1,60%, aos 111.676 pontos, por volta das 10h40. O mercado brasileiro acompanha o desempenho da maioria das bolsas europeias e norte-americanas. Nos EUA, o S&P 500 sobe 0,68%, enquanto a Nasdaq avança 0,99%.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/05/Lead-Magnet-1420x240-1.png

Um dos destaques positivos do Ibovespa hoje é a CSN (CSNA3), com uma variação de +6,25%. Além disso, a MRV (MRVE3) sobe 6,31%.

IRB (IRBR3): ‘Dá para investir, mas não agora’; Saiba mais!

Enquanto isso, a Natura (NTCO3) tem uma alta de 4,33%. A Americanas (AMER3) tem alta de 4,16%, e a Vale (VALE3) varia +4,09%, impulsionando o Ibovespa para cima.

Nas quedas, um dos destaques do Índice Bovespa é a São Martinho (SMTO3), com uma queda de 1,38%. A CPFL (CPFE3) recua 0,82% e Assaí (ASAI3) cai 0,79%. As ações da Energisa (ENGI11) tem uma queda de 1,01%, enquanto a BRF (BRFS3) cede 0,85%.

Notícias que movimentam o Ibovespa hoje

  • CNJ recebe ofício para encerrar negociações de acordo de indenização que envolve Samarco, Vale e BHP Billiton
  • Minério de ferro volta a subir com temporada de construções na China

CNJ recebe ofício para encerrar negociações de acordo de indenização que envolve Samarco, Vale e BHP Billiton

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) recebeu um ofício para encerrar de maneira formal as negociações pela repactuação do acordo de indenização da tragédia de Mariana, que aconteceu em novembro de 2015.

O ofício foi enviado pelos governos de Minas Gerais e Espírito Santo, assim como por vários órgãos do Ministério Público e de Defensorias Públicas nesta quinta-feira (8).

Os signatários dizem que a proposta da Samarco, Vale e BHP Billiton “está em absoluta dissonância com a premência e a contemporaneidade da imprescindível e efetiva reparação e compensação devidas às pessoas atingidas e à sociedade”.

Minério de ferro volta a subir com temporada de construções na China

No radar dos investidores do Ibovespa, o minério de ferro voltou a subir com o começo da alta temporada de construções na China, o maior produtor mundial de aço e também o maior consumidor da commodity.

O preço do minério de ferro ficou em um patamar superior aos US$ 100 a tonelada, registrando sua maior valorização semanal desde julho de 2022.

A alta no preço da commodity ocorre em meio a perspectiva de aumento da demanda pelo minério de ferro, frente ao “pico” das construções na China, que está projetado para acontecer em outubro.

Os contratos futuros do minério de ferro em Singapura tiveram alta de 3% nesta sexta-feira (9), registrando US$ 103 a tonelada. Na semana, a cotação da commodity teve um avanço de 9%.

A China veio com números de inflação melhores e abaixo do esperado. O mercado se animou com os dados. Números estavam muito ruins devido aos últimos lockdowns no país, segundo Fabio Fares, especialista em análise macro da Quantzed.

Fabio Fares diz que na China, as ações de construtoras e minério sobem devido a uma aprovação de lei em que pais vão poder depositar dinheiro nos fundos para pagar hipotecas ou novas moradias para os filhos.

Existem fundos incentivados para o setor imobiliário em que chefes de família podem depositar dinheiro sem pagar imposto e dinheiro usado para hipotecas ou aquisição de casas. O governo autorizou que transferência entre pais e filhos pode começar e as ações de empresas envolvidas nesse setor subiram.

Fabio Fares diz “continuo vendo uma acomodação natural de tudo em um ciclo muito desafiador depois de cinco semanas de queda do mercado americano. Segundo ele, é a primeira semana que vamos fechar no verde. BCE subiu juros como esperado de forma dura, mas já avisou que lá na frente quer ser mais leve, ou seja, ficou claro que no máximo nas cinco próximas reuniões já vão chegar onde querem”.

O especialista ainda afirma que “a gente sabe que dentro da zona do euro, existe uma composição de países muito frágil na parte fiscal de alguns lugares, como Itália, com uma dívida PIB muito maior que o esperado”.

Fares acrescenta que o “BCE precisa ser cauteloso, mas acaba sendo contraditório porque sobe os juros, mas continua injetando dinheiro na economia. Sobe juros para controlar inflação, mas continua comprando títulos dos bancos europeus para injetar dinheiro. Em relação à energia, países não chegaram a acordo para limitar preços do gás russo. Mercado animou com o BCE mais duro. Ontem, Powell foi duro também, como se esperava, e jogou expectativas para um aumento de 75 pontos pelo FED na próxima reunião”.

Na terça da semana que vem, temos o CPI. Os EUA já deram a entender que Casa Branca espera CPI mais acomodativa para a economia americana, o que traz ânimo. A confiança do consumidor aumentou nas últimas semanas porque o preço da gasolina caiu.

O especialista ainda diz que “o corte de combustível foi muito forte e o repasse para a economia é muito rápido. A economia é mais dinâmica e reagente do que estamos acostumados no Brasil. Analistas esperam que a expectativa de alta em 75 pontos nos juros só mude se CPI vir muito mais forte que o esperado”.

Maiores altas do Ibovespa

Por volta das 10h30, as 5 maiores altas do Ibovespa eram:

  • CSNA3: +6,25%
  • MRVE3; +6,31%
  • NTCO3: +4,33%
  • AMER3: +4,16%
  • VALE3: +4,09%

Maiores baixas do Ibovespa

Por volta das 10h30, as maiores baixas do Ibovespa eram:

  • SMTO3: -1,38%
  • CPFE3: -0,82%
  • ASAI3: -0,79%
  • ENGI11: -1,01%
  • BRFS3: -0,85%

Última cotação do Ibovespa

O Ibovespa encerrou o pregão desta quinta-feira (8) em alta de 0,14%, aos 119.916 pontos.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/04/1420x240_TEXTO_CTA_A_V10.jpg

João Vitor Jacintho

Compartilhe sua opinião